Jakson Souza
e Silva era presidente da Subseção Parauapebas.
Ele foi
assassinado com um tiro na noite do último sábado, 24.
A Ordem dos
Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA) acredita que o assassinato do
presidente da Subseção de Parauapebas, Jakson Souza e Silva, 45 anos, foi um
crime encomendado. A diretoria da Ordem decretou luto oficial de três dias pela
morte do advogado, ocorrida no final da noite de sábado (24) em Manaus (AM). A
OAB tenta, ainda neste domingo (25), a remoção do corpo de Jakson para o
município de Parauapebas, no sudeste do Pará, onde será velado e sepultado.
Segundo a
OAB, o advogado estava em Manaus a trabalho quando teria sido abordado por dois
homens em uma moto. A dupla atirou no abdômen de Jakson e fugiu do local sem
levar dinheiro, celular ou a pasta que ele carregava. A vítima foi socorrida e
levada a um hospital, mas não resistiu ao ferimento.
O presidente
da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, o conselheiro seccional, Robério D'Oliveira e o
vice-presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da instituição, Rodrigo
Godinho, estão em Manaus para acompanhar toda a investigação do caso. “Tudo nos leva a crer que esse foi mais um
brutal assassinato ligado ao exercício profissional da advocacia e que
trata-se, portanto, de uma gravíssima violação das prerrogativas”, afirma
Jarbas Vasconcelos.
Desde 2011, sete advogados foram assassinados no
estado. Segundo a OAB, são inúmeros os registros de queixa dos profissionais
por ameaças de morte, entre eles o do presidente da seccional de Parauapebas,
Jakson de Souza e Silva, registrado no dia 10 de janeiro de 2014, após receber
um bilhete ameaçador enquanto estava em um restaurante.
Suspeitas
Há um ano,
durante reunião que aconteceu na sede do Ministério Público em Belém, o presidente da Ordem, Jarbas Vasconcelos,
apresentou dados que demonstravam a existência de organização criminosa contra
advogados e políticos. A reunião aconteceu após denúncias divulgadas nos
meios de comunicação de Parauapebas que afirmavam a existência de suposta lista
de “marcados para morrer” naquele município, dentre os quais estava o advogado
Jakson de Souza e Silva.
Em ofício
encaminhado ao Promotor de Justiça Coordenador do Grupo de Atuação Especial no
Combate ao Crime Organizado, Milton Menezes, a OAB explica que a ameaça foi
denunciada através do “disque denúncia de Parauapebas” e por meio do bilhete
deixado em um restaurante no município.
O presidente
da Ordem chama atenção para o fato de que, em matéria veiculada sobre o
assunto, um dos integrantes da lista, o jornalista Wandernilson Santos da
Costa, que é um dos clientes do advogado Jakson em ações judiciais relativas a
atos de improbidade administrativa no município, foi alvejado por dois
pistoleiros na manhã do último dia 13 de janeiro, ao sair de sua residência
para trabalhar. Ele escapou com vida.
Sobre Jakson
Silva
Era formado
pela UFPA, deixa esposa e quatro filhos, o mais novo com apenas 18 meses de
idade. No ano passado, durante a cerimônia de abertura oficial da VI
Conferência dos Advogados do Pará, ele foi agraciado com a Ordem do Mérito
Advocatício, a maior honraria concedida pela OAB do Pará.
Fonte:
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2015/01/oab-pa-acredita-que-morte-de-advogado-no-am-foi-encomendada.html
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