De Emmanuel, 1940, 23ª Edição de 1995
- FEB
1. A narração do livro
começa 50 anos depois em que Pompéia foi destruída e Publio Lentulus fez a sua
passagem. (p. 7)
2. Publio reencarna como o
escravo Nestório, já que seu “orgulhoso coração havia espezinhado os escravos”.
Pompílio Crassus de “HÁ DOIS MIL ANOS” ressurge como HELVÍDIO LUCIUS. A figura
central deste livro é CÉLIA “um anjo pairando acima de todos as contigencias da
Terra”. (p. 9)
3. Emmanuel alerta: “Lê
esta história e medita. Os exemplos de uma alma santificada no sofrimento e na
humildade ensinar-te-ão a amar o trabalho e as penas de cada dia”. (p. 10)
4. No ano 131, uma liteira
conduzida por escravos atléticos, cortava a Praça de ESMIRNA, conduzindo o
nobre tribuno CAIO FABRICIUS. (p. 11)
5. Ao lado da liteira
caminhava um homem de cerca de 45 anos, com perfil israelita, um orgulho
silencioso, mas a atitude humilde denunciava ser um escravo. (p. 11-12)
6. A liteira parou em
frente a um soberbo edifício, donde saiu um patrício de seus 40 anos - HELVÍDIO
LUCIUS - que saudou o visitante eufórico. (p. 12)
7. Helvídio externou sua
alegria sobre a visita e perguntou a CAIO sobre a revolução da Judéia, sobre a
qual este fora vistoriar os estragos. CAIO resumiu os resultados ressaltando
que morreram mais de 180.000 judeus, e imperava a fome e a peste oriunda dos
cadáveres insepultos. (p. 13-14)
8. Helvídio fala a Caio,
que além disto, estranhas crenças contrárias às tradições romanas estão
invadindo os lares, inclusive o dele. Tratava-se do Cristianismo, que é objeto
de simpatia de sua filha mais nova - Célia. Por causa disto, Helvídio
tencionava deixar Célia em companhia do avô dela - CNEIO LUCIUS, pai de
Helvídio. (p. 15)
9. Comentaram então que
Claudia Sabina, esposa do Prefeito Urbico, que no passado foi plebéia, e apesar
de bonita era espezinhada pela sociedade. (p. 17)
10.Passando para o átrio
Caio apresentou o escravo Nestório, que havia comprado numa feira de Terebinto,
para presentear o amigo Helvídio. (p. 19)
11.Respondendo a Helvídio,
Nestório resumiu sua vida e como se tornou escravo. Judeu, nascido na Grécia,
após perder a esposa foi escravizado pelos romanos juntamente com o filho. Seu
amo CALIUS FLAVIUS, tratava-o como amigo, e Nestório o acompanhou até a morte.
(p. 21)
12.Helvídio se surpreendeu:
“é a primeira vez que ouvia um escravo falar bem do senhor”. Caio disse que o
mais assombroso era que Nestório conhecia a História Romana tão tem quanto
eles. (p. 21)
13.Convidado pelos dois
patrícios, o escravo dissertou sobre Roma, desde o nascimento da cidade, até
àqueles dias. (p. 22)
14.Impressionado Helvídio
convidou o escravo para ser orientador das 2 filhas sobre os costumes romanos.
(p. 23)
15.Entraram no recinto Alba
Lucínia (esposa de Helvídio) e suas 2 filhas Helvídia e Célia, Helvídio lhes
mostrou o escravo, explicando que o tinha ganho. (p. 24)
16.Alba Lucínia, conversou
com o marido e em vista de sua aprovação anunciou que iria libertar o escravo.
(p. 26)
17.Declarando-o livre
“Nestório ajoelhou-se ante os seus benfeitores e osculou humildemente os pés de
Alba Lucínia”. (p. 26)
CAPÍTULO II
18.LÉLIO ÚRBICO, o Prefeito
era protegido do Imperador, que lhe fez valiosas doações de imóveis, deu-lhe
títulos de nobresa e recomendou que se casasse com CLAUDIA SABINA, plebéia de
talento e beleza invulgar. (p. 27)
19.Casada com um nobre, CLAUDIA
representava nas festas Frívolas a decadência da sociedade romana, que
abandonava os bons costumes familiares. (p. 28)
20.Claudia, chama Hatéria,
fiel empregada, e pede-lhe que se ofereça para trabalhar na casa de HELVÍDIO
LÚCIUS, para observar tudo o que acontece e lhe contar. (p. 29-30)
21.Hatéria, fingindo
humildade, necessidade e submissão conseguiu o emprego. (p. 31)
22.Numa festa em recepção a
Helvídio e Caio, compareceu o pai de Helvídio - Cneio Lucius, respeitado por
todos, pelo seu comportamento reto, e suas obras em prol dos pobres e dos
escravos. Ele notou que o Prefeito LELIO, olhava com insistência sua nora ALBA
LUCINIA, enquanto CLAUDIA concentrava a sua atenção em Helvídio. (p. 32-33)
23. Helvídio confiou ao pai
suas preocupações com Célia sobre as “suas perigosas superstições sobre a nova
crença - o Cristianismo”. Cneio Lucius prometeu ajudá-lo e conversar com Célia.
