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quinta-feira, 23 de abril de 2015

SAMEAC e UFC uma união histórica e inseparável

A SAMEAC foi criada na década de 1960, a partir de uma campanha popular idealizada pelos Diários e Rádios Associados do Ceará, para a construção da Maternidade Popular (Escola) Assis Chateaubriand. Os trabalhos de construção da obra foram realizados com a supervisão e o controle da Sociedade Pró-Construção da Maternidade Escola de Fortaleza, então constituída com aquela finalidade. Em dezembro de 1964, quando encerrada a construção da Maternidade Escola, a Sociedade não dispunha de recursos para mantê-la em perfeito funcionamento.
Assim, transferiu para a Universidade Federal do Ceará -UFC, mediante doação, o imóvel mencionado. Naquela ocasião, o hospital passou a ser denominado de Maternidade Escola Assis Chateaubriand, em homenagem ao fundador dos Diários e Rádios Associados. Quando os objetivos da Sociedade Pró-Construção da Maternidade Escola de Fortaleza foram encerrados, a mesma foi transformada, por deliberação de seus associados, em Sociedade de Assistência a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (SAMEAC).
Na mesma ocasião ficou estabelecido que a SAMEAC seria dirigida por um Conselho Administrativo. Diante da necessidade de colocar a Maternidade Escola Assis Chateaubriand em funcionamento, em janeiro de 1965 foi celebrado o primeiro Convênio entre a UFC e a SAMEAC, que estabelecia que a Sociedade assumiria a responsabilidade de administrar a Maternidade, devendo a UFC pagar um valor certo que cobririam as despesas com o corpo médico e administrativo, além da manutenção de outros serviços. Este Convênio vigorou até 15 de maio de 1973.
Em 16 de maio de 1973, celebrou-se um novo Convênio entre a UFC e a SAMEAC, desta vez com um pacto acessório de comodato. No ano de 1974 a SAMEAC passou a assistir também ao Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC (HUWC), nos mesmos termos com os quais administrava a MEAC.
Em 09 de abril de 1974 o Presidente do Conselho Nacional de Serviço Social emitiu o Certificado de Fins Filantrópicos para a SAMEAC. Nos anos seguintes o Governo do Estado do Ceará cedeu a UFC, a título de comodato, o prédio onde funciona o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), com todo o material e equipamentos nele contidos.
Passou o HEMOCE a ser, também, administrado pela SAMEAC durante vários anos, sendo que atualmente possui um Convênio para desenvolver atividades técnico-operacionais, visando a disponibilização de recursos humanos, treinamentos e cursos de capacitação. Em 1975 foi firmado o Convênio de Prestação de Serviços entre a SAMEAC e o Instituto de Previdência Social (INPS) com anuência da UFC, e em 1976 foi firmado novo Convênio, com aditamento posterior, ocorrido em 1980, que perdurou até dezembro de 2002.
Na data de 01 de janeiro de 2003, a UFC e a SAMEAC firmaram um Contrato de Prestação de Serviços sendo obrigação da SAMEAC prestar serviços de apoio complementar à manutenção e custeio do hospital no que se refere a prestação de serviços assistenciais e de ações básicas de saúde à população carente admitida para atendimento na Maternidade Escola Assis Chateaubriand e no Hospital Universitário Walter Cantídio. No decorrer dos últimos anos novos contratos têm sido firmados entre a Universidade Federal do Ceará e a SAMEAC.
E se tal situação tem se perpetuado, tem como motivo a qualidade dos serviços prestados pela SAMEAC, bem como pela excelente execução das atividades de seus profissionais. Outros contratos e convênios foram firmados tendo a SAMEAC como parte.
A SAMEAC se qualificou, tornando-se referência no que diz respeito a prestação dos serviços executados nas entidades hospitalares da UFC. É hoje celeiro de profissionais idôneos, de reconhecidas qualidades, A SAMEAC jamais desvirtuou-se de sua missão precípua que é apoiar na realização, na manutenção e no custeio da MEAC e do HUWC, mantendo sempre profissionais com experiência singular na área hospitalar, capazes de assegurar a boa execução dos serviços, de forma a engrandecer o nome das entidades hospitalares da UFC.
