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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

RJ: Sindicato e CSN não entram em acordo e marcam novo encontro

Depois de quatro horas de negociação, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a direção da CSN não entraram num acordo na Mesa Redonda na Delegacia Regional do Trabalho, em Volta Redonda. Por meio da Assessoria de Comunicação, a CSN informou que a reunião foi interrompida e retorna na segunda-feira (dia 11). O novo encontro acontecerá às 9 horas no mesmo local.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Renato Soares, disse que a empresa quis manter as duas propostas apresentadas nas reuniões de junho, quando a primeira foi recusada pelos trabalhadores em votação em junho e a segunda recusada pelo Sindicato na mesa de negociação. “Eles (a direção da empresa) querem que o sindicato coloque em votação a segunda proposta. Não vamos aceitar porque o reajuste é para setembro e os trabalhadores perdem meses. Hoje, os funcionários novos ficam, em média, três ou quatro anos na empresa e sai para outra. Portanto, quatro meses é um tempo considerado”, disse Renato Soares, durante intervalo da reunião de ontem.
Em 16 de junho, 76% dos trabalhadores da CSN recusaram a proposta (dos 6.069 votos, 4.646 recusaram). A empresa ofereceu um reajuste salarial 5,82% (INPC), retroativo a maio/2014, cartão alimentação de R$ 312, (reajuste de 5,82% - INPC), além de duas recargas extras no valor de R$ 200/cada. A primeira a ser paga em junho e a segunda em dezembro, sem a participação do trabalhador. Consta também na proposta rejeitada auxílio creche no valor de R$ 458 (recebendo o reajuste de 13,36%), valor de empréstimo de R$ 2.620 para R$ 2.800 a partir de junho e convênio farmácia. A empresa se comprometeu a incluir mais uma nova rede de farmácia. Hoje apenas um atende os operários da empresa.

Por enquanto, as duas partes descartaram a possibilidade de dissídio, quando a decisão do reajuste salarial é feita na Justiça Trabalhista.
O dissídio não é feito unilateralmente, informou a assessoria da CSN. Renato Soares, por sua vez, disse que o dissídio seria “péssimo para os trabalhadores”.
“Há mais de quatro meses, iniciamos as negociações do acordo coletivo de trabalho com os representantes da empresa, sem grandes avanços. Duas propostas foram levadas à votação e rejeitadas nas urnas pelos metalúrgicos da empresa com mais de 70% dos votos”, disse Renato Soares, que continuou: “De lá para cá, o sindicato vem tentando retomar as negociações, sem êxito. Por essa razão, resolvemos contar com a intermediação de um representante do Ministério do Trabalho. Agora, esperamos que com a interferência de um mediador, a gente avance e resolva este impasse”, finalizou o sindicalista.

Fonte: A Voz da Cidade - http://www.mundosindical.com.br/sindicalismo/noticias/noticia.asp?id=17740

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