Paralisação
está prevista para segunda-feira (26) em Curitiba e Região.
Motoristas e
cobradores protestam contra atraso no pagamento de 'vale'.
A greve de
motoristas e cobradores do transporte coletivo foi confirmada para
segunda-feira (26) pelo Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de
Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), porém, a Justiça do Trabalho
determinou o funcionamento da frota mínima. A ordem garante 70% dos ônibus
circulando nos horários de pico – das 5h às 9h e das 17h às 20h – além de 50%
no restante do dia.
Segundo o
Sindimoc, o motivo da greve é o atraso no pagamento do adiantamento salarial, o
"vale", que ocorre em várias empresas da rede integrada de
transporte. Atualmente, os salários de cobradores e motoristas de ônibus são,
respectivamente: R$ 1028,11 e R$ 1814,94. Durante o sábado, os trabalhadores
colaram nos ônibus adesivos distribuídos pelo sindicato, além de colocarem
nariz de palhaço.
Caso haja
descumprimento da decisão judicial, o Sindimoc estará sujeito a multa de R$ 50
mil por dia. A mesma penalidade será aplicada ao Sindicato das Empresas de
Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região
Metropolitana (Setransp) se não disponibilizar a quantidade de veículos
necessária para funcionamento da frota mínima.
Uma
audiência de conciliação foi marcada para as 17h de segunda-feira na sede do
TRT. Devem comparecer à audiência representantes do Ministério Público do
Trabalho, Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado, Sindimoc, Setransp, Urbs e
Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).
A Prefeitura
de Curitiba informou na sexta-feira (23) que, a partir de agora, vai cuidar do
pagamento das linhas urbanas, conforme definido em licitação de 2010, realizada
pelo então prefeito Beto Richa (PSDB), agora governador, e que o ooverno do
estado deve se responsabilizar pelo pagamento das empresas metropolitanas.
Já o governo
estadual alegou, em nota, que tem procurado a prefeitura para negociar a
readequação e renovação do convênio que permite a Urbs gerir o Transporte
Coletivo Metropolitano Integrado (RIT).
A nota também
traz dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), que mostrou uma
diferença no número de passageiros da Região Metropolitana em relação aos dados
apresentados pela Urbs.
"Enquanto
a URBS estima que o número de passageiros oriundos da Região Metropolitana
representa 21,7% do total de usuários da RIT, a pesquisa da Fipe constatou que
esse número chega, na verdade, a 31,2%, ou seja, é cerca de 50% maior do que a
URBS alega", diz um trecho da nota do governo estadual.
A pesquisa
indica, segundo o governo, que a Urbs utiliza na gestão da RIT parte dos
recursos arrecadados na Região Metropolitana para custear o transporte coletivo
urbano de Curitiba, o que configura apropriação indébita de receita. O governo
do estado diz ainda que pretende manter a integração do sistema de transporte
coletivo da Região Metropolitana.
Cadastro de
veículos alternativos
A Urbs irá
cadastrar, a partir das 6h de segunda-feira, carros particulares e taxistas
para atuar durante a greve, além de 200 carros oficiais que farão o transporte
de passageiros gratuitamente. O cadastramento será realizado na Área de
Inspeção e Cadastro da Urbs, localizada na ponta interna da Rodoferroviária de
Curitiba.
Os carros de
transporte alternativo podem cobrar o valor de R$ 6 por pessoa enquanto durar a
paralisação. Os veículos cadastrados
pela Urbs têm autorização da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) para
usar as canaletas do sistema expresso durante a paralisação.
A rodoferroviária
fica na Avenida Presidente Affonso Camargo, 330 – Jardim Botânico.
Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/01/sindicato-confirma-greve-de-onibus-e-justica-determina-frota-minima.html
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