Como pode se observar até agora, a SAMEAC SEMPRE trabalhou no sentido de assegurar às condições indispensáveis a prestação de serviços assistenciais e de ações básicas de SAÚDE, para os cidadãos menos favorecidos. Dada a natureza jurídica da sua prestação de serviços, a SAMEAC obteve o Título de Utilidade Pública Federal amparado no Decreto de 20 de agosto de 1969. Pelas mesmas razões, manteve o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social a partir do ano de 1971.
Conforme amplamente explanado, a Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand - SAMEAC, historicamente, vem prestando serviços em saúde na Cidade de Fortaleza, beneficiando não apenas os habitantes desta Capital, mas de municípios do interior do Estado e, inclusive, de fora deste, tendo realizado suas atividades em parceria, num conjunto de ações integradas, com a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, bem como com as demais Unidades Hospitalares da Universidade Federal do Ceará.

Ressalte-se que a história de atuação da SAMEAC pode ser confirmada pela demonstração dos vários convênios celebrados com o poder público no sentido de atender toda a demanda que busca assistência pela Recorrente e suas unidades 
Fonte: filiais.http://www.sameac.org.br/sameac/sobre-a-sameac.html
Maternidade Assis Chateubriand
A Campanha em prol da construção da Maternidade Popular (Escola) foi lançada oficialmente na capital cearense na noite de 28 de maio de 1955, pelo Sr. João de Medeiros Calmon, no momento em que era lhe prestada, em banquete que reuniu representantes de todas as classes sociais do Ceará, uma grande homenagem por motivo de sua recente ascensão ao posto de Diretor Geral dos Diários, Rádios e TV Associados. Ao agradecer a expressiva manifestação, o Sr. João Calmon valeu-se da oportunidade para anunciar o início do movimento, há muito concebido e que logo mais iria empolgar, como um formidável incêndio de generosidade e amor ao próximo, a alma dos filhos do Ceará.
O APELO DE JOÃO CALMON
Do discurso do Diretor Geral dos "Diários Associados", pronunciado no banquete do Ideal Clube, foi extraído o seguinte trecho em que ele explica os motivos do empreendimento de que se tornou pioneiro: Os "Diários Associados", não apenas como já disse alguém, a maior e melhor escola de jornalismo do Brasil. Em nossa organização formaram-se ou se aperfeiçoaram alguns dos mais fulgurantes jornalistas do nosso país. Os D. A. são também graças ao exemplo de seu inspirador, o Sr. Assis Chateaubriand, uma inexcedível escola do espírito público. No plano nacional promovemos a Campanha Nacional de Aviação, a Campanha de Redenção de Criança, a Campanha de Recuperação do Solo, a Campanha de Formação de uma Elite e fundamos o Museu de Arte de São Paulo. No plano estadual além de numerosas iniciativas em outras unidades da Federação, orgulhamo-nos de nossa campanha em favor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e vamos iniciar, agora mesmo, uma outra maior envergadura.
No terreno da assistência social, Fortaleza é de uma pobreza constristora. São Luis, Teresina, João Pessoa, Natal, Campina Grande e o Crato possuem maternidades para as gestante pobres que colocam a nossa capital numa situação humilhante. Visitando freqüentemente aquelas cidades e impressionado com o escandaloso contraste entre o luxo e o número de nossos Clubes elegantes e a nossa falta de maternidade, estudei com os companheiros cearenses a possibilidade de promovermos uma intensa campanha para solucionar, pelo menos parcialmente, esse angustioso problema social, cujos detalhes arrepiantes eu me permito omitir num momento tão festivo com este, mas que serão focalizados através da Ceará Rádio Clube, do " Unitário" e do "Correio do Ceará".