(p. 34)
24.Na semana seguinte Célia
foi passar alguns dias no palacete do avô, as margens do TIBRE. (p. 35)
25.No dia seguinte Cneio
Lucius levou a neta para oferecer sacrifícios aos deuses escravos, e visitar os
edifícios religiosos. Célia o acompanhou com respeito mas não demonstrou
devoção aos ritos, o que foi percebido pelo avô, o qual questionou a neta sobre
sua atitude. (p. 35)
26.Célia, que amava a
verdade, confessou ser cristã. Explicou que Jesus não contrariava as nações
religiosas e as bases sobre o Estado e a Família romana. Afirmou com firmesa e
doçura, que “Jesus é o Cordeiro de Deus, a única esperança dos seres
desamparados e tristes, que hão de receber as bem-aventuranças, entre as
bençãos da simplicidade e da paz, na piedade e na prática do bem”. (p. 39-40)
27.Célia contou ao avô, que
quando estava se afogando num lago, foi salva por um escravo, CIRO, que foi
declarado livre por Helvídio em sinal de gratidão. (p. 44)
28.Célia confessou que após
longos diálogos com Ciro, teve a certeza de que ele era a “alma gêmea do seu
destino, reservada por Deus...” e este sentimento era correspondido pelo rapaz.
Nos seus idílios, falavam de Jesus e suas glórias divinas. (p. 46)
29.Quando Helvídio soube,
através da maledicência de Pausanias (chefe de serviço da casa), mandou atar
Ciro no tronco e açoitá-lo vários dias. (p. 47)
30.Conseguindo visitar Ciro
na prisão este procurava sorrir e confortá-la, explicando que “se sofremos
agora, deve haver uma causa justa, oriunda de tenebroso passado, em sucessivas
existências”. (p. 49)
31.Célia, continuando a
narrativa, explicou que pedira a intecessão da mãe. Esta comoveu-se e convenceu
Helvídio a libertar Ciro, com a condição de ir para as galeras romanas, sem ao
menos despedir-se de Célia. (p. 50)
32.Ao terminar, o avô deu
razão à Célia e observou que Ciro “possui um coração generoso e diferente do
que se poderia presumir do peito de um escravo...” (p. 51)
33.Diante da afirmação de
Célia de que não aguardava flores na vida, mas invernos de provas ríspidas,
Cneio Lucius lhe perguntou se não esperava a felicidade neste mundo. (p. 54)
34.Célia respondeu: “A
felicidade não pode estar onde a colocamos, com a nossa cegueira terrestre, mas
no compreendermos a Vontade Divina,
que saberá localizar a ventura para nós, como e quando oportuna”. (p. 54)
35.Após o diálogo, Cneio
Lucius ficara a cismar, que desejoso, de propiciar uma lição a sua neta, fôra
seu espírito que se abalara ante as novas concepções que provinham dos lábios
puros de um anjo. Percebeu que não mais acreditava em Júpiter como antes, e no
íntimo “escutava o rumor dos passos divinos de Jesus”. (p. 57)
CAPÍTULO III
36.Nestório, liberto,
tornou-se professor das duas filhas de Helvídio, e à noite procurava os
companheiros cristãos nas catacumbas. Votava a Helvídio Lucius extremo
respeito, e este tinha admiração por Nestorio. (p. 61)
37.Claudia conseguiu que
Adriano nomeasse Helvídio como encarregado das obras de Tibur, enquanto ela
seria responsável pela decoração. (p. 63/65)
38.Por outro lado Lelio
Urbico, declarava seu amor por Alba. Esta recusou e chorou em silêncio em vista
da gravidade do assunto. (p. 68)
39.Em casa, Helvídio e Alba
preocupados com os acontecimentos da festa, faziam planos para sair de Roma e
fugir das intrigas (p. 72)... mas os compromissos assumidos com Adriano sobre
Tibur atrapalhariam seus planos. (p. 73)
40.Helvídio explicou a seu
sogro suas apreensões com relação ao assédio de Claudia e sua intenção de sair
de Roma. Fabio Cornelio, pediu para ficar, pois sua situação financeira era
precária, e a posição do genro em Roma ajudá-lo-ia. (p. 74)
41.Por sua vez, Alba
confidenciou à mãe Tulia Sprinter seus receios com relação ao assédio do
Prefeito, e a mãe, com amargura, lhe pede para ficar, pois seu pai estava mal
das finanças. (p. 76)
42.Alba relatando à sua
amiga Tulia suas apreensões sentimentais, esta a aconselhou a procurar os
cristãos, enquanto Hatéria espionava a conversa, para contar mais tarde à
Claudia. (p. 83)
CAPÍTULO IV
43.Realmente Hatéria contou
para Sabina que Alba ia procurar os cristãos, e Sabina disse que ia avisar as
autoridades, sobre o foco cristão referido por Tulia. (p. 86)
44.Sabina foi à floresta
procurar a velha Pitonisa-PLOTINA para que destruísse o casamento Helvídio-Alba;
Plotina respondeu que pouco podia fazer porque “vossa rival está assistida por
uma figura angélica... vi a mulher que odiais nimbada pela aura intensa de um
anjo junto dela”. Acrescentou que poderia ser uma das filhas, o anjo da luz.
