Rodolfo
Marcos Teófilo (Salvador, 6 de maio de 1853 — Fortaleza, 2 de julho de 1932)
foi um escritor brasileiro de estética literária regional-naturalista, além de
poeta, documentarista, contista e articulista.
Pobre e
órfão, foi educado pelo Barão de
Aratanha que o matriculou no Ateneu Cearense, contudo, deixou os estudos para
ser caixeiro-viajante. Formado
farmacêutico, em 1875, pela Faculdade de Medicina da Bahia, estabeleceu-se
no Ceará, desenvolvendo logo o pendor para o cientificismo característico na
sua obra.
Diplomado,
dirigiu uma farmácia em Pacatuba, depois
na capital. Foi mais tarde professor de ciências naturais na Escola Normal e
membro de diversas sociedades culturais. Sua obra ficou marcada pelo exagero em
que é mostrada a seca no nordeste e os tipos flagelados caracterizados com
excesso.
Empreendeu, sem apoio governamental, uma
campanha de vacinação contra a epidemia de varíola que se alastrava na cidade.
Por causa disso, foi perseguido durante o governo de Antônio Pinto Nogueira
Accioli,
do qual era opositor, acusado de
desmoralizar a autoridade que estava totalmente alheia ao sofrimento do povo
cearense.
Tomou
parte dos movimentos literários do
Ceará, tendo pertencido, desde 1894, à Padaria Espiritual, entidade de fins
literários e artísticos que se fundara em Fortaleza, dois anos antes, com o
nome de "padeiro" Marcos Serrano. Foi historiador e romancista.
Foi membro fundador da Academia Cearense de
Letras. É considerado um dos principais expoentes da literatura
regional-naturalista do Brasil e um dos maiores nomes da literatura do Ceará.
Em sua homenagem, o Centro Acadêmico de Farmácia da Universidade Federal do
Ceará tem o seu nome.
Segundo Rachel de Queiroz, a ele se deve a
"invenção" da cajuína, bebida não-alcoólica popular principalmente no
Piauí.
Obras
1878
Compêndio de Botânica Elementar, Rio de Janeiro;
1884
História da Sêca no Ceará, 1877-1880, Fortaleza;
1890 A
Fome, romance, Pôrto;
1888
Monografia da Mucunã, Fortaleza;
1889
Ciências Naturais em Contos, Fortaleza;
(?)
Campesinas, poesias, Fortaleza;
1895 Os
Brilhantes, romance, Fortaleza, dois volumes;
1897 Maria
Ritta, romance, Fortaleza;
1899
Paroara, romance, Ed. Louis C. cholowieçki, Fortaleza;
1898
Botânica Elementar (Com Garcia Redondo), São Paulo;
1899
Violação, novela;
1905 e
1910 Varíola e Vacinação no Ceará, compêndio;
1905
Violência;
1910 O
Cunduru, coletânea;
1912
Memórias de um engrossador, Lisboa;
1913
Telesias, versos;
1913 Lyra
Rústica, versos;
1914
Libertação do Ceará;
1922 O
Reino de Kiato, romance, São Paulo, Monteiro Lobato & Co;
1922 A
Sedição de Juazeiro;
1922 Sêca
de 1915;
1922 Sêca
de 1919;
1924 Os
Meus Zoilos, artigos;
1927 O
Caixeiro;
1931
Coberta de Tacos, artigos
Fontes
COUTINHO,
Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São
Paulo: Global.
Referências
http://recantodasletras.uol.com.br/biografias/1794891
Ceará de luz - Personalidades Históricas
A relação política entre Estado e Sociedade Civil nas secas cearenses
na obra literária de Rodolfo Teófilo
Seara da Ciência
Fonte: Wikipédia
Grande
benemérito no Ceará, onde viveu toda a vida, nasceu o contista, romancista,
poeta e documentarista, um dos maiores expoentes da literatura
regional-naturalista brasileira, na Bahia, em 6 de maio de 1856. Formou-se em
Farmácia. Participou ativamente da campanha abolicionista no Ceará, primeira
província brasileira a declarar livres os seus escravos. Foi Padeiro-Mor
(presidente) da Padaria Espiritual, em sua terceira gestão. Autor de diversos
livros, dedicou-se aos mais diferentes gêneros. A partir de 1900, até o final
da vida, dedicou-se à campanha pela vacinação, sem apoio governamental, contra
a epidemia de varíola, causando-lhe todo tipo de perseguição política. Faleceu
em 1932.
NETO, Isac
Ferreira do Vale. BATALHAS DA MEMÓRIA: a escrita militante de Rodolfo
Teófilo. Dissertação de Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC. CENTRO
DE HUMANIDADES – CH. DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DH. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM HISTÓRIA – PPGH. MESTRADO EM HISTÓRIA SOCIAL – MHS, 2006. Texto integral: http://www.historia.ufc.br/admin/upload/Disserta%C3%A7ao%20ISAC%20FERREIRA%20DO%20VALE%20NETO.pdf
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