Em vez de criticar os arrojados cearenses a quem devemos a construção de alguns dos mais belos clubes elegantes do Brasil, precisamos utilizar os seus métodos e aproveitar a sua experiência na arrecadação de recursos financeiros para obras de vulto, como a da futura Maternidade Popular de Fortaleza. Contando com o apoio do comércio e da indústria e de todos os cearenses, inclusive dos que vivem em outros Estado e que serão convocados pelos "Diários Associados" através de uma campanha de âmbito nacional, de que participarão nossos jornais, revistas e estações de rádio e televisão, o sucesso da iniciativa está assegurado. Nem a atual crise financeira prejudicará os nossos planos. As contribuições serão pagas em módicas prestações mensais, de acordo com a possibilidade de cada um. Na campanha em favor da Santa Casa, comprovamos como é impressionante o apoio do povo aos movimentos filantrópicos. Nada menos da metade do total arrecadado era constituída de quantias inferiores a quinhentos cruzeiros.
Seguindo a orientação "associada" de não limitar a nossa atuação à exploração comercial de jornais e rádios e aproveitando a presença, neste banquete, das figuras mais representativas da sociedade cearense, lanço as bases dessa nova campanha, subscrevendo, desde logo, em nome da Ceará Rádio Clube, do "Correio do Ceará", do "Unitário" e da Rádio Araripe do Crato, uma contribuição de cinqüenta mil cruzeiros. Para dirigir a campanha em prol da Maternidade Popular de Fortaleza será constituída uma Comissão Central, com a participação das personalidade de maior destaque do Ceará e na qual figurará, como representante dos "Diários e Rádios Associados", o nosso diretor-presidente, o querido Dioguinho de todos nós, que encarna uma das melhores tradições da filantropia da família cearense".
A CULPA QUE NÃO SE DESCULPA
A ideia, com não podia deixar de ser, mereceu de pronto o mais entusiástico aplauso e o apoio mais vibrante de toda a comunidade cearense que, pressurosa, acorreu àquele grito de mobilização destinado a redimir Fortaleza de um pecado imperdoável. Através de uma vasta ofensiva publicitária em que foram apresentados os aspectos mais doloroso do drama da mãe pobre, as emissoras e os jornais "associados" criaram, em pouco tempo, uma nova mentalidade coletiva, mais esclarecida e mais familiarizada com os gravíssimos problemas decorrentes da falta de assistência clínica e hospitalar às gestantes sem recursos. O assunto foi debatido com realismo, surgindo, então, revelações que chocaram e comoveram profundamente o povo da grande terra nordestina, sempre disposto aos maiores sacrifícios nas suas cruzadas de solidariedade humana. Fortaleza, grande e moderna cidade, famosa inclusive por ser a sede de alguns dos mais belos e suntuosos clubes recreativos do país e com uma população superior a 300.000 habitantes, não dispunha - como ainda não dispõe - senão de pouco mais de uma centena de leitos para atender às gestante pobres, que integram a grande parte de sua população feminina adulta. Os índices de mortalidade infantil sobem a cifras espantosas, como demostram as estatísticas oficiais. Basta citar como exemplo que, em 1946 registrou o Departamento Estadual de Saúde, somente no município da capital, um total de 2.253 óbitos de crianças entre 0 e 1 ano de idade. Em 1956 o número de "anjinhos" subiu para 4.826 - mais do que o dobro à 10 anos atrás! O coeficiente de mortalidade infantil (por 1.000) se elevou de 195,04 em 1946 para 274,57, em 1956 - isto levando-se em conta apenas o que pode apurar, com as naturais deficiências do controle, o serviço de estatística da repartição oficial do Estado.
UM MILHÃO POR DIA
Fortaleza foi posta em confronto com outras capitais nordestinas menos populosas e menos desenvolvidas. Os órgãos "associados", nas sua tarefa de esclarecer completamente o povo, publicaram, em junho de 1955, os seguintes dados do IBGE, num artigo do Sr. Adolfo Frejat, então Inspetor Regional de Estatística:
"Para se ter uma idéia da insuficiência de leitos nas maternidades de Fortaleza, basta lembra que, em 1950 Natal (R.G. do Norte) contava com 158 leitos em, suas maternidade; João Pessoa (Paraíba) dispunha de 176 enquanto que em Fortaleza, não excedia de 129 o número de leitos.
