Em 2005
A Secretaria da Segurança Pública do Estado convocou a imprensa para
divulgar as declarações de Carlos Leite, que, em conversa gravada com o
procurador da República Oscar Costa Filho, disse ter recebido de PMs propostas
para extermínio do procurador e de líderes comunitários
Humberto
Ilo - da Redação
O
secretário da Segurança Pública do Ceará, Wilson Nascimento, reuniu a imprensa
na manhã deste sábado para apresentar as declarações de
Carlos Leite ao Ministério Público do Estado, sobre a acusação feita pelo
procurador da República Oscar Costa Filho de que policiais militares se
ofereceram para matar o procurador e líderes comunitários.
[...]
A gravação
foi divulgada por Costa Filho na terça-feira, 12, com diálogo entre o
procurador e Leite, no qual Leite diz ter sido procurado por PMs
que se ofereceram para matar Costa Filho e líderes comunitários.
Leite, sócio de uma indústria de produtos químicos, procura reaver a posse de
um terreno do qual diz ser dono, no Pici, ocupado desde o ano passado por
dezenas de famílias, que, por sua vez, afirmam que o imóvel seria da Associação
dos Funcionários do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
[..]
Oscar: não
houve investigação
''Esse documento
é o atestado de óbito da instituição Polícia Militar, capitaneada pelo cidadão
Francisco Wilson Nascimento". Tendo nas mãos uma cópia do depoimento
prestado por Carlos Leite, o procurador Oscar Costa Filho disse ontem que a
divulgação mostra que não houve investigação das suas denúncias, mas a
''produção de uma contra prova para desqualificar as acusações que fez contra
Leite''. Para o procurador, Nascimento se apressou para produzir o depoimento
que o acusa, ''mas dizer que ele teria montado a gravação é uma tese suicida''.
Costa
Filho questionou como seria possível aprofundar o que denunciou, quando o
Comandante da PM, coronel Deladier Feitosa, que o ouviu na sede da Procuraria,
saiu do local às 13 horas do dia 13 dizendo que ia acionar o serviço de
inteligência, e já às 9 horas do dia 14, menos de 24 horas depois, Leite dá um
depoimento de sete páginas que logo é levado a público. ''Isso só mostra que a
Polícia não está aí para dar uma resposta a população, mas para acobertar
bandidos. Eu desafio o secretário a mostrar qual das instituições está mentindo
para a população'', disse. (Rosa Sá)
Fonte: http://www.prt7.mpt.gov.br/mpt_na_midia/2005/abril/17_04_05_POVO_procurador_assassinos.htm
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