Documentário: 'O Brasil Brasileiro de Ary Barroso'
Relembre a voz da narração e canção de Ary Barroso: http://www.youtube.com/watch?v=faR3UkZma0o
Algumas músicas de Ary Barroso:
1) No Rancho Fundo (1931. Cantada por Elisa Coelho - Elisinha. Autoria: Ary Barroso e Lamartine Babo): http://www.youtube.com/watch?v=zX1Bfkpe7Jk&list=PLDluqyFL-Qfz50utvXclLl1v7YCEsxdrw
2) Dá Nela (1930. Cantada por Francisco Alves. Autoria Ary Barroso): http://www.youtube.com/watch?v=Rq4T-K3zwDU
3) No Tabuleiro da Baiana (1936. Cantada por Carmen Miranda. Autoria: Ary Barroso): http://www.youtube.com/watch?v=z2okK3HE8Jc
4) Aquarela do Brasil (1939. Cantada por Francisco Alves. Autoria: Ary Barroso):
4.1) Versão de 'Aquarela do Brasil' gravada por Walt Disney - 1942 (Ary Barroso):
6) Isso aqui é o que é (1942. Cantada por Moraes Neto. Autoria: Ary Barroso):
Ary de
Resende Barroso (Ubá, 7 de novembro de 1903 — Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de
1964) foi um compositor brasileiro de música popular, mais conhecido como autor
de Aquarela do Brasil.
Filho do
deputado estadual e promotor público João Evangelista Barroso e Angelina de
Resende. Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary foi adotado pela avó materna,
Gabriela Augusta de Resende.
Realizou
estudos curriculares na Escola Pública Guido Solero, Externato Mineiro do prof.
Cícero Galindo, Ginásios: São José, Rio Branco, de Viçosa, de Leopoldina e de
Cataguases.
Estudou
teoria, solfejo e piano com a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como
pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como
caixeiro da loja "A Brasileira" e com quinze anos fez a primeira
composição, um cateretê "De longe".
Em 1920,
com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma
herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de
Janeiro estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto.
Aprovado
no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade
do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). A Faculdade seria importante na consolidação da veia
artística, esportiva e política. Quando calouro, foram colegas de Faculdade
mais chegados: Luís Galotti (jurista, dirigente esportivo e posteriormente
ministro do STF), João Lira Filho (jurista e professor), Gastão Soares de Moura
Filho (dirigente esportivo), João Martins de Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de
Azevedo (ator), Taques Horta, Anésio Frota Aguiar (jurista, político e
escritor).
Adepto da
boemia, é reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas
economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no
Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a
orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outra orquestras.
Em 1926
retoma os estudos de Direito, sem deixar a atividade de pianista. Dois anos
depois é contratado pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, para uma
temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary resolve dedicar-se à
composição. Compõe "Amor de mulato", "Cachorro quente" e
"Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo, seu contemporâneo na
Faculdade de Direito.
Em 1929
obtém, finalmente, o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Seu colega de
Faculdade e grande incentivador, Mário Reis, grava "Vou a Penha" e
"Vamos deixar de intimidades", que se tornou o primeiro sucesso
popular.
Nos anos
1930, escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca.
Aquarela do Brasil teve a primeira audição na voz de Aracy Cortes e regravada
diversas vezes no Brasil e no exterior. Recebeu o diploma da Academia de
Ciências e Arte Cinematográfica de Hollywood pela trilha sonora do
longa-metragem Você já foi à Bahia? (1944), de Walt Disney.
A partir
de 1943, manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio
Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos
musicais. Também trabalhou como locutor esportivo (proporcionado momentos
inusitados ao sair para comemorar os gols do seu time o CR Flamengo). Autor de
centenas de composições em estilos variados, como choro, xote, marcha, foxtrote
e samba. Entre outras canções, compôs Tabuleiro da baiana (1937) e Os Quindins
de Yayá (1941), Boneca de piche, etc.
Durante os
a década de 1940 e a década de 1950 compôs vários dos sucessos consagrados por
Carmen Miranda no cinema. Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênero
samba-exaltação.
No
centenário do compositor Ary Barroso (2003), a Rede STV SESC SENAC foi a única
a produzir um documentário especial de 60 minutos sobre a vida deste brasileiro
único, intitulado "O Brasil Brasileiro de Ary Barroso", com
depoimentos de Sérgio Cabral (Biógrafo), Dalila Luciano, Carminha Mascarenhas,
Carmélia Alves, Roberto Luna, e a filha de Ary Barroso, Mariúza . A direção foi
de Dimas Oliveira Junior e produção de WeDo Comunicação.
Ary
Barroso também era locutor esportivo. Torcedor confesso do Flamengo, torcia
descaradamente a favor do rubro-negro nas transmissões que eram feitas pelo
rádio. Quando o Flamengo era atacado, ele dizia mensagens do tipo:"Ih, lá
vem os inimigos. Eu não quero nem olhar.", se recusando claramente a
narrar o gol do adversário. Quando o embate era realizado entre equipes que não
fossem o Flamengo, sempre que saía um gol, primeiro ele narrava, e depois
tocava uma gaita.
Morreu no
Rio de Janeiro, em 1964, de cirrose hepática decorrente de alcoolismo, e está
enterrado no Cemitério de São João Batista.
Dentre as
homenagens póstumas ao compositor de Aquarela do Brasil estão o monumento, no
Rio de Janeiro, fica no Leme, Zona Sul da cidade. A estátua, em homenagem a Ary
Barroso, junto de uma mesa de bar e dois bancos, foi feita por Leo Santana,
mesmo artista que esculpiu o monumento em homenagem a Carlos Drummond de
Andrade.CABRAL, Sérgio - No tempo de Ari Barroso. Rio de Janeiro: Lumiar
Editora, s/d.
Fonte:
Wikipédia
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