A nossa posição de inferioridade nesse tocante, fica perfeitamente caracterizada ao compararmos, já não digo a população total das três capitais, mas a população feminina de 15 a 49 anos, isto é, o número de mulheres em idade fecunda.
De acordo com o censo de 1950, havia àquela época em Natal, 30.057 mulheres de 14 a 49 anos; em João Pessoa, 34.480 e em Fortaleza, 77.819 mulheres em idade fecunda.
Como se verifica, a população feminina de 15 a 49 anos de idade encontrada em Fortaleza é superior à soma da população de igual sexo e grupo de idade existente em Natal e João Pessoa, enquanto que o número de leitos nas maternidades de qualquer das citadas capitais vizinhas é superior ao número de leitos de Fortaleza.
Se considerarmos as mulheres casadas entre 15 e 49 anos de idade, teremos para Natal, 15.645, para João Pessoa, 15.943, e para Fortaleza, 37.859, total este também superior à soma das duas primeiras capitais.
No anos passado 10.069 parturientes ocuparam os 138 leitos existentes para tal fim nas organizações hospitalares de Fortaleza. Aquele total indica perfeitamente, que, em média, cada um dos 138 leitos será ocupado, em 1954, por 73 parturientes inferindo-se, daí a permanência de cada gestante durante 5 dias nas Maternidades.
A taxa de natalidade em Fortaleza é de 46 nascidos vivos para cada 1.000 habitantes; a taxa de fecundidade feminina é de 159 nascidos vivos por 1.000 mulheres de 15 a 49 anos; a taxa de mortalidade infantil é de 236 falecidos no primeiro ano de idade, por 1.000 nascidos vivos.
Taxas elevadíssimas de natalidade e fecundidade feminina comparativamente às demais capitais brasileiras. Que de benefício não trará a Fortaleza a Maternidade Popular em projeto, inclusive o de fazer baixar a não menos elevada e deprimente taxa de mortalidade infantil!"
O povo e o governo sentiram na própria carne a urgentíssima necessidade de um estabelecimento hospitalar que viesse corrigir tão constrangedora situação. E imediatamente cerraram fileiras sob a bandeira dos Diários Associados numa das mais espetaculares "corridas" de filantropia de que se tem notícia em nosso país. Quarenta e oito horas depois do discurso do Sr. João Calmon (pronunciado numa noite de sábado) mais de 1 milhão de cruzeiros já haviam sido subscritos para a construção da Maternidade Popular (Escola). Todas as entidades de classe, culturais, artísticas e sociais de Fortaleza bem como as grandes firmas do comércio e da indústria, assim como os poderes públicos, as personalidades de maior relevo do Estado e a grande massa anônima do povo ofereceram seus donativos numa impressionante demonstração de generosidade e altruísmo. Nos cinco primeiros dias da campanha a média das subscrições foi de um milhão de cruzeiros diários.
O movimento se ampliou então para fora das fronteiras do Estado. Cearenses residentes em todos os rincões da pátria ouviram a convocação dos Diários Associados e atenderam com alegria ao convite que lhes era dirigido no sentido de que ajudassem a redenção da mãe pobre de Fortaleza. A colônia do Rio de Janeiro (inclusive os deputados e senadores pelo Ceará) ofereceu em apenas doze dias nada menos que cinco milhões de cruzeiro. Substanciais donativos também foram recebidos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas, Amazonas, Pará, Pernambuco, etc.
