Do sertão
dos Inhamuns a família se mudou para a Serra do Baturité e de lá, a menina
passou a estudar em Fortaleza, capital da Província, no Colégio Imaculada
Conceição, de onde saiu apta para o magistério.
Ávida por
liberdade, engajou-se no Movimento
Abolicionista; já então se notabilizava pela vocação poética.
Em 1884, por concurso público foi nomeada
com o título de professora para a Escola
Normal de Fortaleza. Concomitantemente ao trabalho de educadora, colaborou na imprensa em verso e em prosa:
Cearense, Gazeta do Norte, Pedro II, O Libertador, A Quinzena, A República,
Almanaque do Ceará, no Ceará; também na imprensa de outros estados
brasileiros, como por exemplo, Almanaque
das Senhoras Alagoanas; O Lyrio, de Recife; A Família, de São Paulo e Rio de
Janeiro etc.
Ao ser demitida da Escola Normal (sua pena
incomodava os poderosos), fundou externato próprio que funcionou em Fortaleza,
depois em Baturité, de onde continuou colaborando na Imprensa.
Além de poetisa, foi também contista, cronista,
jornalista, dramaturga e romancista. Em 1902 veio a público o romance A Divorciada. Pelo tema, há de se
imaginar o abalo na sociedade e o preço que a romancista pagou pela
"ousadia".
Em 1908 transferiu-se com a família, o
externato e a revista A Estrella para a cidade de Aracati, onde passou 27 anos
de sua vida dedicados à educação da Zona Jaguaribana.
Seus
filhos Antonieta, Aristóteles e Angelita seguiram o exemplo da mãe – todos
percorreram o árduo caminho de educar.
Faleceu em
Aracati aos 08 de dezembro de 1935.
Ao ser
fundada a Academia Feminina de Letras, em Fortaleza, sua ex-aluna da Escola Normal
de Fortaleza, Alba Valdez, a tomou para madrinha.
Na Ala
Feminina da Casa de Juvenal, Francisca Clotilde é patrona da cadeira que teve
como primeira ocupante uma ex-aluna de Aracatis, Stella Maria Barbosa de
Araújo. É nome de logradouro na cidade de Fortaleza. É nome de grupo teatral na
cidade de Aracati. Nessa mesma cidade foi criada, por familiares e amigos da
cultura, a Associação Cultural Solar das Clotildes (22/10/2005).
É patrona
da cadeira No. 11 na Academia Tauaense de Letras (05/03/2005). É nome do Centro
de Referência da Mulher em Fortaleza (08/05/2006).
Por
último, a Câmara Municipal de Tauá aprovou projeto de lei que dá nome de
logradouro à ilustre conterrânea.
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