Investigações
duraram três meses, diz Ministério do Trabalho e Emprego.
Renner diz
que irregularidade aconteceu em oficina de fornecedores.
Auditores
fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgataram trabalhadores que
produziam para a Renner e que eram mantidos em condições análogas às de
escravidão, segundo informações divulgadas pelo órgão nesta quinta-feira (27).
Os resgates aconteceram em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Procurada
pelo G1, a Renner informou que as situações de irregularidade apontadas pelo
MTE são relacionadas a uma oficina contradada por dois fornecedores da empresa.
"Todos os fornecedores da Companhia assinam contratos em que se
comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente, bem como um Termo de
Compromisso e Conduta Responsável que proíbe qualquer tipo de violação aos
dispositivos legais", disse a Renner. A empresa diz que foi informada
sobre a fiscalização do MTE no dia 11 de novembro e, na mesma data,
"notificou os fornecedores para regularização imediata da situação
trabalhista dos empregados". A empresa afirma ainda que a ocifina
fiscalizada fica em São Paulo, e não possui unidades no Rio Grande do Sul.
Segundo a
Renner, a oficina onde trabalhavam os empregados deu baixa em todas as
carteiras de trabalho, pagou as verbas rescisórias e liberou o FGTS. Em
seguida, foi descredenciada pelos dois fornecedores, que garantiram "a
admissão destes trabalhadores em suas operações, com pagamento das indenizações
trabalhistas fixadas pelo MTE". A empresa diz que "está revisando e
aperfeiçoando o processo de auditoria e certificação de fornecedores".
Segundo o
MTE, as investigações duraram três meses e foram feitas em conjunto com o
Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União. Os
detalhes sobre a situação dos trabalhadores e os autos de infração aplicados
serão detalhados na sexta-feira (28) em coletiva de imprensa na sede da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), com a
presença de representantes dos órgãos que integram a Força Tarefa.
"Estes
fatos contrariam frontalmente os valores empresariais da Lojas Renner, que
manifesta a sua total indignação com essas ocorrências, uma vez que não aceita
e não tolera nenhuma situação de precarização do ambiente de trabalho de seus
fornecedores. A Companhia se mantém à disposição do Ministério do Trabalho e
Emprego e do Ministério Público do Trabalho", finaliza a empresa em nota.
Fonte:
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/11/ministerio-confirma-trabalho-escravo-na-renner-em-sp-e-no-rs.html
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