Segundo
levantamento do Ministério do Trabalho, de
1,4 milhão de vagas criadas no ano passado, 27,8% são de servidores
estatutários, ou seja, ligados a órgãos públicos
O Brasil criou 1,49 milhão de vagas líquidas de
trabalho em 2013, ou seja, já consideradas as demissões do período. Os dados constam da Relação Anual de Informações Sociais (Rais),
um banco de dados que as empresas são obrigadas a preencher anualmente e enviar
ao Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). A diferença entre a Rais e o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo MTE
mensalmente, é que o primeiro engloba todas as vagas formais, incluindo celetistas
(contratados no regime da CLT), estatutários (servidores públicos), temporários
e avulsos. Isso significa que a Rais mostra um panorama mais fiel do mercado de
trabalho.
O
resultado de 2013 mostra que a criação
líquida aumentou 29,7% em relação ao ano anterior. Mas, diferente de 2012 e dos
anos anteriores, a alta foi garantida pela contratação de servidores públicos
de níveis municipal, estadual e federal. Um total de 414,7 mil novas vagas, ou
seja, 27,8%, são atribuídas ao setor público. O MTE mostra que, enquanto o emprego formal avançou 3,15% na
comparação anual, o funcionalismo cresceu 4,85%. Já o regime celetista teve
alta de 2,76%, com a contratação líquida de 1,075 milhão de pessoas. Apesar do
avanço no ano passado, o MTE mostrou que se trata do segundo pior resultado em
10 anos, perdendo apenas para o de 2012, quando foram criadas 1,14 milhão de
vagas.
O avanço
do emprego por setor mostra que, entre
os celetistas, a maior criação de emprego ficou em Serviços, com 558,6 mil
postos de trabalho líquidos, uma alta de 3,46% em relação a 2012. Em seguia, há
o Comércio, com a criação de 284,9 mil
empregos. A Indústria de Transformação e a Construção Civil vêm em seguida, com
a criação de 144,4 mil e 60,0 mil postos, respectivamente.
No caso da
Indústria de transformação, alguns subsetores apresentaram queda do emprego já
no ano passado, como a indústria metalúrgica, que cortou 3.646 vagas (queda de
0,44%) e a de calçados, com queda de 6.160 postos (-1,84%).
Fonte:
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/criacao-de-emprego-em-2013-foi-puxada-pelo-funcionalismo-publico
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