A Corte
Constitucional da Colômbia negou nesta quarta-feira (18) a possibilidade de
adoção para casais de pessoas do mesmo sexo, mas manteve a opção de permiti-la
quando a criança é filho biológico de um dos dois.
"Os
casais do mesmo sexo só podem adotar quando a solicitação recaia sobre o filho
biológico de seu companheiro ou companheira permanente", esclareceu o
tribunal através do Twitter.
A decisão do
tribunal foi imediatamente questionada pelos grupos de defesa dos direitos dos
homossexuais.
"Estamos
unidos e somos mais fortes. O país revelou seus preconceitos e se colocou como
um obstáculo para a igualdade. Podem atrasá-la, mas é imparável!",
escreveu no Twitter Angélica Lozano, deputada do Partido Verde e militante da
causa gay.
Por sua vez,
Mauricio Albarracín, diretor-executivo da ONG Colômbia Diversa, que defende os
direitos de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (LGTB), preferiu comentar
o lado positivo da decisão.
Albarracín
destacou no Twitter que a Corte Constitucional aprovou a "adoção
consentida de casais do mesmo sexo quando se trata de filho/a
biológico/a".
A comunidade
LGTBI acreditava em uma decisão favorável da Corte e tinha como antecedente o
sinal verde que o tribunal deu em agosto de 2014 para a adoção de uma menina
por parte de uma mulher que é casada com a mãe biológica.
Além disso,
a Corte já autorizou o direito dos homossexuais à adoção de crianças, mas de
forma individual.
Antes da
decisão, o presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, monsenhor Luis
Augusto Castro, tinha afirmado que "se pode fazer experiências com ratos,
mas não com crianças", ao defender que a Igreja se opõe à adoção de
menores por parte de casais do mesmo sexo.
Na América
Latina, países como Argentina e Uruguai já contam com legislação que permite a
adoção de menores por casais homossexuais, enquanto no Brasil, no Chile e no
Peru algumas iniciativas nesse sentido foram apresentadas, mas não obtiveram
consenso.
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/corte-constitucional-da-colombia-rejeita-adocao-para-casais-de-homossexuais-19022015
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