(p. 89)
45.Ante a insistência de
Sabina, a Pitonisa explicou: “um anjo de Deus pode aparar os golpes do mal,
visto não existir sofrimento, qual o entendemos, para os seus corações
purificados”. (p. 89)
46.No dia da reunião
cristã, Alba sentiu-se mal, por isto pedia a Tulia que fosse às preces,
acompanhada de sua filha Célia. Esta concordou com alegria. (p. 93)
47.Nas catacumbas centenas
de pessoas aguardavam em prece o início da reunião. Entoaram um cântico, quando
Tulia teve uma surpresa: Célia acompanhava a música cantando como se conhecesse
bem a letra. Realmente Célia aprendera com Ciro. (p. 95)
48.Logo após um homem foi à
tribuna e leu no evangelho de Mateus a passagem “quem é minha mãe e quem são
meus irmãos?”. Após a leitura, silenciou. O povo procurava POLICARPO o grande
orador, para comentar o trecho. Foi explicado que o grande apóstolo fora preso
no dia anterior, pela manhã, por ordem do Sub-prefeito. (p. 97)
49.Na falta de quem
comentasse, subiu a tribuna, Nestório - liberto de Helvídio. (p. 97)
50.“Nestório falou de suas lembranças
mais gratas do coração, sua infância na Grécia, as pregações de
João-Evangelista, a quem conhecia pessoalmente”. (p. 103)
51.Nestório exortou a todos
para seguir Jesus e finalizou dizendo: “o reino de Jesus não está nos templos
ou nos manuscritos... Os alicerces divinos têm de ser construídos no íntimo do
homem, de modo que cada alma possa edificá-lo por si mesma.” (p. 104)
52.Ao terminar, Célia e
Tulia se acercaram dele, o qual diante da interrogação de Célia, do porque ele
nunca havia falado de sua fé, Nestório respondeu que “apesar do fervor cristão,
ele não podia menosprezar os princípios da família que lhe concedera
liberdade.” (p. 106)
53.Na saída, uma surpresa.
Foi até elas Ciro, chamando Nestório de pai. Célia e Ciro trocaram lembranças
felizes do passado. (p. 108)
54.Ciro foi morar na
pequena casa de Nestório, que ficou alegre e apreensivo com a vinda do filho.
(p. 109)
55.Pausanias, havia seguido
Tulia e Célia, assistindo o ocorrido e contou a Fábio Cornélio pai de Alba.
Ordenou que os soldados fossem prender Nestório e Ciro. (p. 112)
56.Fábio interrogou
Nestório, e este confirmou ser cristão. Solicitado a negar o cristianismo,
Nestório não o fez, e nem delatou seus companheiros, pelo que foi recolhido ao
cárcere junto com Ciro. (p. 114)
57.Centenas de prisões
foram efetuadas. Entre os prisioneiros figuravam pessoas de todas as classes
sociais. (p. 115)
58.O Imperador Adriano
mandou abrir inquérito contra cada um individualmente. Quem negasse ser cristão
seria libertado. Os que continuassem firmes no cristianismo encontrariam a
tortura e talvez a morte. De cerca de 300 presos, somente 35 mantiveram-se fiel
a Jesus. (p. 116)
CAPÍTULO VI
59.Se por um lado, os
cristãos eram sacrificados, por outro, o cristianismo conseguiu, pela
sinceridade de Célia, um valioso adepto - Cneio Lucius, que leu avidamente os
evangelhos e as epístolas de Paulo. (p. 117)
60.Helvídio, voltando de
Tilbur, foi ter com Nestório na prisão. Sabendo que Nestório era pai de Ciro,
Helvídio ficou confuso, pois admirava Nestório, mas detestava Ciro.
61.Na prisão Helvídio pede
a Nestório que renegue o cristianismo, pois estão ansiosos para libertá-lo.
Nestório agradece com sinceridade e humildade, mas explicou: “Se o Mestre de
Nazaré deixou que o imolassem numa cruz, puro e inocente, pela redenção de
todos os pecados do mundo, porque me haveria de escurar do sacrifício, quando
me sinto cheio de lama do pecado?” (p. 121)
62.Num banquete com o
imperador, Caio anunciou seu casamento com Helvídia. (p. 126)
63.Célia adoecia de
tristeza e seu pai culpava as idéias cristãs. (p. 127)
64.Célia foi mandada
novamente à casa do avô, para se recuperar. (p. 128)
65.Cneio Lucius tentou
ajudá-la, mostrando que era cristão também, e Célia pediu para ver Ciro pela
última vez. (p. 130)
66.Cneio Lucius insistiu
muito e conseguiu de Helvídio a autorização para Célia ver Ciro na prisão. (p.
131)
67.Célia foi com o avô na
prisão visitar Ciro. Ele e Nestório muito desfigurados pelos maus tratos
emudeceram de alegria. Depois, Ciro consolou a moça, pedindo a ela que amasse a
vida, tivesse fé e esperança, pois ele, Ciro esperava renascer junto de Célia.
(p. 134)
68.Ao se despedir, Ciro
entregou a Célia um pergaminho com um hino cristão. Nestório, despedindo-se
disse à Célia “que o melhor sacrifício não é a morte pelo martírio, mas aquele
que se realiza a vida inteira, pelo trabalho e pela abnegação sincera...” (p.
137)
CAPÍTULO VII
69.Célia, após a visita aos
cristãos “mostrou-se mais corajosa na fé, mais calma e disposta”. (p. 139)
70.Sabina convenceu o
imperador a convidar Helvídio para acompanhá-lo, num cruzeiro pelo
Mediterrâneo, em que ela iria também. (p. 141)
71.O convite desagradou
muito Helvídio. Alba, embora a contragosto, (porque adivinhava que Sabina iria
no Cruzeiro) confortou Helvídio, argumentando do “porquê” ele deveria aceitar o
convite do imperador. (p. 144)
72.Após o casamento “de
gala” de Helvídia, Alba, com o coração receoso, resolveu procurar Sabina para
que esta intercedesse junto a Adriano, a fim de que seu marido não viajasse.
