A SAMEAC foi criada na década de 1960, a partir de
uma campanha popular idealizada pelos Diários e Rádios Associados do Ceará,
para a construção da Maternidade Popular (Escola) Assis Chateaubriand. Os trabalhos de
construção da obra foram realizados com a supervisão e o controle da Sociedade
Pró-Construção da Maternidade Escola de Fortaleza, então constituída com aquela
finalidade. Em dezembro de 1964, quando
encerrada a construção da Maternidade Escola, a Sociedade não dispunha de
recursos para mantê-la em perfeito funcionamento.
Assim, transferiu para a Universidade Federal do
Ceará -UFC, mediante doação, o imóvel mencionado. Naquela ocasião, o hospital
passou a ser denominado de Maternidade Escola Assis Chateaubriand, em homenagem ao fundador
dos Diários e Rádios Associados. Quando
os objetivos da Sociedade Pró-Construção da Maternidade Escola de Fortaleza
foram encerrados, a mesma foi transformada, por deliberação de seus associados,
em Sociedade de Assistência a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (SAMEAC).
Na mesma ocasião ficou estabelecido que a SAMEAC
seria dirigida por um Conselho Administrativo. Diante da necessidade de colocar a Maternidade Escola Assis
Chateaubriand em funcionamento, em janeiro de 1965 foi celebrado o primeiro
Convênio entre a UFC e a SAMEAC, que estabelecia que a Sociedade assumiria a
responsabilidade de administrar a Maternidade, devendo a UFC pagar um valor
certo que cobririam as despesas com o corpo médico e administrativo, além da
manutenção de outros serviços. Este Convênio vigorou até 15 de maio de
1973.
Em 16 de maio de 1973, celebrou-se um novo
Convênio entre a UFC e a SAMEAC, desta vez com um pacto acessório de comodato.
No ano de 1974 a SAMEAC passou a assistir também ao Hospital Universitário
Walter Cantídio da UFC (HUWC), nos mesmos termos com os quais administrava a
MEAC.
Em 09 de
abril de 1974 o Presidente do Conselho Nacional de Serviço Social emitiu o Certificado de Fins Filantrópicos para a
SAMEAC. Nos anos seguintes o Governo do Estado do Ceará cedeu a UFC, a
título de comodato, o prédio onde funciona o Centro de Hematologia e
Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), com todo o material e equipamentos nele
contidos.
Passou o
HEMOCE a ser, também, administrado pela SAMEAC durante vários anos, sendo que
atualmente possui um Convênio para desenvolver atividades técnico-operacionais,
visando a disponibilização de recursos humanos, treinamentos e cursos de
capacitação. Em 1975 foi firmado o Convênio de Prestação de Serviços entre a
SAMEAC e o Instituto de Previdência Social (INPS) com anuência da UFC, e em
1976 foi firmado novo Convênio, com aditamento posterior, ocorrido em 1980, que
perdurou até dezembro de 2002.
Na data de 01 de janeiro de 2003, a UFC e a SAMEAC
firmaram um Contrato de Prestação de Serviços sendo obrigação da SAMEAC prestar
serviços de apoio complementar à manutenção e custeio do hospital no que se
refere a prestação de serviços assistenciais e de ações básicas de saúde à
população carente admitida para atendimento na Maternidade Escola Assis
Chateaubriand e no Hospital Universitário Walter Cantídio. No decorrer dos
últimos anos novos contratos têm sido firmados entre a Universidade Federal do
Ceará e a SAMEAC.
E se tal
situação tem se perpetuado, tem como motivo a qualidade dos serviços prestados
pela SAMEAC, bem como pela excelente execução das atividades de seus
profissionais. Outros contratos e convênios foram firmados tendo a SAMEAC como
parte.
A SAMEAC se qualificou, tornando-se referência no
que diz respeito a prestação dos serviços executados nas entidades hospitalares
da UFC. É
hoje celeiro de profissionais idôneos, de reconhecidas qualidades, A SAMEAC
jamais desvirtuou-se de sua missão
precípua que é apoiar na realização, na manutenção e no custeio da MEAC e do
HUWC, mantendo sempre profissionais com experiência singular na área
hospitalar, capazes de assegurar a boa execução dos serviços, de forma a
engrandecer o nome das entidades hospitalares da UFC.
