Pacientes
que precisaram de atendimento enfrentaram problemas.
Só pacientes
com risco de morte são atendidos no pronto-socorro.
A greve dos
médicos do Distrito Federal completou quatro dias. O sindicato da categoria diz
que o atendimento de emergência está funcionando, mas muita gente que precisou
de socorro teve problemas.
Só pacientes
com risco de morte estão sendo atendidos em um pronto-socorro. O aviso diz:
médicos em greve.
De
madrugada, uma equipe de resgate passou por quatro hospitais e não conseguiu
médico para atender uma mulher, vítima de acidente de moto. O motorista
telefonou para o chefe dele e explicou a dificuldade.
A greve dos
médicos já dura quatro dias. No fim de semana, uma senhora teve uma convulsão
na porta do hospital. A ajuda veio de quem estava por perto. Os médicos, no
entanto, dizem que o atendimento de emergência está mantido, mas as consultas e
cirurgias marcadas foram suspensas.
“A gente vai
ficando aborrecido e os problemas só acumulando porque quando chega o ponto de
socorrer já está quase morrendo”, fala a dona de casa Joana D’Arc.
Os médicos
do Distrito Federal estão sem receber as horas extras de outubro e
novembro. O décimo terceiro salário
também não foi pago pelo governo anterior, de Agnelo Queiroz, do PT.
Sem dinheiro
em caixa, o atual governo depositou, com atraso, o salário de dezembro e propôs
quitar as dívidas até junho. Além disso, o governo quer pagar os próximos
salários em até quatro parcelas, por mês.
Os médicos
não aceitam o parcelamento dos salários futuros e querem receber os atrasados
até março. Os representantes do governo e do sindicato se reuniram ontem. Mas
não houve acordo. O Ministério Público do Distrito Federal está acompanhando
toda a negociação. Os médicos esperam receber uma nova proposta do governo até
amanhã (20).
Os hospitais
de Brasília sempre atenderam doentes vindos de outros estados. Agora, com a
greve a situação se inverteu: pacientes do Distrito Federal estão procurando
atendimento nas cidades próximas em Goiás.
O Ministério
Público espera que os médicos e governo cheguem logo a um acordo para que o
caso não seja levado à Justiça. A Secretaria de Saúde informou que espera que
os médicos voltem ao trabalho para não prejudicar mais os cidadãos e que o
governo não vai reabrir a discussão em relação ao cronograma dos salários de
2015.
Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/01/greve-dos-medicos-do-distrito-federal-completa-quatro-dias.html
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