domingo, 29 de abril de 2012
SENADO APROVA A VENDA DE REMÉDIOS EM SUPERMERCADOS
O texto
prevê que os estabelecimentos comerciais devem observar "relação a ser
elaborada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)"
posteriormente para a venda dos medicamentos, mas não traz nenhuma
regulamentação.
O projeto
que transforma a medida provisória em lei será encaminhada à sanção da
presidente Dilma Roussef.
Mas até
senadores aliados do governo criticaram a MP. Ex-ministro da Saúde, o senador
Humberto Costa (PT-PE) pediu que a presidente não sancione o artigo e disse
ainda que a tendência de Dilma é de vetar o projeto.
"Se
esse artigo não for vetado pela presidente garantirá que estabelecimentos
comerciais poderão dispensar e comercializar medicamentos, o que se trata de um
verdadeiro absurdo. O líder do governo e o relator da MP podem assumir a
pressão para que haja o veto a este artigo."
Inclusão
A
autorização foi incluída em um texto originalmente encaminhado pelo governo ao
Congresso que previa a desoneração das contribuições sociais sobre produtos
destinados a portadores de deficiência e do IPI nas operações de compra de
veículos automotivos para os portadores de deficiência.
Além dos
medicamentos, a MP traz outros dez assuntos que não têm ligação com o seu
objeto principal. Irritada com o excesso de "contrabandos", a
oposição reagiu.
Como os
oposicionistas não são contrários à isenção fiscal de produtos para deficientes
físicos, acusam o governo de ter se aproveitado de um tema consensual para
incluir outros assuntos.
Outros Países
Nos EUA,
remédios que não precisam de prescrição como analgésicos, antitérmicos, antialérgicos
e laxantes, podem ser encontrados em supermercados e até em lojas de
conveniência.
No Reino
Unido, esses medicamentos também podem ser vendidos em mercados.
Fonte: Folha
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