COMEÇA A CONSTRUÇÃO
A Sociedade Pró-Construção da maternidade Popular (Escola) de Fortaleza, constituída logo nos primeiros dias depois de lançado o movimento e integrada por destacadas personalidades da vida cearense, pode então marcar a data do lançamento da pedra fundamental. A 3 de março de 1956, em memorável solenidade pública, começou a segunda etapa da Campanha, ou seja, a da construção efetiva do belo e funcional edifício projetado de acordo com a mais moderna técnica hospitalar dos nossos dias. Falando durante o ato, o Sr. João Calmon anunciou que o Diretor dos Diários Associados, Sr. Assis Chateaubriand, resolvera doar, como contribuição pessoal, um Posto de Puericultura destinado aos filhos das mães pobres que vierem a nascer na maternidade. E, ao concluir, afirmou:
"Esta pedra fundamental vale para mim como a reafirmação do compromisso ou do solene juramento que a casa da mãe pobre do Ceará, com mais de cem leitos, abrirá dentro de poucos anos suas portas, impedindo que se abram com a mesma alarmante freqüência de hoje, sepulturas de " anjinhos", sacrificados pelo egoísmo e pela imprevidência dos homens que se divertem à beira do abismo de uma crise social sem precedentes".
As obras tiveram início imediatamente, não sendo mais interrompidas até hoje. Dia a dia se avoluma a grande estrutura de cimento armado do bairro de Porangabussú.
UM APELO AOS SUBSCRITORES
Em novembro do ano passado, a Sociedade Pró-Construção da Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza publicou nos jornais "associados" do Rio, Ceará e outros Estados em dramático apelo, ainda hoje oportuno, de vez que persiste a mesma dificuldade a que então se referia, ou seja, o atraso no pagamento de muitas das contribuições oferecidas. Damos a seguir alguns trechos dessa mensagem enviada aos generosos subscritores da campanha em prol da Maternidade:
"Eis porque achamos de vir a público nesta oportunidade, para dirigir um veemente apelo a todos os bons cearenses que atenderam à convocação dos "Diários e Rádios Associados", no sentido de que não deixem que atrasem as suas contribuições para as obras da maternidade.
Baseados no total de donativos subscritos tanto pelos poderes públicos (inclusive as quotas anuais dos deputados e senadores que integram a bancada cearense nas duas casas do Congresso Nacional), como pela iniciativa particular, é que nos foi possível projetar a Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza nas proporções em que a estamos construindo, para que ela seja realmente uma obra definitiva, no setor da assistência hospitalar em que se integra e constitua, como de fato vai constituir, muito em breve, um motivo a mais de legítimo orgulho para todo o povo do Ceará. Não incorremos em nenhum exagero quando afirmamos que esse notável estabelecimento será, no seu gênero, um dos mais modernos e eficientes de todo o país.
AMEAÇA DE COLAPSO
A Sociedade Pró-Construção da Maternidade Popular (Escola) de Fortaleza, além do apelo público que ora transmite a todos os que subscreveram donativos, vai dirigir-se individualmente a cada um dos que se alistaram nesta meritória cruzada de salvação pública que redimirá a nossa terra de um dos pecados mais vergonhosos. Os governos federal e estadual, as bancadas dos diversos partidos nas casas do Legislativo estadual e municipal, os representantes do povo no Senado e na Câmara Federal, as grandes e pequenas organizações do comércio e da Indústria, as instituições representativas de todas as classes sociais, os cearenses, enfim, que dentro e fora do Ceará, fizeram questão de acorrer ao grito mobilizador de João Calmon, através dos "Diários Associados" - todos os que contribuíram, os que estão contribuindo e os que ainda vão contribuir, tomarão conhecimento detalhado das dificuldades com que nos defrontaremos em futuro bem próximo se não se mantiver em nível regular o montante das amortizações mensais de seus donativos, generosa, espontânea e publicamente oferecidos.
Se muita coisa já foi feita, até agora, muito mais ainda falta realizar para chegar ao objetivo sonhado. Nenhuma dificuldade nos desanima, nenhum obstáculo será capaz de deter essa marcha que iniciamos ao lado de todo o Ceará, povo e governo unidos numa arrancada fulminante para a solução do problema mais revoltante e mais deprimente de Fortaleza dos nossos dias.
DÊEM-NOS A FERRAMENTA!