Como pode se
observar até agora, a SAMEAC SEMPRE trabalhou no sentido de assegurar às
condições indispensáveis a prestação de serviços assistenciais e de ações
básicas de SAÚDE, para os cidadãos menos favorecidos. Dada a natureza jurídica
da sua prestação de serviços, a SAMEAC obteve o Título de Utilidade Pública
Federal amparado no Decreto de 20 de agosto de 1969. Pelas mesmas razões,
manteve o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social a partir do
ano de 1971.
Conforme
amplamente explanado, a Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis
Chateaubriand - SAMEAC, historicamente,
vem prestando serviços em saúde na Cidade de Fortaleza, beneficiando não apenas
os habitantes desta Capital, mas de municípios do interior do Estado e,
inclusive, de fora deste, tendo realizado suas atividades em parceria, num
conjunto de ações integradas, com a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, bem como com as demais Unidades
Hospitalares da Universidade Federal do Ceará.
Ressalte-se
que a história de atuação da SAMEAC pode ser confirmada pela demonstração dos
vários convênios celebrados com o poder público no sentido de atender toda a
demanda que busca assistência pela Recorrente e suas unidades
Fonte: filiais.http://www.sameac.org.br/sameac/sobre-a-sameac.html
Maternidade
Assis Chateubriand
A Campanha em prol da construção da
Maternidade Popular (Escola) foi lançada oficialmente na capital cearense na
noite de 28 de maio de 1955, pelo Sr. João de Medeiros Calmon, no momento
em que era lhe prestada, em banquete que reuniu representantes de todas as
classes sociais do Ceará, uma grande homenagem por motivo de sua recente
ascensão ao posto de Diretor Geral dos Diários, Rádios e TV Associados. Ao
agradecer a expressiva manifestação, o Sr. João Calmon valeu-se da oportunidade
para anunciar o início do movimento, há muito concebido e que logo mais iria
empolgar, como um formidável incêndio de generosidade e amor ao próximo, a alma
dos filhos do Ceará.
O APELO DE
JOÃO CALMON
Do discurso
do Diretor Geral dos "Diários Associados", pronunciado no banquete do
Ideal Clube, foi extraído o seguinte trecho em que ele explica os motivos do
empreendimento de que se tornou pioneiro: Os "Diários Associados",
não apenas como já disse alguém, a maior e melhor escola de jornalismo do
Brasil. Em nossa organização formaram-se ou se aperfeiçoaram alguns dos mais
fulgurantes jornalistas do nosso país. Os D. A. são também graças ao exemplo de
seu inspirador, o Sr. Assis Chateaubriand, uma inexcedível escola do espírito
público. No plano nacional promovemos a Campanha Nacional de Aviação, a
Campanha de Redenção de Criança, a Campanha de Recuperação do Solo, a Campanha
de Formação de uma Elite e fundamos o Museu de Arte de São Paulo. No plano
estadual além de numerosas iniciativas em outras unidades da Federação,
orgulhamo-nos de nossa campanha em favor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza
e vamos iniciar, agora mesmo, uma outra maior envergadura.
No terreno
da assistência social, Fortaleza é de uma pobreza constristora. São Luis,
Teresina, João Pessoa, Natal, Campina Grande e o Crato possuem maternidades
para as gestante pobres que colocam a nossa capital numa situação humilhante.
Visitando freqüentemente aquelas cidades e impressionado com o escandaloso
contraste entre o luxo e o número de nossos Clubes elegantes e a nossa falta de
maternidade, estudei com os companheiros cearenses a possibilidade de
promovermos uma intensa campanha para solucionar, pelo menos parcialmente, esse
angustioso problema social, cujos detalhes arrepiantes eu me permito omitir num
momento tão festivo com este, mas que serão focalizados através da Ceará Rádio
Clube, do " Unitário" e do "Correio do Ceará".