(p. 147)
73.Sabina acolheu o pedido
de Alba com ironia mordaz, ofendendo-a. (p. 148)
74.Alba respondeu com
dignidade que havia se enganado e que “cada um dá o que tem”. (p. 149)
75.Alba, apesar de sofrer,
procurou elevar o ânimo de seu marido, demonstrando seu espírito nobre. (p.
150)
76.Nas festas adrianinas,
22 cristãos seriam mortos sob a assistência de todos. (p. 153)
77.Os cristãos, entre os
quais estavam Nestório e Ciro, amarrados nos postes entoaram um lindo hino a
Jesus enquanto as setas lhes atravessavam o peito. Nestório vendo o filho
morrer, e ele próprio em agonia, lembrou-se de que, no passado aplaudira a
matança de cristãos (como Publio Lentulus).
78.Orava para Jesus,
“quando um vulto de anjo ou mulher (Livia) caminhou para ele estendendo-lhe as
mãos carinhosas e translúcidas. (p. 156)
SEGUNDA PARTE - CAPÍTULO
I
79.Ano 133: Dois meses
havia que Adriano deixara Roma. Alba sofria com o assédio de Lólio Urbico. (p.
161)
80.Cneio Lucius, já doente
e Célia, oravam olhando para a paisagem do Tibre, quando ele lembra Jesus
dizendo à Samaritana “de que há de vir o
tempo em que Deus será adorado, não nos santuários de pedra, mas no altar do
nosso próprio espírito”.
81.Aparece Silano, filho
adotivo de Cneio Lucius, que voltava das Galias. Este pediu ao tutor que
conseguisse junto às autoridades sua transferência para Roma. A seguir, Cneio
Lucius lhe deu um cofre com um medalhão, que acompanhou Silano, quando
recém-nascido foi acolhido na casa. (p. 166)
82.O tutor consegue a
transferência de Silano através de Fabiano Cornélio. Enquanto isto o Prefeito
assediava Alba com suas propostas criminosas. (p. 167)
83.Célia ouviu as
declarações do prefeito à mãe e ficou surpresa da mãe ouvir em silêncio. Depois
de Célia ter ido angustiada para seu quarto, Alba repreendeu indignada o
prefeito pondo-o para fora da casa. (p. 170)
84.Marcia chamou Alba e
Célia, porque Cneio Lucius estava doente. Quando Alba tentou consolar o sogro,
este notando sua palidez e tristeza, falou-lhe “palavras sábias e inspiradas”
sobre a sua nova crença nas vidas sucessivas. (p. 175)
85.Alba não lhe deu crédito
acreditando-o senil, mas Célia, a sós com o avô procurou consolá-lo. Este,
sabendo da elevação espiritual da neta, disse a ela: “Em vez de confiar-te a teus pais, confio os meus filhos a teu
coração...” (p. 175)
86.Cneio Lucius pediu à
neta fazer o “Pai Nosso”. Esta obedeceu, e ele entrou em processo de partida
para o mundo espiritual. (p. 177)
87.Célia, enquanto o avô
agonizava, “divisou seres luminosos aéreos”, ao entrarem no quarto Célia,
reconheceu entre eles o espírito de Nestório. Ia perguntar por Ciro, quando
Nestório, adivinhando-lhe a ansiedade, afirmou que em breve ela veria Ciro. (p. 178)
88.Nestório abraçou o
morinbundo, e Cneio Lucius desprendeu-se do corpo. (p. 178)
CAPÍTULO II
89.Daí a algum tempo
Helvídio Lucius recebeu a notícia da morte do pai, mas já não mais adiantava ir
até Roma. (p. 181)
90.Claudia, continuava
tentando reconquistar Helvídio. Agora, porém, mostrava-se “amiga devotada e
fiel”. (p. 182)
91.Voltando para Roma antes
de Helvídio, Claudia planejou dar o golpe fatal. Procurou a pitonisa Plotina, e
ambas planejaram fazer Helvídio acreditar que Alba o traíra e que tivera um
filho. Hatéria se ancarregaria de achar uma criança na “coluna lactária” (onde
ficavam os enjeitados). (p. 193)
92.Claudia falou então a
Helvídio que sua esposa o traíra com o Prefeito. (p. 194)
93.Hatéria ministrou um
sonífero em Alba, e foi pegar uma criança. Escolheu uma criança com traços
delicados e nobres. Pegou a criança e colocou na cama de Alba que dormia por
causa do narcótico. (p. 195)
94.Celia percebendo o choro
de criança foi até o quarto da mãe, vendo Hatéria e a criancinha. Hatéria
explicou que Alba tivera o filho naquela noite e agora descansava. (p. 197)
95.Célia, acreditando em
Hatéria, e compreendendo a gravidade da situação, pegou a criança nos braços e
disse a Hatéria que seria seu filho. Deu suas jóias para Hatéria e pediu para
ela confirmar que a criança era seu filho. (p. 199)
96.Helvídio chegando ao
alvorecer encontrou Célia com a criança no colo, enquanto Alba se levantava
surpresa. Célia pediu perdão, e disse que o filho era seu. Hatéria confirmou
tudo. (p. 201)
97.Célia, procurando
defender a mãe, disse a Helvídio que o Prefeito, após assediar sua mãe, sem
êxito, voltou-se contra ela, resultando na gravidez. Helvídio perguntou a
esposa que confirmou o assédio criminoso do Prefeito. (p. 203)
98.Helvídio descontrolado,
prometeu vingança e quiz a morte de Célia. Alba, chegou a tempo de segurar o
braço de Helvídio, quando ia desferir um golpe de punhal contra Célia. (p. 204)
99.Helvídio então, expulsou
a filha de casa. “Ergueu-se ela, então, cambaleando, endereçando à mãe um
derradeiro olhar, no qual parecia concentrar toda a sua crença e toda a sua
esperança...” (p. 205)
100.Helvídio e o sobro Fábio
Cornelio dirigiram-se ao Capitólio para eliminar o Prefeito, mas chegando lá
viram que ele “tinha se suicidado”. Na verdade Claudia o envenenara e simulara
o suicídio. (p. 206)
101.Claudia entregando um
falso bilhete de suposto suicida a Fábio e Helvídio, esperava ansiosamente que
ele falassem de Alba, mas ficou decepcionada com o mutismo deles. Diante de uma
pergunta de Claudia responderam que estavam transtornados porque Célia morrera.
