Após a
divulgação da Pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), na última quinta-feira (28), que revela que o Brasil lidera o ranking de violência em
escolas, o Jornal do Brasil procurou os governos municipal, estadual e
federal para ouvir esclarecimentos. O estudo mundial foi feito com mais de 100 mil professores e diretores de
escolas do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11
a 16 anos).
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Brasil lidera ranking de violência contra professores
Na
enquete, 12,5% dos professores ouvidos
no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos
pelo menos uma vez por semana. Procurado, o Ministério da Educação (MEC)
disse apenas que "esse assunto deve ser tratado com as secretarias de
educação estaduais e municipais, no âmbito da autonomia de cada rede".
A
Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), por meio de nota, disse que
"não tem conhecimento do número de professores da rede que participou
deste levantamento, portanto, não será possível comentar a pesquisar".
Contudo, no restante da nota, procurou se defender. O pronunciamento diz que,
"não há levantamento específico sobre casos de agressões nas escolas
estaduais. As unidades escolares, de um modo geral, têm por rotina promover
encontros regulares com os pais para tratar desses e outros temas relevantes
que possibilitem a ordem e a segurança da comunidade escolar. Algumas delas têm
ainda projetos próprios que incentivam o diálogo e o respeito dentro e fora do
espaço escolar. Se necessário, o Conselho Tutelar é acionado. A Secretaria de Educação
entende que integrar a comunidade escolar e propagar uma cultura de paz são
caminhos para acabar com práticas de violência".
A Seeduc
continuou o texto dizendo que "na rede estadual de ensino, como medida
preventiva, todas as unidades escolares contam com a atuação de funcionários,
que controlam os principais acessos de entrada, identificando as pessoas que
desejam transitar no espaço escolar, com o objetivo de garantir a segurança de
alunos e funcionários. Por meio de uma parceria entre as secretarias de Estado
de Educação e de Segurança Pública, policiais militares dos batalhões locais
também fazem rondas periódicas no entorno das escolas e oferecem o apoio
necessário. Desde 2012, algumas escolas estaduais também começaram a fazer
parte do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis), no qual
policiais militares atuam de forma preventiva e colaborativa junto à direção,
aos professores e funcionários e à comunidade escolar".
Ainda
segundo a nota, A Seeduc afirma que possui "uma Assessoria Técnica de
Saúde e Bem Estar, que envia equipes pedagógicas e de recursos humanos para
prestarem auxílio a alunos, funcionários e familiares, em situações de maior
gravidade". Por fim, o texto garante que "paralelamente, a Seeduc
trabalha no sentido de evitar atos que coloquem estudantes e profissionais em
situação de constrangimento ou risco social. Alguns projetos da Seeduc passam
transversalmente pelo tema, ensinando crianças, adolescentes, jovens e adultos
a lidarem com as diferenças. Os programas Escola Aberta e Mais Educação, por
exemplo, oferecem atividades sociais, culturais e esportivas, dentro das
escolas".
A
Secretaria Municipal de Educação também foi procurada, mas não se manifestou
até o fechamento dessa reportagem.
Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/09/01/violencia-na-escola-mec-e-secretarias-de-educacao-nao-comentam-pesquisa/
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