Ainda não
está clara a origem do coronavírus que causa a Síndrome Respiratória do Oriente
Médio (MERS, na sigla em inglês), informou a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO) nesta sexta-feira (9). Laboratórios devem
aprofundar suas pesquisas para descobrir se o vírus vem de algum animal ou
outro organismo.
“Não temos
informações suficientes para identificar com certeza a origem do vírus.
Confirmar a origem e os mecanismos de transmissão e propagação é a chave para o
desenvolvimento de formas de redução dos riscos colocados por este vírus aos
seres humanos”, disse o diretor de veterinária da FAO, Juan Lubroth.
Coronavírus
é uma família de vírus que afetam principalmente aves e mamíferos. Alguns deles
podem causar doenças leves em seres humanos, porém outros são responsáveis por
doenças mais prejudiciais, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave. O
coronavírus em questão provoca uma doença respiratória aguda em seres humanos,
porém ainda não se sabe como ele reage em animais.
A FAO
ressaltou que ainda é necessária uma investigação mais aprofundada para saber
qual é o papel dos animais na propagação do vírus. A declaração da agência da
ONU foi dada depois de um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde
Pública e Meio Ambiente da Holanda encontrar anticorpos para o coronavírus MERS
em amostras de sangue de camelos.
“Estes
resultados indicam que anticorpos do vírus MERS, ou um coronavírus similar,
ocorre em alguns camelos e potencialmente em outras espécies”, disse a FAO. “No
entanto, a única maneira de saber com certeza se o vírus que afeta os seres
humanos é o mesmo vírus que está afetando os camelos é isolá-lo nas diferentes
espécies e compará-los geneticamente”, explicou.
A agência
está monitorando a situação e pediu aos países que invistam em esforços para
entender melhor as fontes e mecanismos de transmissão. A FAO se colocou à
disposição dos governos para auxiliar nessas ações.
Fonte: ONU
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