Funcionários
estavam parados há duas semanas.
Reivindicações não foram satisfeitas.
O
sindicato majoritário dos pilotos da companhia aérea Air France, em greve há
duas semanas, anunciou neste domingo (28) o fim de seu movimento, o mais longo da história da empresa, sem conseguir
satisfazer suas reivindicações.
"As condições para um diálogo social não
foram reunidas. Decidimos assumir nossas responsabilidades retirando o
movimento de greve",
declarou à AFP o porta-voz do sindicato SNPL, Guillaume Schmid.
O líder sindical indicou que "as discussões
prosseguirão em um clima mais sereno".
A
informação foi confirmada por outra organização de pilotos. “Posso confirmar
que o SNPL decidiu colocar um fim na greve”, disse Julien Doboz, porta-voz de
outro sindicato da Air France, o SPAF, à Reuters.
A
paralisação, motivada pelo desenvolvimento pela Air France de uma filial de
baixo custo, a Transavia, fez com que metade dos aviões da companhia permanece
em solo desde o início do conflito, em 15 de setembro.
Com 54% dos pilotos em greve, a companhia previu
garantir apenas 45% dos voos neste domingo.
A normalização dos voos deverá acontecer nos
próximos dois ou três dias.
O
primeiro-ministro francês, Manuel Valls, não tardou a comemorar o fim da greve,
depois de pressionar o sindicato nos últimos dias.
A última
rodada de negociações entre a direção da Air France e os pilotos teve início
sábado à noite e terminou neste domingo, às 4h, com um "texto que não nos
convenceu", segundo o porta-voz sindical.
A companhia francesa, a segunda maior empresa de
transporte aéreo da Europa, atrás apenas da alemã Lufthansa, estima que a greve
tenha causado um prejuízo de entre 15 e 20 milhões de euros por dia.
A companhia aérea quer se expandir no mercado de
voos de baixo custo e captar as 'oportunidades de crescimento' que esse
segmento pode oferecer.
Já os pilotos de Air France temem que o plano de
expansão da filial de baixo custo Transavia na Europa venha acompanhado de
demissões, à medida que a empresa aumente suas bases fora da França e contrate
pilotos em outros países e com outras condições trabalhistas.
Além
disso, temem a imposição ode condições
de trabalho menos vantajosas, como mais horas de serviço e salários mais
baixos.
A direção do sindicato propôs o abandono do
projeto de desenvolvimento da filial e em nenhum momento quis ceder na questão
do contrato único.
"Fizemos
concessões sobre as condições de trabalho, mas gostaríamos que todo mundo
conservasse um contrato Air France", declarou Schmid à AFP.
O Estado francês possui uma participação
acionária de 16% no grupo Air France-KLM, e o governo não parou de pressionar
as partes por um acordo que acabasse com esta greve, cada vez mais impopular na
França.
Neste
domingo, Valls pediu para que a companhia aérea retomasse, "o mais rápido
possível, o seu desenvolvimento, nomeadamente através da sua filial Transavia
France, que representa uma vantagem inegável no mercado de baixo custo
crescente".
O desenvolvimento de uma filial de baixo custo é
considerada estratégica pela direção da companhia e especialistas do setor para
garantir o futuro do grupo, em restruturação financeira há três anos
Nos
últimos dias, Valls criticou uma atitude "egoísta" dos pilotos e pediu-lhes
para renunciar a um contrato único, incompatível com o modelo de baixo custo
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/principal-sindicato-de-pilotos-anuncia-fim-de-greve-na-air-france.html
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