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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Crise afeta emprego e trabalho decente


CANELA, RS (Notícias da OIT) - A crise econômica mundial afeta o emprego e o trabalho decente. A afirmação é do Diretor Adjunto da OIT no Brasil, Stanley Gacek. Ele proferiu a palestra magna de abertura do 25º. Encontro Nacional dos SENALBAS, na noite de quarta-feira, 19, nesta cidade, na Serra Gaúcha. O evento reúne dirigentes dos Sindicatos dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de todo o país.

 Gacek disse que, neste contexto, mais do que nunca, a Organização Internacional do Trabalho tem um papel imprescindível para recuperar o desenvolvimento em uma economia sustentável. “A OIT e o movimento sindical devem estar na mesa da governança global, não apenas como convidados, mas como atores e participantes ativos para promover a recuperação da economia”, afirmou.
O Diretor Adjunto da OIT lembrou que o conceito de trabalho decente foi formalizado em 1999. Ele sintetiza a missão histórica da Organização de promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas.  O Brasil assumiu o compromisso com a Agenda Nacional de Trabalho Decente em 2006 e essa ação foi seguida por vários Estados. “O país foi pioneiro no enraizamento do trabalho decente”, disse Gacek, lembrando a realização da I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, em agosto último.
Alguns dados comprovam esta realidade. Entre 2003 e 2009, 30 milhões de pessoas saíram da pobreza. Nos últimos 9 anos foram gerados mais de 17 milhões de empregos no país. Outro fator importante é que o rendimento médio do salário mínimo real dos trabalhadores cresceu 53,7% no mesmo período. “Isto revela um compromisso do país com o trabalho decente”. 
Segundo ele, o fortalecimento das organizações sindicais vai contribuir com o desenvolvimento econômico. “Mais negociação coletiva e maior crescimento da massa salarial representam uma via para ampliar o crescimento econômico com distribuição de renda”. O Diretor da OIT explicou que as instâncias legislativas dos países membros da OIT devem aprovar medidas protetivas ao movimento sindical, sanções contra atos de discriminação e contra a ingerência do Estado ou de empresas na organização sindical. “A proteção tem de atingir não apenas as lideranças sindicais, mas também os trabalhadores que estão buscando organizar seus sindicatos”,
 Na abertura do Encontro Nacional, o Presidente do SENALBA/RS, Antônio Johann, afirmou que os sindicatos precisam estar preparados e qualificados para participar e intervir nas políticas públicas e nos espaços de discussão e deliberação dos programas de desenvolvimento econômico e social. Antônio Johann acrescentou que o sindicato é um agente com responsabilidade social. Por isso, não faz apenas a defesa dos interesses da categoria, nas questões salariais e demais direitos, mas atua na promoção da dignidade do trabalho.
Com informações do SENALBA/RS
Fonte: OIT

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