Chegou o momento de dizer: cada um cumpra o seu dever. O atraso das contribuições ameaça perigosamente a continuação das obras, e não podemos quedar indiferentes ante a possibilidade de um colapso motivado pelo enfraquecimento daquele entusiasmo inicial que levantou, como a um só homem, os cearenses espalhados pelos quatro cantos do Brasil.
O pagamento dos donativos subscritos, pelo sistema de amortização paulatina através de módicas prestações mensais, a longo prazo, não oferece dificuldades maiores aos que realmente desejam ajudar, na medida de suas posses, a concretização do velho sonho da Maternidade Popular. A verdade, porém, é que grande parte dos conterrâneos que fizeram doações tem deixado de corresponder à expectativa dos responsáveis pelo andamento do trabalho - e a falta de numerário pode ocasionar, a qualquer momento, problemas imprevistos, de solução difícil e demorada, capazes de retardar a conclusão das obras projetadas.
Por outro lado, os constantes aumentos de materiais e na mão de obra estão a encarecer, cada dia que passa, o preço da construção.
É preciso pois, que todas as promessas sejam efetivamente cumpridas, é preciso que não se olvidem os compromissos assumidos. De nossa parte estamos realizando o nosso trabalho, estamos levando adiante a parte que nos coube na distribuição do esforço conjunto para a realização do maravilhoso objetivo que temos em mira. A construção da Maternidade continua em marcha jamais interrompida. Mas cumpre que ninguém falte com a sua pequena parcela de sacrifício.
Não seria descabido repetir aqui o dramático apelo do velho Churchill quando a Inglaterra precisava desesperadamente de ajuda para vencer o inimigo comum: dêem-nos a ferramenta e nós concluiremos a tarefa!
Fonte: http://www.sameac.org.br/cases-de-sucesso/maternidade-assis-chateubriand.html
Hospital Universitário
COMO TUDO COMEÇOU...
O Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará é um centro de referência para a formação de recursos humanos e o desenvolvimento de pesquisas na área da saúde, assim como desempenha importante papel na assistência à saúde do Estado do Ceará, estando integrado ao Sistema Único de Saúde - SUS. Como centro de referência para ensino serve como campo de estágio para os alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia da UFC, assim como recebe os alunos da área da saúde de outras universidades do Estado. Reúne qualificados profissionais e nele são gerados conhecimentos na área de pesquisa clínica, cirúrgica e farmacologia clínica.
A história do Walter Cantídio confunde-se com a história da Faculdade de Medicina no Ceará.
Em meados de 1939, o professor Antônio Austragésilo, destacado nome da medicina nacional, em visita ao seu antigo aluno e colega Doutor Jurandir Morais Picanço, falou-lhe da necessidade e conveniência da implantação de uma Faculdade de Medicina em Fortaleza. Somente em 1947, com incentivos legados do I Congresso de Médicos Católicos realizado em Fortaleza foi fundada a "Sociedade Promotorada da Faculdade de Medicina do Ceará" com o Doutor César Cals de Oliveira na Presidência de Honra e o Doutor Jurandir Morais Picanço na Presidência.
A então "Sociedade Promotora da Faculdade de Medicina do Ceará" foi transformada em Instituto de Ensino Médico que seria o órgão com os encargos jurídicos de manutenção da Faculdade. Sua primeira Diretoria assim se compunha: Presidente de Honra -César Cals de Oliveira; Presidente -Jurandir Picanço; Vice-Presidente - João Otávio Lôbo; 1º Secretário - Antônio Jorge de Queiroz Jucá; 2º Secretário - Haroldo Juaçaba; Tesoureiro - Eliezer Studart da Fonseca; Diretores - João Batista Saraiva Leão, José Ossian de Aguiar, Paulo de Melo Machado e Walter de Moura Cantídio.
Cumprindo o primeiro objetivo tratou o Instituto de Ensino Médico de atingir o segundo, o complemento natural da nova escola: um Hospital de Clínicas.
