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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Federação Sindical Mundial denuncia aumento de desemprego no mundo

Sindicatos de todo o mundo estão reunidos em Pequim (China) desde a última quarta-feira (24) para participar do Seminário Internacional Globalização Econômica e os Sindicatos que leva como tema "Reforma, Desenvolvimento e Sonho".
As atividades terminaram nesta quinta-feira (25) e contaram com a participação brasileira dos secretários-gerais da seção estadual da CTB em São Paulo e da União Internacional de Sindicatos da Metalurgia e Mineração (UIS MM), Paulo Nobre e Francisco Sousa, respectivamente.
Em sua intervenção, o secretário-geral da Federação Sindical Mundial (FSM), George Mavrikos, destacou o desemprego como "uma das piores situações enfrentadas pela classe trabalhadora mundial". Esta situação será denunciada no dia 3 de outubro, Dia Internacional de Ação, promovido pela organização internacional, no qual em várias partes do mundo os trabalhadores manifestam suas reivindicações.
Este é o nono ano consecutivo que ocorre o encontro organizado conjuntamente pela Federação Nacional dos Sindicatos da China (Acftu, por sua sigla em inglês), FSM, Organização da Unidade Sindical Africana (Ousa) e Confederação Internacional dos Sindicatos Árabes (Cisa).
Leia a íntegra do discurso de Mavrikos:
"Estimados Colegas,
A situação da classe trabalhadora mundial é muito difícil. São muitos e graves os problemas não resolvidos. Podemos destacar como o mais importante e mais urgente deles o desemprego prolongado, que continua crescendo. Em todos os continentes, em todos os países, a situação dos trabalhadores é crítica. As mulheres, jovens e idosos têm as maiores taxas de desemprego. Os dados oficiais falam por si desta situação ruim. A OIT, baseada em dados divulgados pelos governos, elevou o número de trabalhadores desempregados a nível mundial em 2012 para 197 milhões. Mas este número não inclui os não registrados e o trabalho informal.

Levando em conta esta realidade, o sonho de milhões de famílias em todo o mundo é ter um trabalho e que seja em tempo integral, com uma remuneração adequada de modo que cada trabalhador seja capaz de satisfazer suas necessidades atuais.
Nossa estimativa como FSM é que é desemprego vai aumentar. Os recentes acontecimentos na Ucrânia, a intervenção estrangeira contra a Síria, a guerra civil na Líbia, a agressão de Israel contra Gaza, geram milhões de novos de novos desempregados, imigrantes e refugiados. O sonho de todos esses trabalhadores e dos povos é que a agressão dos imperialistas acabe, para que os povos possam decidir livremente sobre seu presente e futuro.
A FSM está muito preocupada pelo crescimento da epidemia de Ebola na África. A pobreza e o desemprego, o sangue dos recursos naturais e econômicos aguçam os problemas das pessoas comuns, dos pobres. Ao mesmo tempo, reaparecem doenças que há poucos anos eram consideradas completamente extintas. A tuberculose, a malária e outras enfermidades continuam matando gente no século 21.
Como FSM acreditamos que as organizações internacionais, infelizmente, não cumprem com seus objetivos fundacionais, seus estatutos e sua função. O exemplo da Palestina é o mais típico. Desde 1948 até o dia de hoje, não se aplicam as dezenas de resoluções da ONU. Portanto, o sonho e o direito do povo palestino à sua própria pátria independente ainda continua sendo um sonho impossível até o dia de hoje.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia/250211-8

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