Segundo
a Anamatra, o PL 4.302 agrava o desemprego e rebaixa salários e condições de
trabalho
São
Paulo – A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
divulgou hoje (23) uma nota de repúdio ao Projeto de Lei (PL) 4.302, aprovado
ontem na Câmara dos Deputados, que permite às empresas terceirizar todos seus
setores de atividade. Segundo o texto, o projeto agrava o desemprego e rebaixa
os salários e condições de trabalho.
"A
proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o
rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como
regra a precarização nas relações laborais", afirmam os magistrados.
Além
disso, a associação chama a atenção para a alta rotatividade que acomete os
trabalhadores terceirizados. "(Os terceirizados) trabalham em média 3
horas a mais que os empregados diretos, além de ficarem em média 2,7 anos no
emprego intermediado, enquanto os contratados permanentes ficam em seus postos
de trabalho, em média, por 5,8 anos", critica.
A
Anamatra afirma que o PL 4.302 não é "de interesse da população, convicta
ainda de que a medida contribuirá apenas para o empobrecimento do país e de
seus trabalhadores".
Leia a
nota na íntegra:
A
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA, entidade
que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, tendo em vista a aprovação,
na noite desta quarta-feira (22/3), do Projeto de Lei (PL) nº 4.302/1998, que
regulamenta a terceirização nas atividades meio e fim, bem como na iniciativa
privada e no serviço público, vem a público se manifestar nos seguintes termos:
1 – A
proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o
rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como
regra a precarização nas relações laborais.