(p. 208)
CAPÍTULO III
102.Para dar voracidade à
morte de Célia, Helvídio preparou um funeral como se fossem as cinzas dela. (p.
211)
103.Diante dos desgostos,
Julia Spinter morre, vítima de um colapso cardíaco. (p. 212)
104.Claudia, por mais que
procurasse Hatéria, não conseguiu falar com ela que recebera elevada quantia
para se calar. (p. 213)
105.Enquanto isto Célia
caminhou sem destino, até que encontrou uma cristã - Orfilia, casada com o
bondoso Horácio e mãe do leviano moço - Junio. Célia disse a ela que enviuvara
há 4 meses. (p. 217)
106.Orfilia recolheu Célia e
esta alguns dias mais tarde partiu para Nápoles com Junio. (p. 221)
107.Durante a viagem Junio
passou a assediá-la e ameaçá-la. Numa noite em que pararam numa hospedaria,
Célia, intuída pelos espíritos resolveu fugir. (p. 223)
108.A pé, na estrada, já de
noite, Célia encontrou com Caio que viajava a cavalo com dois escravos. Ele
fingiu não conhecê-la e seguiu para seu destino. (p. 228)
109.Buscou uma gruta
selvagem para descançar. Estava triste e desanimada, quando viu surgir na
escuridão uma luz, que se aproximou dela e apareceu a figura de seu avô, Cneio Lucius. (p. 230)
110.Cneio Lucius procurou
confortá-la, dizendo: “Deus te abençõe.
Crendo sacrificar-te por tua mãe, estás cumprindo uma das mais formosas missões
de caridade e de amor...” O avô esclareceu que Alba nunca faltou à
fidelidade conjugal. (p. 231)
111.Então a grande
revelação: Cneio Lucius esclareceu que a criancinha inocente, era Ciro
reencarnado. Célia encheu-se de júbilo e de energia. (p. 234)
CAPÍTULO IV
112.Célia prosseguiu viagem
contando com o amparo de Jesus que lhe forneceria a inspiração mais acertada.
Vendo uma choupana rodeada de laranjeiras, foi atraída até ela. Bateu na porta
onde um velho de cabelos e barbas brancas a acolheu com simpatia. Vendo uma
cruz no peito dele, saudou-o em nome de Cristo e ele respondeu com júbilo. (p.
237)
113.O velho que se escondia
sob o nome de Marinho havia sido cruel guerreiro romano. Casado, com uma filha
teve seu lar ultrajado, e quando estava prestes a matar a esposa e o amante,
recebeu de um mendigo um pergaminho com o “Sermão da Montanha”. Desistiu do
intento, indo procurar os cristãos. Mas o homem que ultrajava o seu lar, foi
morto, e a própria esposa apontou-o como assassino. Condenado à morte foi salvo
por Cneio Lucius que intercedeu a seu favor, mudando a pena para o desterro.
Célia chorou ao ouvir o nome do avô. (p. 245)
114.Depois disto Marinho
disse que se tornou cristão, viajando e divulgando o Evangelho. Vendo Célia
chorar, o velho estimulou-a abrir o seu coração. Sentindo inexplicável
confiança, Célia “desfiou sua história cheia de lances comovedores”.
Confessando-se neta de Cneio Lucius, narrou sua vida até a visão do avô , ao
pernoitar na gruta. Ao concluir tinha os olhos inchados de chorar. (p. 247)
115.Marinho planejou vestir
Célia como rapaz e encaminhá-la a Alexandra na comunidade cristã. Célia foi
apresentada aos povos vizinhos como “filho” de Marinho. Alguns dias depois a
criança começou a definhar e apesar de Célia desejar ampará-lo com “todas as
energias do seu espírito dilacerado, querer apenas um milagre”, o pequenino não
resistiu e partiu para o mundo espiritual. (p. 252)
116.Algum tempo depois, numa
noite serena, apareceu o espírito de Ciro que procurou dar-lhe conforto e
energia. Disse: Depois de algum tempo na sua companhia, eis-me de novo aqui...