Em vez de
criticar os arrojados cearenses a quem devemos a construção de alguns dos mais
belos clubes elegantes do Brasil, precisamos utilizar os seus métodos e
aproveitar a sua experiência na arrecadação de recursos financeiros para obras
de vulto, como a da futura Maternidade Popular de Fortaleza. Contando com o
apoio do comércio e da indústria e de todos os cearenses, inclusive dos que
vivem em outros Estado e que serão convocados pelos "Diários
Associados" através de uma campanha de âmbito nacional, de que
participarão nossos jornais, revistas e estações de rádio e televisão, o
sucesso da iniciativa está assegurado. Nem a atual crise financeira prejudicará
os nossos planos. As contribuições serão pagas em módicas prestações mensais,
de acordo com a possibilidade de cada um. Na campanha em favor da Santa Casa,
comprovamos como é impressionante o apoio do povo aos movimentos filantrópicos.
Nada menos da metade do total arrecadado era constituída de quantias inferiores
a quinhentos cruzeiros.
Seguindo a
orientação "associada" de não limitar a nossa atuação à exploração
comercial de jornais e rádios e aproveitando a presença, neste banquete, das
figuras mais representativas da sociedade cearense, lanço as bases dessa nova
campanha, subscrevendo, desde logo, em nome da Ceará Rádio Clube, do
"Correio do Ceará", do "Unitário" e da Rádio Araripe do
Crato, uma contribuição de cinqüenta mil cruzeiros. Para dirigir a campanha em
prol da Maternidade Popular de Fortaleza será constituída uma Comissão Central,
com a participação das personalidade de maior destaque do Ceará e na qual
figurará, como representante dos "Diários e Rádios Associados", o
nosso diretor-presidente, o querido Dioguinho de todos nós, que encarna uma das
melhores tradições da filantropia da família cearense".
A CULPA QUE
NÃO SE DESCULPA
A ideia, com
não podia deixar de ser, mereceu de pronto o mais entusiástico aplauso e o
apoio mais vibrante de toda a comunidade cearense que, pressurosa, acorreu
àquele grito de mobilização destinado a redimir Fortaleza de um pecado
imperdoável. Através de uma vasta ofensiva publicitária em que foram
apresentados os aspectos mais doloroso do drama da mãe pobre, as emissoras e os
jornais "associados" criaram, em pouco tempo, uma nova mentalidade
coletiva, mais esclarecida e mais familiarizada com os gravíssimos problemas
decorrentes da falta de assistência clínica e hospitalar às gestantes sem
recursos. O assunto foi debatido com realismo, surgindo, então, revelações que
chocaram e comoveram profundamente o povo da grande terra nordestina, sempre
disposto aos maiores sacrifícios nas suas cruzadas de solidariedade humana.
Fortaleza, grande e moderna cidade, famosa inclusive por ser a sede de alguns
dos mais belos e suntuosos clubes recreativos do país e com uma população
superior a 300.000 habitantes, não dispunha - como ainda não dispõe - senão de
pouco mais de uma centena de leitos para atender às gestante pobres, que
integram a grande parte de sua população feminina adulta. Os índices de
mortalidade infantil sobem a cifras espantosas, como demostram as estatísticas
oficiais. Basta citar como exemplo que, em 1946 registrou o Departamento
Estadual de Saúde, somente no município da capital, um total de 2.253 óbitos de
crianças entre 0 e 1 ano de idade. Em 1956 o número de "anjinhos"
subiu para 4.826 - mais do que o dobro à 10 anos atrás! O coeficiente de
mortalidade infantil (por 1.000) se elevou de 195,04 em 1946 para 274,57, em
1956 - isto levando-se em conta apenas o que pode apurar, com as naturais
deficiências do controle, o serviço de estatística da repartição oficial do
Estado.
UM MILHÃO
POR DIA
Fortaleza
foi posta em confronto com outras capitais nordestinas menos populosas e menos
desenvolvidas. Os órgãos "associados", nas sua tarefa de esclarecer
completamente o povo, publicaram, em junho de 1955, os seguintes dados do IBGE,
num artigo do Sr. Adolfo Frejat, então Inspetor Regional de Estatística:
"Para
se ter uma idéia da insuficiência de leitos nas maternidades de Fortaleza,
basta lembra que, em 1950 Natal (R.G. do Norte) contava com 158 leitos em, suas
maternidade; João Pessoa (Paraíba) dispunha de 176 enquanto que em Fortaleza,
não excedia de 129 o número de leitos.
