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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Conselho Universitário da Universidade de São Paulo discute plano de demissão voluntária para acabar com greve

O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) vai discutir nesta terça-feira (26) o plano de demissão voluntária apresentado pelo reitor, Marco Antonio Zago, na última semana.
Se aprovado, o plano pode diminuir em 7% o gasto da USP com folha de pagamento. O Conselho pretende que haja adesão de três mil funcionários à proposta, informou o jornal Folha de S. Paulo.
Na segunda-feira (25), alunos, funcionários e professores protestaram contra a proposta. Cerca de 200 pessoas deram um abraço simbólico no Hospital Universitário, no campus no Butantã, e seguiram pelas avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Doutor Arnaldo, onde fica a Faculdade de Medicina. A manifestação durou cerca de quatro horas.

No dia 20 de agosto, policiais militares e grevistas entraram em confronto, após funcionários trancarem três portões de acesso à universidade. Os policiais usaram bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha e os participantes do protesto revidaram com pedaços de pau e pedras.Na reunião de hoje também será discutida a eventual transferência do Hospital Universitário e do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP de Bauru para a Secretaria Estadual de Saúde.
Os funcionários das USP estão em greve desde o dia 27 de maio, durante grave crise financeira da universidade. A categoria pleiteia aumento salarial de 9,78%. Em 2013, o reajuste foi de 5,39% nos rendimentos.
O que diz o plano
No dia seguinte ao confronto na Universidade, a reitoria divulgou um vídeo no site a USP com o reitor, Marco Antonio Zago, explicando as medidas para lidar com a crise financeira na instituição.
O plano inclui demissão voluntária, repasse de dois hospitais universitários para o Estado, venda de bens da universidade e redução da jornada de trabalho de servidores técnico-administrativos com correspondente redução salarial.
Para incentivar a demissão voluntária, a USP fará um investimento inicial de até R$ 400 milhões e espera obter uma redução da folha de salários e de benefícios da ordem de 6% a 7%. A intenção é que funcionários que trabalham 40 horas semanais possam trocar para um regime de 30 ou 20 horas, com redução salarial.
Zago defendeu que os gastos excessivos têm como causas principais o excesso de servidores técnico-administrativos e os benefícios aos servidores muito acima da média dos valores dos docentes e dos servidores das outras duas universidades paulistas, segundo ele.

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2014/08/26/greve-usp-demissao_n_5715457.html?utm_hp_ref=pais

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