És minha âncora de redenção através de todos os caminhos... (p. 254)
117.Ciro confessou que em
vidas passadas fôra um tirano, enquanto Célia, espírito de luz, procurava
ajudá-lo, descendo dos céus ao cárcere dos impenitentes. Disse ele que Célia o
ajuda a alguns séculos. “É que as almas gêmeas preferem chegar junto às regiões
sublimes da paz e sabedoria...” (p. 254)
(Nota: Convém recorrer ao livro, p. 254/255,
onde se lê lindos ensinamentos, ditos por Ciro)
118.Passados alguns dias,
Marinho, pressentindo a aproximação da morte, passou a preparar Célia para agir
tão logo ele passasse para o mundo espiritual. Ordenou ao fretor que entregasse
a seu filho (Célia) as suas parcas economias, tão logo ele se fosse. (p. 257)
119.Após a morte de Marinho,
Célia segue para Alexandria, travestida de rapaz. (p. 258)
120.Em Alexandria vai ao
mosteiro onde morava Marinho. O mosteiro não tinha a simplicidade das
catacumbas. Era chefiado por “mão de
ferro” do Pai Epifânio. Era um ponto de partida para o futuro Catolicisnio,
cheio de convenções e imagens. (p. 265)
121.Devido a sua conduta
superior, mas humilde, sua bondade e firmeza dos propósitos cristãos, Célia
passou a ser respeitada por todos, menos um - Epifânio, que receava que ela
atrapalhasse sua autoridade. (p. 267)
122.Como fôra nomeada
responsável pelo almoxarifado, sempre tinha que ir no mercado fazer compras.
Como este distava 3 léguas, ela era obrigada a dormir na estalagem. Lá também
passou a ser respeitada por todos, menos por Brunchilda, filha do
estalajadeiro, que se apaixonou por Marinho. Este não correspondendo, ela foi
namorar um soldado que a engravidou e se foi. Ao nascer a criança, disse ao pai
colérico, que o pai da criança era do Irmão Marinho. (p. 269)
123.Acusada da paternidade,
suplicou que não a expulsassem do mosteiro. Pediu para morar num casebre no
horto e trabalhar diariamente. Epifânio não queria, mas todos concordaram e ela
ficou. (p. 273)
124.Certo dia Célia curou
uma criança doente e daí em diante seu casebre era sempre visitado por
necessitados. (p. 273)
CAPÍTULO V
125.Enquanto isto, em Roma,
dez anos se passaram desde que Célia fôra expulsa de casa. Alba Lucinia, estava
começando a embranquecer os cabelos, resultado da tristeza e saudade da filha
que partira. Helvídio sofria também entre a energia e o arrependimento. (p.
276)
126.Adriano morrera sendo
sucedido pelo Imperador Antonino mais justo e tolerante. Fabio Cornélio cresceu
na confiança do Imperador, e com ele subiu Silano, filho adotivo de Cneio
Lucius. Cláudia Sabina foi relegada ao ostracismo. Teve contato com o
Cristianismo, mas as lições de Jesus não encontraram eco no seu espírito
intoxicado. Como tinha dinheiro, vivia num sítio na companhia de alguns
empregados. (p. 278)
127.Um dia Hatéria bate à
porta da casa de Helvídio e Alba, extremamente aflita e perturbada. Solicitou a
presença de Alba, Helvídio e o pai de Alba, Fabio Cornélio. Disse Hatéria que
vinha fazer uma confissão terrível, que agora era cristã e desde as primeiras
lições do Evangelho, pesava-lhe um grande remorso. Disse que hesitara em vir,
com medo das conseqüências mas o exemplo de Jesus, foi mais forte, e ali
estava. Hatéria pedia a morte após contar a eles tudo. Ante a perplexidade dos
três, narrou tudo, tudo. Alba Lucínia sentiu o sangue gelar-se-lhe nas veias,
Helvídio teve o peito sufocado e emudeceu. Somente Fabio Cornélio, gritou,
palavras pesadas para Hatéria, dizendo que ia se vingar de todos. Tirou o
punhal e ia desferir o golpe em Hatéria que estava ajoelhada a seus pés, quando Alba, com misteriosa força
segurou-lhe o braço e pediu-lhe para não cometer mais um crime. Fabio obedeceu,
mas Alba emocionada tombou no tapete, inconsciente. Levada para o divã não
acordava. (p. 282)
128.Fabio veio ao palácio e
chamou o Oficial Silano ex-pupilo de Cneio Lucius. Pediu para ele cumprir uma
sentença do Governo, de executar uma pessoa que fora condenada por traição ao
Estado, Claudia Sabina. Mandou que levasse 2 atléticos soldados, Lidio e
Márcio, para executar a sentença, e ele mandaria soldados para cercar a casa no
sítio. Assim agiram, e na chácara, Claudia veio cumprimentar os soldados. O
Oficial se apresentou como Silano Plautus, disse da sentença de morte para ela
e mandou os gigantes amordaçá-la e cortar-lhe os pulsos. Ela aterrada parecia
querer falar algo, enquanto o sangue não jorrava dos pulsos cortados,
misteriosamente. Silano mandou soltá-la e ela pediu para conversar com ele a
sós, ao que ele concordou, pois ela estava morrendo. Ela chorando disse que era
a mãe dele, que Fabio Cornélio era um monstro, que ela e Fabio tinham praticado
vários crimes. Dolorosas passagens ela contou... Silano, emocionado, prorrompeu
em soluços. Ela contou tudo, menos a vida dela em relação a Alba Lucinia.
Disse, levada pela vingança, que Fabio matara o marido dela, e sabia que ele,
Silano, era filho dela. Pediu com insistência que Silano eliminasse Fabio
Cornélio.