A nossa
posição de inferioridade nesse tocante, fica perfeitamente caracterizada ao
compararmos, já não digo a população total das três capitais, mas a população
feminina de 15 a 49 anos, isto é, o número de mulheres em idade fecunda.
De acordo
com o censo de 1950, havia àquela época em Natal, 30.057 mulheres de 14 a 49
anos; em João Pessoa, 34.480 e em Fortaleza, 77.819 mulheres em idade fecunda.
Como se
verifica, a população feminina de 15 a 49 anos de idade encontrada em Fortaleza
é superior à soma da população de igual sexo e grupo de idade existente em
Natal e João Pessoa, enquanto que o número de leitos nas maternidades de
qualquer das citadas capitais vizinhas é superior ao número de leitos de
Fortaleza.
Se
considerarmos as mulheres casadas entre 15 e 49 anos de idade, teremos para
Natal, 15.645, para João Pessoa, 15.943, e para Fortaleza, 37.859, total este
também superior à soma das duas primeiras capitais.
No anos
passado 10.069 parturientes ocuparam os 138 leitos existentes para tal fim nas
organizações hospitalares de Fortaleza. Aquele total indica perfeitamente, que,
em média, cada um dos 138 leitos será ocupado, em 1954, por 73 parturientes
inferindo-se, daí a permanência de cada gestante durante 5 dias nas
Maternidades.
A taxa de
natalidade em Fortaleza é de 46 nascidos vivos para cada 1.000 habitantes; a
taxa de fecundidade feminina é de 159 nascidos vivos por 1.000 mulheres de 15 a
49 anos; a taxa de mortalidade infantil é de 236 falecidos no primeiro ano de
idade, por 1.000 nascidos vivos.
Taxas
elevadíssimas de natalidade e fecundidade feminina comparativamente às demais
capitais brasileiras. Que de benefício não trará a Fortaleza a Maternidade
Popular em projeto, inclusive o de fazer baixar a não menos elevada e
deprimente taxa de mortalidade infantil!"
O povo e o
governo sentiram na própria carne a urgentíssima necessidade de um
estabelecimento hospitalar que viesse corrigir tão constrangedora situação. E
imediatamente cerraram fileiras sob a bandeira dos Diários Associados numa das
mais espetaculares "corridas" de filantropia de que se tem notícia em
nosso país. Quarenta e oito horas depois do discurso do Sr. João Calmon
(pronunciado numa noite de sábado) mais de 1 milhão de cruzeiros já haviam sido
subscritos para a construção da Maternidade Popular (Escola). Todas as
entidades de classe, culturais, artísticas e sociais de Fortaleza bem como as
grandes firmas do comércio e da indústria, assim como os poderes públicos, as
personalidades de maior relevo do Estado e a grande massa anônima do povo
ofereceram seus donativos numa impressionante demonstração de generosidade e
altruísmo. Nos cinco primeiros dias da campanha a média das subscrições foi de
um milhão de cruzeiros diários.
O movimento
se ampliou então para fora das fronteiras do Estado. Cearenses residentes em
todos os rincões da pátria ouviram a convocação dos Diários Associados e
atenderam com alegria ao convite que lhes era dirigido no sentido de que
ajudassem a redenção da mãe pobre de Fortaleza. A colônia do Rio de Janeiro
(inclusive os deputados e senadores pelo Ceará) ofereceu em apenas doze dias
nada menos que cinco milhões de cruzeiro. Substanciais donativos também foram
recebidos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas, Amazonas, Pará, Pernambuco,
etc.
