A expectativa
dos trabalhadores é que ainda haja atraso, nos próximos dias, no transporte de
cargas
Embora tenha
durado apenas até o fim da tarde de ontem, a paralisação dos trabalhadores do
Porto do Pecém resultou em um retardo no transporte de cargas que deverá
implicar em novos atrasos nos próximos dias. Conforme o coordenador do Fórum
Unificado dos Trabalhadores do Complexo Industrial do Porto do Pecém (FUTCIPP)
Hernesto Luz, ao menos quatro navios não operaram como haviam previsto.
Duas
embarcações, explica o coordenador, cancelaram a atracação, enquanto outra, que
já estava atracada, permaneceu no porto, mas não realizou nenhuma operação. Um
quarto navio, complementa, aguardava, no início da noite de ontem, o momento de
atracar.
Conforme
Hernesto Luz, as atividades foram retomadas, ainda ontem, por volta das 17h30.
Apesar disso, afirma, o dia de hoje ainda deverá ser marcado por atrasos, uma
vez que os profissionais terão de lidar com uma demanda acumulada.
"A
situação ainda vai ser normalizada. Acho que, em um só dia (hoje), não vai ser
possível voltar às atividades, no ritmo normal, como se nada tivesse
acontecido".
Ele destaca
que os sindicatos que compõem o fórum estão "dispostos a dialogar".
Segundo o coordenador, porém, não está descartada a possibilidade de novas
paralisações nas próximas semanas, embora não tenha sido elaborado um
calendário de manifestações.
Fórum na Fiec
Hoje, a
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e a Promare Advocacia e
Consultoria, realizam, das 8h às 17h30, o III Fórum de Direito Marítimo,
Portuário e Logística do Estado do Ceará, no auditório Waldyr Diogo, na sede da
Fiec.
O evento irá
aumentar o foco das discussões ao tratar de assuntos mais amplos, das áreas do
comércio exterior, logística e direito, com as palestras que discutem temas
como a estrutura portuária brasileira para este século, além de questões
controversas no direito aduaneiro.
O ministro
dos Portos, Leônidas Cristino, realiza, durante a manhã, a conferência de
abertura. Serão apresentadas, ainda, no evento, alternativas para o fomento do
comércio exterior na região. (LF/JM)
Estacas da
CSP atrasaram
Entre os
navios que não puderam atracar ontem no Porto do Pecém no horário previsto, por
conta da paralisação dos trabalhadores do Porto do Pecém, estava uma embarcação
que trazia ao Estado parte das estacas que serão utilizadas nas obras da
Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A usina, cujo construção está prevista
para ser finalizada em 2014, teve a primeira estaca fincada em julho último. Ao
todo, já foram cravadas mais de 3.000 estacas. Na primeira fase de operação da
CSP, serão fabricadas anualmente três milhões de toneladas de placas de aço.
Segundo a
assessoria de comunicação da CSP, o atraso na chegada das estacas não deve
implicar em um retardo nas obras, uma vez que, no local onde estão sendo
executados os serviços, já há outras estacas prontas para serem utilizadas, não
havendo, para ontem, a necessidade novas estacas. Como a previsão é que as
atividades no porto voltem ao normal a partir de amanhã, frisa a companhia, o
cronograma das obras não deve ser alterado.
Materiais
siderúrgicos
A chegada de
materiais siderúrgicos, para abastecer empresas instaladas no Estado,
corresponde a um dos principais elementos das importações na área do Porto do
Pecém.
Fonte: Diário
do Nordeste
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