CANELA, RS
(Notícias da OIT) - A crise econômica mundial afeta o emprego e o trabalho
decente. A afirmação é do Diretor
Adjunto da OIT no Brasil, Stanley Gacek. Ele proferiu a palestra magna de
abertura do 25º. Encontro Nacional dos SENALBAS, na noite de quarta-feira, 19,
nesta cidade, na Serra Gaúcha. O evento reúne dirigentes dos Sindicatos dos
Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de
Orientação e Formação Profissional de todo o país.
Gacek disse que, neste contexto, mais do que
nunca, a Organização Internacional do
Trabalho tem um papel imprescindível para recuperar o desenvolvimento em uma
economia sustentável. “A OIT e o movimento
sindical devem estar na mesa da governança global, não apenas como convidados,
mas como atores e participantes ativos para promover a recuperação da economia”,
afirmou.
O Diretor
Adjunto da OIT lembrou que o conceito de trabalho decente foi formalizado em
1999. Ele sintetiza a missão histórica da Organização de promover oportunidades
para que homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade em
condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas. O Brasil
assumiu o compromisso com a Agenda Nacional de Trabalho Decente em 2006 e essa
ação foi seguida por vários Estados. “O país foi pioneiro no enraizamento do trabalho decente”, disse
Gacek, lembrando a realização da I
Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, em agosto último.
Alguns dados
comprovam esta realidade. Entre 2003 e
2009, 30 milhões de pessoas saíram da pobreza. Nos últimos 9 anos foram gerados mais de 17 milhões de empregos no país.
Outro fator importante é que o rendimento
médio do salário mínimo real dos trabalhadores cresceu 53,7% no mesmo período.
“Isto revela um compromisso do país com o trabalho decente”.
Segundo ele,
o fortalecimento das organizações
sindicais vai contribuir com o desenvolvimento econômico. “Mais negociação coletiva e maior crescimento
da massa salarial representam uma via para ampliar o crescimento econômico com
distribuição de renda”. O Diretor da OIT explicou que as instâncias
legislativas dos países membros da OIT devem aprovar medidas protetivas ao
movimento sindical, sanções contra atos de discriminação e contra a ingerência
do Estado ou de empresas na organização sindical. “A proteção tem de atingir não apenas as lideranças sindicais, mas também
os trabalhadores que estão buscando organizar seus sindicatos”,
Na abertura do Encontro Nacional, o Presidente
do SENALBA/RS, Antônio Johann, afirmou que os sindicatos precisam estar
preparados e qualificados para participar e intervir nas políticas públicas e
nos espaços de discussão e deliberação dos programas de desenvolvimento
econômico e social. Antônio Johann acrescentou que o sindicato é um agente com
responsabilidade social. Por isso, não faz apenas a defesa dos interesses da
categoria, nas questões salariais e demais direitos, mas atua na promoção da
dignidade do trabalho.
Com
informações do SENALBA/RS
Fonte: OIT
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