COMEÇA A
CONSTRUÇÃO
A Sociedade
Pró-Construção da maternidade Popular (Escola) de Fortaleza, constituída logo
nos primeiros dias depois de lançado o movimento e integrada por destacadas
personalidades da vida cearense, pode então marcar a data do lançamento da
pedra fundamental. A 3 de março de 1956, em memorável solenidade pública,
começou a segunda etapa da Campanha, ou seja, a da construção efetiva do belo e
funcional edifício projetado de acordo com a mais moderna técnica hospitalar
dos nossos dias. Falando durante o ato, o Sr. João Calmon anunciou que o
Diretor dos Diários Associados, Sr. Assis Chateaubriand, resolvera doar, como
contribuição pessoal, um Posto de Puericultura destinado aos filhos das mães
pobres que vierem a nascer na maternidade. E, ao concluir, afirmou:
"Esta
pedra fundamental vale para mim como a reafirmação do compromisso ou do solene
juramento que a casa da mãe pobre do Ceará, com mais de cem leitos, abrirá
dentro de poucos anos suas portas, impedindo que se abram com a mesma alarmante
freqüência de hoje, sepulturas de " anjinhos", sacrificados pelo
egoísmo e pela imprevidência dos homens que se divertem à beira do abismo de
uma crise social sem precedentes".
As obras
tiveram início imediatamente, não sendo mais interrompidas até hoje. Dia a dia
se avoluma a grande estrutura de cimento armado do bairro de Porangabussú.
UM APELO AOS
SUBSCRITORES
Em novembro
do ano passado, a Sociedade Pró-Construção da Maternidade Popular (Escola) de
Fortaleza publicou nos jornais "associados" do Rio, Ceará e outros
Estados em dramático apelo, ainda hoje oportuno, de vez que persiste a mesma
dificuldade a que então se referia, ou seja, o atraso no pagamento de muitas
das contribuições oferecidas. Damos a seguir alguns trechos dessa mensagem
enviada aos generosos subscritores da campanha em prol da Maternidade:
"Eis
porque achamos de vir a público nesta oportunidade, para dirigir um veemente
apelo a todos os bons cearenses que atenderam à convocação dos "Diários e
Rádios Associados", no sentido de que não deixem que atrasem as suas contribuições
para as obras da maternidade.
Baseados no
total de donativos subscritos tanto pelos poderes públicos (inclusive as quotas
anuais dos deputados e senadores que integram a bancada cearense nas duas casas
do Congresso Nacional), como pela iniciativa particular, é que nos foi possível
projetar a Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza nas proporções em que a
estamos construindo, para que ela seja realmente uma obra definitiva, no setor
da assistência hospitalar em que se integra e constitua, como de fato vai
constituir, muito em breve, um motivo a mais de legítimo orgulho para todo o
povo do Ceará. Não incorremos em nenhum exagero quando afirmamos que esse
notável estabelecimento será, no seu gênero, um dos mais modernos e eficientes
de todo o país.
AMEAÇA DE
COLAPSO
A Sociedade
Pró-Construção da Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza, além do apelo
público que ora transmite a todos os que subscreveram donativos, vai dirigir-se
individualmente a cada um dos que se alistaram nesta meritória cruzada de
salvação pública que redimirá a nossa terra de um dos pecados mais vergonhosos.
Os governos federal e estadual, as bancadas dos diversos partidos nas casas do
Legislativo estadual e municipal, os representantes do povo no Senado e na
Câmara Federal, as grandes e pequenas organizações do comércio e da Indústria,
as instituições representativas de todas as classes sociais, os cearenses,
enfim, que dentro e fora do Ceará, fizeram questão de acorrer ao grito
mobilizador de João Calmon, através dos "Diários Associados" - todos
os que contribuíram, os que estão contribuindo e os que ainda vão contribuir,
tomarão conhecimento detalhado das dificuldades com que nos defrontaremos em
futuro bem próximo se não se mantiver em nível regular o montante das amortizações
mensais de seus donativos, generosa, espontânea e publicamente oferecidos.
Se muita
coisa já foi feita, até agora, muito mais ainda falta realizar para chegar ao
objetivo sonhado. Nenhuma dificuldade nos desanima, nenhum obstáculo será capaz
de deter essa marcha que iniciamos ao lado de todo o Ceará, povo e governo
unidos numa arrancada fulminante para a solução do problema mais revoltante e
mais deprimente de Fortaleza dos nossos dias.
DÊEM-NOS A
FERRAMENTA!
