A segunda
ocupação da Câmara Municipal de Belo Horizonte em menos de um mês completa hoje
cinco dias com um manifestante em greve de fome e há três dias sem receber
assistência médica.
Participantes
dizem que o objetivo da manifestação é pressionar pela liberação de informações
sobre os custos do transporte público na capital mineira. O rapaz em greve de
fome, que se identifica como Jesus, passa o tempo sentado e deitado no chão da
galeria do plenário do Legislativo municipal.
Manifestantes
dizem que ele tem tido febre. Chegou a desmaiar na sexta-feira e foi atendido
por um médico da própria Câmara. De cabelos longos e barba, Jesus diz que
encerra a greve se o presidente interino da Casa, vereador Wellington Magalhães
(PTN), assinar a ata da reunião que manteve com manifestantes na sexta-feira.
O vereador
se recusou a rubricar o documento. Antes dessa reunião, contudo, a greve de
fome já havia sido anunciada por dois manifestantes. Ana Silva, porém,
sentiu-se mal por duas vezes e voltou a se alimentar ontem. O Samu foi chamado.
A mulher
disse ter ficado 50 horas sem comer. A ocupação contava com cerca de 50 pessoas
na tarde de ontem e alternava momentos com mais e menos manifestantes. Na
ocupação anterior, que durou nove dias no começo de julho, cerca de 200
participantes deixaram o prédio no dia 7 de julho após uma comissão ter se
reunido com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e conseguido a redução da passagem
de ônibus em R$ 0,15: baixou de R$ 2,80 para R$ 2,65.
Os
manifestantes querem que a Prefeitura apresente sua prestação de contas de
2012, promova audiência pública prévia à elaboração do plano anual de metas,
segundo prevê a Lei Orgânica municipal, e abra as planilhas do transporte
coletivo para que os manifestantes possam fazer uma auditoria paralela nos
dados sobre as tarifas. (das agências)
Fonte: O
Povo
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