A greve
dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do estado está prestes a ser
encerrada. O julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários de Pernambuco já
começou na sede do Tribunal Regional do Trabalho, no Cais do Apolo. Desde as
17h, 14 desembargadores estão reunidos para analisar a paralisação, as taxas de
reajuste salarial e de tiquete de refeição, além do piso dos trabalhadores.
Caberá também aos magistrados, decidir sobre o cumprimento da liminar que
obrigava a circulação de 100% da frota no horário de pico durante a greve.
Na sessão
desta quarta-feira (30), cinco desembargadores estarão ausentes. Segundo o TRT,
Eneida Melo Correia de Araújo e André Genn de Assunção Barros estão de férias,
Fábio André de Farias viajou, a corregedora Virgínia Malta Canavarro está em
correição em Serra Talhada, no Sertão, e Gisane Barbosa de Araújo tem
prerrogativa de impedimento relacionada a questões familiares.
A decisão
caberá aos magistrados Ivanildo da Cunha Andrade, presidente do TRT, Pedro
Paulo Pereira Nóbrega, vice-presidente, Valéria Gondim Sampaio, Ivan de Souza
Valença Alves, Valdir José Silva de Carvalho, Acácio Júlio Kezen Caldeira,
Dione Nunes Furtado da Silva, Dinah Figueirêdo Bernardo, Maria Clara Saboya
Albuquerque Bernardino, Nise Pedroso Lins de Sousa, Ruy Salathiel de
Albuquerque e Mello Ventura, Maria do Socorro Silva Emerenciano, Sergio Torres
Teixeira e Paulo Dias de Alcântara.
A
audiência começou com o presidente do TRT, desembargador Ivanildo da Cunha
Andrade, que, em seguida, passou a palavra para a relatora do voto, a juíza
convocada Ana Catarina Cisneiros Barbosa de Araújo. Na sequência, votam o
vice-presidente do Tribunal, que expediu a liminar e mediou as negociações do
dissídio, e os demais desembargadores por ordem de antiguidade.
A relatora
detalhou as seis cláusulas que terminaram em impasse na audiência de
conciliação entre patrões e empregados, que durou mais de seis horas, nessa
terça-feira (29). A juíza explicou as questões do piso salarial, do reajuste
salarial, a concessão de alimento, auxílio funeral, indenização por morte ou
invalidez e diária para motoristas em viagens especiais. Ainda segundo Ana
Catarina, o Ministério Público opinou pelo deferimento de um reajuste da ordem
de 6,5% sobre as cláusulas, exceto pela concessão de alimentação, que deve ser
de 10%.
O advogado
do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco
(Urbana-PE) Artur Henrique relembrou que o Urbana, primeiro, entrou com uma
medida cautelar de dissídio, depois entrou com o dissídio coletivo e, por
último, com o dissídio de natureza econômica. "A greve é abusiva. Os
rodoviários fizeram a mesma coisa em 2012 e 2013 e também foi errado. Esse ano,
descumpriram até a liminar. Os motoristas de Aracajú recebem R$ 1.535, em Maceió,
ganham R$ 1,4 mil. Em Natal, R$ 1.515. Fortaleza,
R$ 1.650. Atualmente, no Recife, eles recebem 1.605. Com o reajuste oferecido,
R$ 1.702. É o maior do Nordeste", argumentou.
"Nós
queremos a declaração de abusividade da greve, a negativa das reivindicações
remanescentes e a homologação da cláusula conciliada", complementou Artur
Henrique.
Em caso de
empate, o presidente Ivanildo Andrade fica responsável pelo voto decisivo.
Durante o julgamento, os desembargadores poderão explicar os votos, especialmente,
no caso de divergirem da decisão da relatora.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/07/30/interna_vidaurbana,519318/julgamento-da-greve-dos-rodoviarios-comeca-com-menos-cinco-desembargadores.shtml
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