Chegou o
momento de dizer: cada um cumpra o seu dever. O atraso das contribuições ameaça
perigosamente a continuação das obras, e não podemos quedar indiferentes ante a
possibilidade de um colapso motivado pelo enfraquecimento daquele entusiasmo
inicial que levantou, como a um só homem, os cearenses espalhados pelos quatro
cantos do Brasil.
O pagamento
dos donativos subscritos, pelo sistema de amortização paulatina através de
módicas prestações mensais, a longo prazo, não oferece dificuldades maiores aos
que realmente desejam ajudar, na medida de suas posses, a concretização do
velho sonho da Maternidade Popular. A verdade, porém, é que grande parte dos
conterrâneos que fizeram doações tem deixado de corresponder à expectativa dos
responsáveis pelo andamento do trabalho - e a falta de numerário pode
ocasionar, a qualquer momento, problemas imprevistos, de solução difícil e
demorada, capazes de retardar a conclusão das obras projetadas.
Por outro
lado, os constantes aumentos de materiais e na mão de obra estão a encarecer,
cada dia que passa, o preço da construção.
É preciso
pois, que todas as promessas sejam efetivamente cumpridas, é preciso que não se
olvidem os compromissos assumidos. De nossa parte estamos realizando o nosso
trabalho, estamos levando adiante a parte que nos coube na distribuição do
esforço conjunto para a realização do maravilhoso objetivo que temos em mira. A
construção da Maternidade continua em marcha jamais interrompida. Mas cumpre
que ninguém falte com a sua pequena parcela de sacrifício.
Não seria
descabido repetir aqui o dramático apelo do velho Churchill quando a Inglaterra
precisava desesperadamente de ajuda para vencer o inimigo comum: dêem-nos a
ferramenta e nós concluiremos a tarefa!
Fonte: http://www.sameac.org.br/cases-de-sucesso/maternidade-assis-chateubriand.html
Hospital
Universitário
COMO TUDO
COMEÇOU...
O Hospital
Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará é um centro de
referência para a formação de recursos humanos e o desenvolvimento de pesquisas
na área da saúde, assim como desempenha importante papel na assistência à saúde
do Estado do Ceará, estando integrado ao Sistema Único de Saúde - SUS. Como
centro de referência para ensino serve como campo de estágio para os alunos de
graduação e pós-graduação dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia da UFC,
assim como recebe os alunos da área da saúde de outras universidades do Estado.
Reúne qualificados profissionais e nele são gerados conhecimentos na área de
pesquisa clínica, cirúrgica e farmacologia clínica.
A história
do Walter Cantídio confunde-se com a história da Faculdade de Medicina no
Ceará.
Em meados de
1939, o professor Antônio Austragésilo, destacado nome da medicina nacional, em
visita ao seu antigo aluno e colega Doutor Jurandir Morais Picanço, falou-lhe
da necessidade e conveniência da implantação de uma Faculdade de Medicina em
Fortaleza. Somente em 1947, com incentivos legados do I Congresso de Médicos
Católicos realizado em Fortaleza foi fundada a "Sociedade Promotorada da
Faculdade de Medicina do Ceará" com o Doutor César Cals de Oliveira na
Presidência de Honra e o Doutor Jurandir Morais Picanço na Presidência.
A então
"Sociedade Promotora da Faculdade de Medicina do Ceará" foi
transformada em Instituto de Ensino Médico que seria o órgão com os encargos
jurídicos de manutenção da Faculdade. Sua primeira Diretoria assim se compunha:
Presidente de Honra -César Cals de Oliveira; Presidente -Jurandir Picanço;
Vice-Presidente - João Otávio Lôbo; 1º Secretário - Antônio Jorge de Queiroz
Jucá; 2º Secretário - Haroldo Juaçaba; Tesoureiro - Eliezer Studart da Fonseca;
Diretores - João Batista Saraiva Leão, José Ossian de Aguiar, Paulo de Melo
Machado e Walter de Moura Cantídio.
Cumprindo o
primeiro objetivo tratou o Instituto de Ensino Médico de atingir o segundo, o
complemento natural da nova escola: um Hospital de Clínicas.
