Motoristas e
cobradores da empresa vão se reunir às 7h30 de hoje para decidir futuro do
movimento, o que deve tumultuar a vida dos 300 mil passageiros prejudicados
pela paralisação
A
segunda-feira começa complicada para moradores de nove regiões administrativas
do Distrito Federal que dependem do transporte público. Rodoviários da Viação
Pioneira continuam parados por falta de pagamento de salários e do
tíquete-alimentação. Os 640 ônibus da empresa, responsáveis pela Bacia 2, não
devem sair às ruas pelo menos até o início da manhã de hoje, quando motoristas
e cobradores se reúnem para discutir o andamento da paralisação que começou na
madrugada de sexta-feira. O encontro acontece na garagem da empresa em Santa
Maria no quarto dia de interrupção dos trabalhos. A Pioneira também é
responsável por operar o Expresso-DF, que liga Santa Maria e Gama ao Plano
Piloto. A greve prejudica 300 mil pessoas.
Na
Rodoviária, baias reservadas aos ônibus da empresa vem sendo ocupadas por vans
irregulares, ônibus piratas e coletivos escolares. Na tarde de ontem o
transporte ilegal operava livremente no terminal sem nenhuma fiscalização. Os
valores variavam entre R$ 3 e R$ 5. Os corredores do Expresso-DF vazios
anunciavam a dificuldade de usuários do sistema.
Moradora de
São Sebastião, a cabeleireira Fernanda Pereira da Silva, 32 anos, tentava
voltar para casa com o filho Yarlo Pereira Lima, 3, depois de um passeio à casa
de uma amiga, no Cruzeiro. Com malas, bolsas e objetos pessoais, ela se
indignou: “Falta respeito com a população. O governo precisa cumprir o repasse
dos valores para as empresas e elas têm de pagar os funcionários. Essas
constantes paralisações atrapalham a nossa vida. O jeito vai ser embarcar em um
pirata. Eles (motoristas de vans e carros) se aproveitam da situação e cobram
valores que são um roubo”, lamentou.
Em nota, a
Secretaria de Mobilidade do DF e o Transporte Urbano do DF (DFTrans) informaram
que passou o fim de semana em contato com a empresa e o Sindicato dos
Rodoviários do DF comp intuito de mediar uma solução; no entanto, não houve
avanços. “A parte que cabe ao governo, que é o repasse de recursos para
garantir os salários, foi feita. A Secretaria de Mobilidade e o DFTrans
garantem que não vão privilegiar nenhuma empresa”, informa o documento.
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/03/09/interna_cidadesdf,474513/greve-da-pioneira-continua-e-complica-segunda-feira-de-brasilienses.shtmlEntenda
Rodoviários
entram em greve no DF e deixam 500 mil pessoas sem ônibus
Ação afeta
pelo menos 13 regiões administrativas e 2 mil funcionários.
Paralisação
é de duas empresas; DFTrans afirma que fez os repasses.
Rodoviários
de duas empresas decidiram cruzar os braços e deixaram pelo menos 13 regiões
administrativas do Distrito Federal sem ônibus na manhã desta sexta-feira (6).
De acordo com o sindicato da categoria, a Marechal e a Pioneira deixaram de
repassar os salários e o tíquete-alimentação, deixando 500 mil pessoas sem o
serviço. O diretor do DFTrans, Clóvis Barbará, declarou que todas as
organizações receberam em dia.
Por
telefone, a Marechal, responsável por 464 veículos, disse que informou ao
sindicato que faria o pagamento às 10h desta sexta. A empresa disse que o
repasse do governo foi feito no final da tarde, atrapalhando o pagamento.
Barbará afirma que houve problemas com o sistema bancário.
Já a
Pioneira, dona de 625 ônibus, disse que recebeu o repasse, mas não em quantia
suficiente para quitar os salários dos funcionários. "Vale lembrar que
ainda não são cobradas passagens dos usuários do BRT desde o início da
operação, o que causa um déficit ainda maior. A empresa enviou ao banco a folha
de pagamento e aguarda o repasse do governo para efetuar o pagamento dos
rodoviários", disse em nota. O DFTrans declarou que o valor é suficiente e
que as dívidas são de contratos irregulares feitos no último ano.
Com a greve,
2 mil rodoviários foram prejudicados e deixaram de circular em Ceilândia,
Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Samambaia, Recanto das Emas, Gama,
Santa Maria, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Varjão e Park Way. Motoristas têm
salário-base de R$ 1.928 e cobradores, de R$ 1.008. O valor do
tíquete-alimentação é o mesmo: R$ 417.
Os
funcionários se reuniram na garagem do P Sul para protestar. Diretor de
imprensa do sindicato, João Jesus de Oliveira disse passou a quinta-feira
tentando negociar com as empresas. “Já está virando uma moda isso de o
pagamento não entrar no quinto dia útil do mês”, afirma. “As empresas dizem que
dependem do repasse do DFTrans para quitar a folha e que aguarda os recursos.”
O
sindicalista também afirmou que não há prazo para o fim da paralisação. “Hoje é
sexta-feira. Pelo menos a Marechal informou que a partir das 10h estará fazendo
esse pagamento. Ela já passou o tíquete, mas não conseguiu pagar a folha. A
Pioneira não tem previsão. Vamos ver durante o dia de hoje”, concluiu.
O motorista
da Marechal Manoel Bandeira de Almeida disse considerar a empresa, na qual
trabalha há um ano, boa para o trabalhador, mas critica os problemas com
pagamentos. Ele mora com a mulher e os três filhos em Ceilândia e é a única
pessoa em casa a ter renda.
“É ruim,
porque a gente tem obrigação de pagar as contas da gente, água, luz e aluguel,
e a cobrança não espera”, declarou à reportagem. “Se não fizerem o pagamento
até as 16h, só poderá ser na segunda-feira. A gente não volta antes.”
Passageiros
relataram que as paradas de ônibus estavam lotadas. Com preços mais caros e
oferecendo menor segurança, o transporte pirata foi a opção para muitos deles.
O trânsito ficou congestionado em vários pontos da cidade.
Um motorista
afirmou ao G1 que ficou mais de 35 minutos esperando por um ônibus para a Asa
Norte, sem sucesso. Nem mesmo os veículos com destino à Rodoviária do Plano
Piloto circularam no período em que ele ficou na parada do Taguacenter.
Bacias de
transporte público
O sistema de
transporte público do DF foi dividido em cinco bacias. A primeira delas é de
responsabilidade da Viação Piracicabana e atende o Plano Piloto, Sobradinho,
Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e
Fercal.
A bacia 2
cabe à Piracicabana e atende Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião,
Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e parte do Park Way. A bacia
3 atende Núcleo Bandeirante, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e
Riacho Fundo II.
A bacia 4 é de responsabilidade da Marechal e
atende parte de Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte do Park Way.
A bacia 5 é responsável por Brazlândia, Ceilândia, SIA, SCIA, Vicente Pires e
parte de Taguatinga.
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/03/rodoviarios-entram-em-greve-no-df-e-deixam-500-mil-pessoas-sem-onibus.html
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