129.Silano acreditava, mas
queria uma prova, quando Claudia, lhe falou do medalhão que deixara com a
criancinha. Silano corcordou, e estava com o medalhão ali. Ela escrevera uma
frase e assinara “Cláudia Sabina”, colocara no medalhão e que Silano nunca
havia aberto. Após isto, novo fenômeno ocorreu, o sangue começou a jorrar, e
ela expirou. (p. 289)
130.Silano saiu da casa
transtornado com a revelação. Emudeceu e não mais falou na viagem de volta.
Quando voltou ao Palácio, Fabio Cornélio o recebeu no gabinete com interesse.
Silano, fitava-o “com os olhos gázeos” e sem nada dizer desembanhou o punhal,
matando o censor. Os guardas chegaram, ele tentou resistir e foi morto. (p.
291)
131.Alba Lucinia continuava
inconsciente e Helvídio mandou chamar a filha Helvídia e seu marido. Helvídio
não se ausentara do leito de Alba, durante dias, até que ela deu o último
suspiro. (p. 293)
132.Após a morte de Alba,
Hatéria resolveu deixar a casa, e saiu sem destino. Coincidentemente percorreu
todas as ruas por onde passara Célia. Quando chegou na ponte sobre o Tibre, foi
assaltada por dois ladrões, que após roubá-la e desacordá-la com uma pancada,
jogou-a no rio. (p. 295)
133.Helvídio contou tudo à
filha e ao genro. Então Caio Fabrícius contou que encontrara Célia na estrada e
não a ajudara. Helvídio que até aquele dia não se interessava por viver, após a
confissão de Hatéria, analisando todos os sacrifícios de Célia para proteger a
família, teve novamente apego à vida. (p. 296)
134.Triste e só, Helvídio
viajou um ano pela Itália inteira procurando Célia, não encontrando. Um dia
veio procurá-lo Rufio que havia sofrido muito, mas estava forte e disposto.
Explicou que se tornou cristão e as lições de Jesus lhe deram novo ânimo. Rufio
procurou convencer Helvídio que o Cristianismo lhe daria novo alento na vida.
Helvídio concordou e foi com Rufio pela primeira vez numa reunião cristã.
Depois de algum tempo freqüentando o núcleo cristão, aparece um homem novo,
inteligente e culto de nome Santo Antonio. Este, ante a pergunta de Helvídio se
existia seguidores de Cristo, como os apóstolos, respondeu que conhecia um:
“Franzino e humilde como uma flor do céu... Trata-se do Irmão Marinho, que nos
arredores de Alexandria... é a perfeita caridade evangélica... curando leprosos
e paralíticos, restituindo a fé de todos”. Helvídio se interessou muito, e
resolveu procurar esse apóstolo. (p. 301)
CAPÍTULO VI
135.Célia, conhecida como
Irmão Marinho granjeou fama pelo seu amor e bondade, entre os pobres e
sofredores. Mesmo fraca por estar tísica, continuava auxiliando a todos. A voz
débil ganhava forças incríveis quando comentava o Evangelho. A criança de
Brunchilda, que lhe tirou a solidão por algum tempo, também morrera. Cneio
Lucius apareceu para ela e confortou-a, explicando que o Espírito de Ciro
precisava voltar ao além. (p. 304) Explicou a ela os débitos que Ciro assumira
e que estava resgatando. Então ele explicou que Alba desencarnava e estava ali.
A mãe apareceu e lhe beijou as mãos.(p. 306)
136.Um dia Célia vê aparecer
a viatura de seu pai. Helvídio se acomodou com os outros assistentes
sofredores. Enquanto via seu pai entre os outros, Célia continuava a preleção
com emoção na alma. Helvídeo estava impressionado, aquela voz, aquele perfil,
parecia a própria filha... Ele que chegara, fraco e desanimado, ao ouvir
aquelas lições do Cristianismo, encheu-se de ânimo e emocionado começou a
chorar silenciosamente. (p. 308)
137.Todos se foram, com
exceção de Helvídio que aproximando-se disse: “Irmão Marinho, sou um pecador
desencantado do mundo...” E com humildade sincera, pedia mais ensinamentos.
Célia ofereceu-lhe a chouparia humilde. Helvídeo aceitou. Após um caldo
substancioso que Célia lhe deu, conversaram longamente sobre o Evangelho. Por
fim, muito emocionado, Helvídeo narrou toda a sua história, dizendo que nunca a
contara a ninguém, enquanto o Irmão Marinho lhe acariciava a cabeça encanecida.
Helvídeo disse que o maior sofrimento dele foi ter expulso, por orgulho a filha
que tanto amava, agora, estava errante, pelo mundo e não a encontrava. (p. 312)
(Convém ler o último parágrafo da pág. 312 onde seu pai lhe diz lindas palavras
de arrependimento)
138.Ouvindo-lhe as palavras,
Célia, chorava e tinha ímpeto de revelar-se. Mas, inspirada estimulou-o a dar
toda a sua afeição aos desamparados, enquanto não encontrava a filha, lembrando
a ele as lições de Jesus. Em Roma havia, leprosos, cegos, órfãos, indigentes
que precisavam de ajuda, e Helvídeo devia fazer isto. “A caridade maternal
levará ao conhecimento da caridade moral...” Célia prosseguiu com valiosas e
belas palavras sobre o amor e a caridade. (p. 315)
139.A noite, Célia chorava
pedindo ao avô a esclarecesse naquela hora. Sorrindo o avô apareceu e disse,
que a revelação da identidade naquele momento não era recomendável. De manhã,
Célia levou o pai a visitar o horto que ficou impressionado com a organização e
com as plantações bem cuidadas. (p. 317)
140. A jovem teceu vários
comentários sobre o mar, a terra e a natureza. Após três dias Helvídeo resolveu
partir com o coração comovido. Ao
despedir - se de Célia, tomou - lhe a mão e beijou - a de olhos umidos.