Em 1944,
havia-se iniciado no bairro de Porangabussu, hoje Rodolfo Teófilo, a construção
do "Hospital Carneiro de Mendonça" interrompida posteriormente por
falta de verbas. O Instituto de Ensino Médico interessou-se em dar continuidade
à obra a qual foi transferida, no governo de Faustino de Albuquerque à
faculdade de Medicina. Com a ajuda da União, defendida pelo deputado Paulo
Sarasate, e outros auxílios Federais foi dada continuidade a obra.
Em 1952, foi
iniciada a construção da 1ª Unidade do Hospital de Clínicas destinada a área de
Medicina Interna e Doenças Infecto-Contagiosas(isolamento) em convênio com o
Departamento Estadual da Saúde. Essa unidade constituiu-se o núcleo embrionário
do atual Hospital Universitário.
Em 1954, com
a sua integração à Universidade, a Faculdade de Medicina ficou com maiores
possibilidades de dar continuidade as obras do hospital, retomadas no fim de
1956 e conduzidas daí em diante, com vigor e determinação.
Com razoável
rapidez, executou-se o plano traçado e já em junho de 1957 se tornava possível
a transferência da Faculdade de Medicina para o Hospital. Em 1959 foi
inaugurado oficialmente o Hospital das Clínicas com a presença do Presidente da
República Juscelino Kubitschek.
No período
de 1958 a 1966 a administração da Faculdade de Medicina dirige também o
hospital. Em 1967 com a transferência da Faculdade de Medicina para um prédio
próximo ao local, o mesmo teve a estrutura administrativa mais bem definida, contudo,
hierarquicamente subordinado a Faculdade de Medicina.
Em 1974 pelo
convênio assinado entre a Universidade Federal do Ceará e a Sociedade de
Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand, o gerenciamento do
hospital passou à responsabilidade desta Sociedade, o que permitiu maior
flexibilidade técnico-administrativa.
Nos anos
subseqüentes o Hospital das Clínicas passa por sucessivas reformas e ampliações
na área física com ampliação do número de leitos e criação de novos serviços.
Paulatinamente tornou-se hospital de referência não só para a Capital, como
também para o interior do Estado.
No início da
década de 80, passou a ser chamado Hospital Universitário Walter Cantídio em
homenagem ao professor doutor Walter de Moura Cantídio um de seus fundadores.
Fonte: http://www.sameac.org.br/cases-de-sucesso/hospital-universitario-hu.html
Presidente da SAMEAC 2015:
Nome: Maria Heleni Lima da Rocha
Telefone: (85) 9924-8202 / (85) 8122-6630
Email: presidencia@sameac.org.br
Parcerias e Convênios
Visando o pleno desenvolvimento e o implemento de seus fins, poderá o INSTITUTO COMPARTILHA firmar parcerias, convênios ou contratos de gestão com Instituições públicas ou privadas, bem como com Entidades Não Governamentais que desenvolvam atividades relacionadas com seus objetivos, observadas as seguintes diretrizes:
I. Adoção de critérios que assegurem a otimização do padrão de qualidade na execução dos serviços e no atendimento ao cidadão, especialmente nos seguimentos de saúde, de educação, de assistência social, cultura, esportes;
II. Promoção da melhoria na eficiência e qualidade dos serviços e atividades de interesse público, do ponto de vista econômico, operacional e administrativo;Redução de custos, racionalização de despesas com bens e serviços coletivos e transparência na sua alocação e utilização;
III. Colaboração mútua com instituições da sociedade civil e organizações afins, nacionais ou internacionais, públicas ou privadas, através de parcerias e contratos, visando a sua missão;
IV. Colaboração com as políticas nacionais de desenvolvimento científico e tecnológico do setor público ou privado, voltadas para as áreas de saúde, educação, assistência social, esportes e cultura;
V. Colaboração com o aprimoramento dos empreendimentos relacionados a sua área de atuação, em especial os recém-criados, para que estes possam atingir níveis tecnológicos e gerenciais modernos e eficientes;
VI. Outras ações relacionadas aos fins aos quais se vincula o INSTITUTO COMPARTILHA.
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