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domingo, 3 de agosto de 2014

PE: Julgamento da greve dos rodoviários começa com menos cinco desembargadores

A greve dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do estado está prestes a ser encerrada. O julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários de Pernambuco já começou na sede do Tribunal Regional do Trabalho, no Cais do Apolo. Desde as 17h, 14 desembargadores estão reunidos para analisar a paralisação, as taxas de reajuste salarial e de tiquete de refeição, além do piso dos trabalhadores. Caberá também aos magistrados, decidir sobre o cumprimento da liminar que obrigava a circulação de 100% da frota no horário de pico durante a greve.
Na sessão desta quarta-feira (30), cinco desembargadores estarão ausentes. Segundo o TRT, Eneida Melo Correia de Araújo e André Genn de Assunção Barros estão de férias, Fábio André de Farias viajou, a corregedora Virgínia Malta Canavarro está em correição em Serra Talhada, no Sertão, e Gisane Barbosa de Araújo tem prerrogativa de impedimento relacionada a questões familiares.

A decisão caberá aos magistrados Ivanildo da Cunha Andrade, presidente do TRT, Pedro Paulo Pereira Nóbrega, vice-presidente, Valéria Gondim Sampaio, Ivan de Souza Valença Alves, Valdir José Silva de Carvalho, Acácio Júlio Kezen Caldeira, Dione Nunes Furtado da Silva, Dinah Figueirêdo Bernardo, Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino, Nise Pedroso Lins de Sousa, Ruy Salathiel de Albuquerque e Mello Ventura, Maria do Socorro Silva Emerenciano, Sergio Torres Teixeira e Paulo Dias de Alcântara.
A audiência começou com o presidente do TRT, desembargador Ivanildo da Cunha Andrade, que, em seguida, passou a palavra para a relatora do voto, a juíza convocada Ana Catarina Cisneiros Barbosa de Araújo. Na sequência, votam o vice-presidente do Tribunal, que expediu a liminar e mediou as negociações do dissídio, e os demais desembargadores por ordem de antiguidade.
A relatora detalhou as seis cláusulas que terminaram em impasse na audiência de conciliação entre patrões e empregados, que durou mais de seis horas, nessa terça-feira (29). A juíza explicou as questões do piso salarial, do reajuste salarial, a concessão de alimento, auxílio funeral, indenização por morte ou invalidez e diária para motoristas em viagens especiais. Ainda segundo Ana Catarina, o Ministério Público opinou pelo deferimento de um reajuste da ordem de 6,5% sobre as cláusulas, exceto pela concessão de alimentação, que deve ser de 10%.
O advogado do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) Artur Henrique relembrou que o Urbana, primeiro, entrou com uma medida cautelar de dissídio, depois entrou com o dissídio coletivo e, por último, com o dissídio de natureza econômica. "A greve é abusiva. Os rodoviários fizeram a mesma coisa em 2012 e 2013 e também foi errado. Esse ano, descumpriram até a liminar. Os motoristas de Aracajú recebem R$ 1.535, em Maceió, ganham R$ 1,4 mil. Em Natal, R$ 1.515. Fortaleza, R$ 1.650. Atualmente, no Recife, eles recebem 1.605. Com o reajuste oferecido, R$ 1.702. É o maior do Nordeste", argumentou.
"Nós queremos a declaração de abusividade da greve, a negativa das reivindicações remanescentes e a homologação da cláusula conciliada", complementou Artur Henrique.
Em caso de empate, o presidente Ivanildo Andrade fica responsável pelo voto decisivo. Durante o julgamento, os desembargadores poderão explicar os votos, especialmente, no caso de divergirem da decisão da relatora.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/07/30/interna_vidaurbana,519318/julgamento-da-greve-dos-rodoviarios-comeca-com-menos-cinco-desembargadores.shtml

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