Em
Portugal, começa a ganhar retumbante sonoridade a palavra de ordem “Fascismo
nunca mais!” em protestos e manifestações populares, vociferadas pelas massas
sempre que, todos os anos, aproxima-se o aniversário da chamada Revolução dos
Cravos, o “25 de Abril” – como preferem os próprios portugueses –, que pôs fim
ao regime salazarista em 1974, quase quatro anos após a morte do próprio
Salazar.
Em 2014
completam-se 40 anos dos cravos, e mais que nunca o imperativo do “Fascismo
nunca mais!” inflama as ruas das maiores cidades de Portugal, sobretudo as da
capital Lisboa, radicalizando-se o clima político ao passo que se aproxima um
25 de Abril “redondo” justamente no momento em que o povo português já não
suporta mais as políticas antipovo de cunho claramente fascistas que lhe vêm
sendo impostas no âmbito da “austeridade” arquitetada para arrochar as massas
trabalhadoras e dar sobrevida aos monopólios chafurdados em sua crise de morte.
No 1º de
maio subsequente ao 25 de abril de 1974, um milhão de trabalhadores portugueses
marcharam pelas ruas de Lisboa. Quantos não marcharão agora, 40 anos mais tarde,
contra o fascismo atualizado da União Europeia e de seus capachos colocados na
gerência de nações feitas de autênticas semicolônias das potências capitalistas
do continente?
LUTA NO
CAMPO CONTRA O ‘AGRONEGÓCIO’
Também em
Portugal têm sido cada vez mais frequentes os protestos de pequenos produtores
rurais contra o sufocamento da sua atividade pelas políticas do gerenciamento
de Lisboa, que na verdade são as políticas ditadas pelo grande capital
monopolista europeu por intermédio da famigerada “Troika” (Comissão Europeia,
Banco Central Europeu e FMI), e que favorecem, aquelas políticas, os grandes
distribuidores transnacionais de alimentos.
São ações
como a que aconteceu no último 21 de fevereiro na cidade portuguesa de Porto de
Mós, que tem apenas cerca de 6 mil habitantes e fica a 120 quilômetros da
capital do país. Naquela data, junto ao mercado municipal, três agricultores
distribuíram vários sacos de frutas e leite a populares, que recebiam também um
papel onde estavam escritas as razões daquele protesto.
Fonte: http://www.anovademocracia.com.br/no-127/5255-panorama-de-uma-europa-popular-em-luta
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