quarta-feira, 11 de abril de 2012
"TRABALHADOR TERCEIRIZADO É TRATADO COMO MERCADORIA"
Em sua intervenção, Renato
Sant'Anna afirmou que é preciso analisar a terceirização com base nos preceitos
constitucionais e nas normas internacionais do trabalho e reafirmou a posição
da magistratura do Trabalho contra a prática. "Os juízes do Trabalho são
contrários à terceirização não por motivos econômicos ou políticos, mas sim
porque nosso instrumento de trabalho é o Direito do Trabalho, que é uma ciência
e possui princípios", disse.
Sant'Anna alertou para o
fato da regulamentação da terceirização, nos moldes como vem sendo discutida no
Congresso Nacional, atender tão somente a interesses das empresas. "A
análise é feita somente sob a perspectiva da economia e da eficiência
empresarial, desviando da espinha dorsal do tema, que é o ser humano e seus
direitos", disse. Entre os problemas das propostas legislativas que tratam
do tema, segundo o magistrado, estão o enfraquecimento da atividade sindical,
bem como o incentivo à discriminação. "O trabalhador terceirizado é
tratado como mercadoria", frisou.
Ao final de sua exposição,
Sant'Anna afirmou que a regulamentação da terceirização já possui um marco
regulatório que é a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
"Nós defendemos a máxima responsabilidade dos tomadores e a mínima
autorização à prática", finalizou o presidente.
Fonte: ANAMATRA
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