Não
adianta se iludir. Os trabalhadores não ganham nada de graça. Têm que se
organizar, fazer a luta, ir para a greve. Bonzinho, só o Papai Noel. Basta se
lembrar de alguns ganhos dos técnicos-administrativos das universidades para
comprovar que nada veio de graça. E a diferença entre o que queremos e o que
recebemos depende do tamanho da luta. O governo mede a temperatura dos
trabalhadores e recua ou avança, dependendo do calor da organização. Muita
coisa pela qual lutamos ficou perdida no caminho. Mas muita coisa apareceu
direto no contracheque ou na rotina de trabalho. Às vezes, o ganho não aparece
porque o objetivo era justamente esse, não deixar aparecer. É o caso das várias
tentativas de privatização da Universidade. A vitória dos trabalhadores está no
fato de que ela não aconteceu. Mas outras vitórias, mostradas abaixo, aparecem
bem, e PARA TODOS.
2007
Ajuste na
tabela salarial, parcelado para os anos de 2008, 2009 e 2010; acertos no
projeto de carreiras e auxílio para o plano complementar de saúde dos
trabalhadores técnico-administrativos em educação.
2005
Correções
na implementação do PCCTAE – Plano de Carreira dos Cargos
Técnico-Administrativos em Educação que, no entanto, criaram distorções e
prejuízos, como é o caso do VBC – Vencimento Básico Complementar.
2004
Reestruturação
da tabela dos servidores técnico-administrativos em educação, com incorporação
de gratificações, step (degrau entre os vencimentos) único de 3% e piso
salarial de R$ 701,00.
2003
Elaboração
da PEC paralela da reforma da Previdência, que minimizou o impacto sobre os
trabalhadores públicos.
2001
Incorporação
da GAE ao vencimento-base para ativos e aposentados, reajuste de 3,5% e
engavetamento do projeto de lei de Emprego Público (que previa contratação pela
CLT) e do projeto que privatizava até 25% dos leitos e todo atendimento do HU.
2000
Impedimento
do projeto de autonomia universitária do MEC.
1998
Retirada,
do Congresso Nacional, da PEC 370, que desresponsabilizaria o governo de parte
do investimento nas universidades, autorizando a busca de financiamento na
iniciativa priavada e a cobrança de mensalidades dos estudantes.
1994
STF decide
que SPFs têm direito à greve, mediante regulamentação pelo Congresso Nacional.
1993
Garantia,
em lei, do vale-alimentação.
1991
Reajuste
geral de 20%.
1989
Contratação
de 1.340 STAs e reconhecimento do direito à aposentadoria integral.
1987
Criação do
PUCRCE, unificando o regime jurídico das autarquias e fundações.
1986
Reajuste
de 75,06% e liberação de 60 bilhões de cruzeiros para as universidades.
1983
Reconhecimento
da educação superior como serviço público federal.
1982
Recuo do
governo na implantação do ensino pago nas IFES e no projeto de transformação
das universidades autárquicas em fundações.
1981
Recuo do
governo federal em transformar as universidades autárquicas em fundações.
1980
Reajuste
de 82,25%.
Fonte:
http://www.sintufsc.ufsc.br/ganhos.php
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