Marcado
para a próxima segunda-feira, dia 18, o julgamento dos acusados da execução do
advogado Manoel Mattos é visto como um marco para a Justiça Brasileira e para
os Direitos Humanos. Em coletiva realizada nesta quinta-feira, dia 14, a mãe de
Mattos, Nair Ávila, o vice-presidente do
Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, Percílio de Sousa Neto, e a
promotora Rosemary Souto Maior comentaram todas as dificuldades que enfrentaram e ainda enfrentam para que o júri seja
realizado - o primeiro federalizado na história do país. O advogado foi morto por denunciar a ação de
grupos de extermínio na divisa da Paraíba com Pernambuco. Ainda em atividade,
esses grupos hoje ameaçam Nair e Rosemary, que vivem sob escolta.
Morador de
Itambé (PE), Mattos investigava as execuções na divisa dos estados - conhecida como "Fronteira do Medo" - que contavam
com participação de agentes do Estado, como policiais civis e militares. Para garantir a proteção do advogado nessa
ação, a Organização dos Estados Americanos (OEA) concedeu, em 2002, medidas
cautelares para que o Estado brasileiro desse proteção ao defensor e sua
família. Em 24 de janeiro de 2009, entretanto, Mattos foi assassinado na
Paraíba, quando estava há dois anos sem escolta policial.
Fonte:
CAJU/UFC
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