Helvídeo, de volta à casa, disse a Caio e esposa sua pretensão de beneficência,
dizendo que separaria a parte dos bens que
lhes cabia e o restante iria, utilizar de acordo com a nova crença. (p. 321)
141. O primeiro ato de
Helvídeo foi libertar todos os escravos
de sua casa, providenciando sobre o futuro deles. Não escondeu da sociedade as
novas convicções. Dispôs a maioria dos bens às obras beneficentes. Abandonou o
ócio social e passou a visitar sempre os necessitados. Procurou Hatéria para
perdoar - lhe, mas ninguém sabia de seu trágico fim. No sítio de Caio assumiu a
direção de vários serviços rurais, nos métodos ensinados pelo Irmão Marinho.
(p. 322)
142.Um dia, adoeceu, e fraco
pediu à filha para rever o Irmão
Marinho. A princípio Helvídea não achou conveniente, mas ele tanto insistiu que
partiu em companhia de dois servos. Queria dar a notícia a Marinho de seus
feitos, de acordo com o Evangelho. Chegou ao destino muito fraco. Por sua vez
Célia estava nos seus últimos dias. Célia recebeu - o com júbilo, mas Helvídeo
piorou naquela noite. Helvídeo contou a Célia emocionado tudo o que tinha feito
de bom, até mesmo procurar a todos os inimigos e lhes pedir perdão. Ao final,
disse que, o Senhor não o considerou digno da alegria de rever a filha antes de
morrer. (p. 326)
143.Antes aquele ato de
humildade, surpreso o Irmão Marinho disse : “Vossa filha aqui está, esperando a
vossa vinda...”. E indo ao interior,
abriu o burel que trazia o vestido que
saiu de casa, colocou no peito a única jóia que conservara, ajeitou o
cabelo no penteado antigo, e correu para Helvídeo: “Meu pai, meu pai”. A
alegria intensa rompeu as possibilidades verbais daquele pai. Emudeceu.
Enquanto Célia lhe explicava os motivos das vestes, Helvídeo em lágrimas sentiu
que algo o arrebatava do corpo. Célia orou agradecida e viu vários espíritos
que vieram receber Helvídeo, inclusive seu avô e sua mãe.
144. Quando a liteira
fúnebre desapareceu na estrada, Célia iniciou também sua passagem para o além,
numa crise de hemoptíase. Recolhida ao mosteiro, nos dias que se seguiram ,
todos os pobres, os velhinhos , os doentes, foram visitá - la. Vendo aproximar
- se do fim, Célia pediu a Epifâneo como última vontade, que lhe fosse
permitido ver as crianças da escola.À tarde todas as crianças da escola estavam
ali para ver o “Irmão Marinho”. A um pedido de Célia as crianças rodearam o
leito e cantaram o “Hino do Entardecer” (p. 333). Enquanto os adultos choravam
com a cena, Célia quiz falar com as crianças, mas não pôde, eis que vários
espíritos sorridentes lhe estenderam os braços : Cneio Lucius, Nestório,
Hatéria e seu amado Ciro. Assim Célia em espírito deixou seu corpo. (p. 334)
CAPÍTULO VII
145.Para os funerais, os
religiosos do mosteiro, viram que o caluniado “irmão” era uma virgem cristã,
enquanto todos, inclusive EPIFÂNIO, cairam em prantos de arrependimento.
Brunchilda ao saber, perdeu a razão para sempre. (p. 335)
146. No espaço, vamos
encontrar Cláudia, Lólio, Fábio e Silano, nas regiões mais sombrias. Helvídeo e
Ciro repousavam para novos trabalhos. Nestório e Policarpo atendiam nas baixas
regiões e Célia foi chamada a um mundo superior. Júlia Spinter ajudava Nestório nos trabalhos de assistência. Cneio
Lucius coordenava o pequeno grupo. Numa reunião, o grupo comentava sobre a
próxima encarnação: Júlia ajudaria Fábio, Hatéria ajudaria Cláudia Sabina ;
Helvídeo teria vida em comum com o ex - prefeito Lólio Urbico.O Imperador Adriano
encarnaria no corpo miserável de uma escrava. Em dado momento, Cneio Lucius avisou que veriam os antigos
desafetos. Aí acompanhados dos espíritos superiores, entraram no recinto todos
os personagens mais infelizes, desde de Cláudia até os servos que ajudaram nos
atos mais negativos. Aqueles do grupo de Cneio Lucius, teriam o direito de
escolher a quem ajudar mais diretamente. Cneio Lucius queria ser o pai de
Cláudia Sabina. Júlia escolheu Silano, Helvídeo e Alba queriam ajudar o ex -
prefeito.
147.A única pergunta do
velhinho: se todos se perdoaram entre si, houve indecisões. Aí desceu entre
eles a figura sublime de Célia. a emoção
foi tanta, que todos deram então guarida ao perdão sincero. Um hino,
maravilhoso veio do alto. Todos abandonaram o recinto e Cláudia humildemente
pediu perdão a Alba Lucíma, a qual auxiliada pelas vibrações de Cneio Lucius e
Júlia, concedeu o perdão. (p. 348)
Fonte: www.oconsolador.com.br/linkfixo/.../romances/cinquentaanosdepois.doc
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