Versa HD é
uma máquina de radioterapia de alta velocidade que usa equipamentos muito mais
avançados do que o tratamento convencional.
Por conta
disso, ela será responsável por diminuir o tempo do tratamento de tumores.
Normalmente, o procedimento levaria 15 minutos ou
mais, mas agora, com essa nova máquina, tudo poderá ser feito em apenas 2
minutos. Isso significa que os pacientes terão de ficar parados por períodos
muito mais curtos e tendo menos incômodo.
Isto é de grande benefício, pois o menor movimento
da pessoa pode fazer com que o feixe de luz desvie do alvo, matando as células
saudáveis em vez de as cancerosas. Por exemplo, se um paciente tem um tumor no
pulmão ou no abdômen, até mesmo uma tosse ou respiração ofegante durante o
tratamento pode tirar o feixe do alvo.
Na etapa de
planejamento do tratamento, os médicos identificam onde é o câncer e em qual
área é possível tratar com radiação. Entretanto, qualquer movimento pode afetar
o mapeamento do tumor durante a radioterapia. Se poucos dos raios lançados
atingem as células cancerosas, elas não podem ser destruídas. Porém, além
disso, o processo errado pode resultar em efeitos colaterais prejudiciais, tais
como úlceras internas dolorosas.
Cerca de 40% de todos os pacientes com câncer
fazem radioterapia. A nova tecnologia, além de diminuir o risco de desviar o
feixe para outras células saudáveis, também pode significar tempos de espera
menores para os doentes e os médicos podem reduzir a quantidade de tempo que
leva para tratá-los.
O Versa HD
oferece mais de três vezes a quantidade de radiação de uma máquina de
radioterapia normal, e também tem um sistema de disparo do laser mais preciso.
De modo a coincidir com a forma do tumor, o feixe é passado através de painéis
bem finos de metal denominados “folhas”.
O tratamento
está disponível no Centro de Câncer no Hospital Universitário de Saint James e
no Hospital Christie, ambos em Manchester, Inglaterra. Julie Owens,
radioterapeuta no Centro de Câncer, disse: "Com o novo equipamento, aos
pacientes com doenças como câncer de pulmão, podem ser dadas altas doses de
radiação de forma mais direcionada e precisa possível. A redução do tempo é um
ganho muito grande para nós e agora há menos chance de a movimentação do
paciente afetar algo durante a radioterapia”.
Em um outro
projeto, minúsculas “balizas” estão sendo usadas para fazer as técnicas de
radioterapia serem mais precisas. As balizas, que podem ser temporariamente
fixadas à pele ou implantadas, são desenvolvidas para controlarem o movimento
do alvo durante a radioterapia de tumores, de modo a reduzir o risco de danos
ao tecido saudável circundante.
Elas, cada
uma do tamanho de um grão de arroz, "dizem" a um computador central,
por meio de ondas de radiofrequência, e podem emitir um alerta se houver
qualquer movimento, permitindo que o doente seja reposicionado, se necessário.
Fonte: http://www.jornalciencia.com
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