Em 1944, havia-se iniciado no bairro de Porangabussu, hoje Rodolfo Teófilo, a construção do "Hospital Carneiro de Mendonça" interrompida posteriormente por falta de verbas. O Instituto de Ensino Médico interessou-se em dar continuidade à obra a qual foi transferida, no governo de Faustino de Albuquerque à faculdade de Medicina. Com a ajuda da União, defendida pelo deputado Paulo Sarasate, e outros auxílios Federais foi dada continuidade a obra.
Em 1952, foi iniciada a construção da 1ª Unidade do Hospital de Clínicas destinada a área de Medicina Interna e Doenças Infecto-Contagiosas(isolamento) em convênio com o Departamento Estadual da Saúde. Essa unidade constituiu-se o núcleo embrionário do atual Hospital Universitário.
Em 1954, com a sua integração à Universidade, a Faculdade de Medicina ficou com maiores possibilidades de dar continuidade as obras do hospital, retomadas no fim de 1956 e conduzidas daí em diante, com vigor e determinação.
Com razoável rapidez, executou-se o plano traçado e já em junho de 1957 se tornava possível a transferência da Faculdade de Medicina para o Hospital. Em 1959 foi inaugurado oficialmente o Hospital das Clínicas com a presença do Presidente da República Juscelino Kubitschek.
No período de 1958 a 1966 a administração da Faculdade de Medicina dirige também o hospital. Em 1967 com a transferência da Faculdade de Medicina para um prédio próximo ao local, o mesmo teve a estrutura administrativa mais bem definida, contudo, hierarquicamente subordinado a Faculdade de Medicina.
Em 1974 pelo convênio assinado entre a Universidade Federal do Ceará e a Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand, o gerenciamento do hospital passou à responsabilidade desta Sociedade, o que permitiu maior flexibilidade técnico-administrativa.
Nos anos subseqüentes o Hospital das Clínicas passa por sucessivas reformas e ampliações na área física com ampliação do número de leitos e criação de novos serviços. Paulatinamente tornou-se hospital de referência não só para a Capital, como também para o interior do Estado.
No início da década de 80, passou a ser chamado Hospital Universitário Walter Cantídio em homenagem ao professor doutor Walter de Moura Cantídio um de seus fundadores.

Fonte: http://www.sameac.org.br/cases-de-sucesso/hospital-universitario-hu.html

Presidente da SAMEAC 2015:
Nome: Maria Heleni Lima da Rocha
Telefone: (85) 9924-8202 / (85) 8122-6630
Email: presidencia@sameac.org.br

Parcerias e Convênios
Visando o pleno desenvolvimento e o implemento de seus fins, poderá o INSTITUTO COMPARTILHA firmar parcerias, convênios ou contratos de gestão com Instituições públicas ou privadas, bem como com Entidades Não Governamentais que desenvolvam atividades relacionadas com seus objetivos, observadas as seguintes diretrizes:
I. Adoção de critérios que assegurem a otimização do padrão de qualidade na execução dos serviços e no atendimento ao cidadão, especialmente nos seguimentos de saúde, de educação, de assistência social, cultura, esportes;
II. Promoção da melhoria na eficiência e qualidade dos serviços e atividades de interesse público, do ponto de vista econômico, operacional e administrativo;Redução de custos, racionalização de despesas com bens e serviços coletivos e transparência na sua alocação e utilização;
III. Colaboração mútua com instituições da sociedade civil e organizações afins, nacionais ou internacionais, públicas ou privadas, através de parcerias e contratos, visando a sua missão;
IV. Colaboração com as políticas nacionais de desenvolvimento científico e tecnológico do setor público ou privado, voltadas para as áreas de saúde, educação, assistência social, esportes e cultura;
V. Colaboração com o aprimoramento dos empreendimentos relacionados a sua área de atuação, em especial os recém-criados, para que estes possam atingir níveis tecnológicos e gerenciais modernos e eficientes;
VI. Outras ações relacionadas aos fins aos quais se vincula o INSTITUTO COMPARTILHA.

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