O Conselho
Universitário da Universidade de São Paulo (USP) vai discutir nesta terça-feira
(26) o plano de demissão voluntária apresentado pelo reitor, Marco Antonio
Zago, na última semana.
Se aprovado, o plano pode diminuir em 7% o gasto
da USP com folha de pagamento. O Conselho pretende que haja adesão de três mil
funcionários à proposta, informou o jornal Folha de S. Paulo.
Na segunda-feira (25), alunos, funcionários e
professores protestaram contra a proposta. Cerca de 200 pessoas deram um abraço
simbólico no Hospital Universitário, no campus no Butantã, e seguiram pelas
avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Doutor Arnaldo, onde fica a Faculdade de
Medicina. A manifestação durou cerca de quatro horas.
No dia 20
de agosto, policiais militares e grevistas entraram em confronto, após
funcionários trancarem três portões de acesso à universidade. Os policiais
usaram bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha e os participantes do
protesto revidaram com pedaços de pau e pedras.Na reunião de hoje também será
discutida a eventual transferência do Hospital Universitário e do Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP de Bauru para a Secretaria
Estadual de Saúde.
Os funcionários das USP estão em greve desde o
dia 27 de maio, durante grave crise financeira da universidade. A categoria
pleiteia aumento salarial de 9,78%. Em 2013, o reajuste foi de 5,39% nos
rendimentos.
O que diz
o plano
No dia seguinte ao confronto na Universidade, a
reitoria divulgou um vídeo no site a USP com o reitor, Marco Antonio Zago,
explicando as medidas para lidar com a crise financeira na instituição.
O plano inclui demissão voluntária, repasse de
dois hospitais universitários para o Estado, venda de bens da universidade e
redução da jornada de trabalho de servidores técnico-administrativos com
correspondente redução salarial.
Para
incentivar a demissão voluntária, a USP fará um investimento inicial de até R$ 400 milhões e espera obter uma redução
da folha de salários e de benefícios da ordem de 6% a 7%. A intenção é que funcionários que trabalham 40 horas
semanais possam trocar para um regime de 30 ou 20 horas, com redução salarial.
Zago
defendeu que os gastos excessivos têm como causas
principais o excesso de servidores técnico-administrativos e os benefícios aos
servidores muito acima da média dos valores dos docentes e dos servidores das
outras duas universidades paulistas, segundo ele.
Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2014/08/26/greve-usp-demissao_n_5715457.html?utm_hp_ref=pais
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