A situação
dos trabalhadores e das trabalhadoras da Sociedade de Assistência a Maternidade
Escola Assis Chateaubriand (Sameac), ameaçados de demissão após edição da
Portaria 208/2015 do Ministério da Educação (MEC), foi debatida em audiência pública realizada
na tarde desta terça-feira (27/05) na Assembleia Legislativa. A portaria do MEC
impõe o fim dos contratos de trabalho firmados com os integrantes das Fundações
de Apoio que prestam serviços em atividade permanente aos Hospitais
Universitários das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
A audiência
foi promovida pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e
atendeu a solicitação dos deputados Renato Roseno (Psol) e Augusta Brito
(PCdoB).
De acordo
com Renato Roseno, a ideia da audiência é estudar alternativas possíveis para
que seja respeitado o direito dos trabalhadores. “A questão não é de colocar
trabalhadores contra trabalhadores, mas a defesa pelo direito ao trabalho, como
um direto humano para todos”, destacou.
O parlamentar
explicou que mais de 60% dos trabalhares da Sameac está em vias de
aposentadorias. Segundo o deputado, é preciso ter sensibilidade antes demitir
pessoas que dedicaram uma vida inteira ao Hospital Universitário Walter
Cantídio (HUWC) e à Maternidade Escola.
A presidente
da Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Sameac),
Maria Heleni Lima, lembrou que a instituição Sameac existe há mais de 50 anos e
foi responsável pela construção da Maternidade Escola. Segundo ela, ouve um
acordo de gestão para a instituição gerir a maternidade e logo depois o
hospital Walter Cantídio. “Havia um acordo, mas, em 2014, ouve um concurso e
foi criada uma lei para gerir os hospitais universitários no Brasil, daí o
impasse começou. Com esse concurso, é para ser rescindido o contrato de gestão
com a Sameac, onde existem mais de 700 funcionários”, explicou.
Ainda
segundo a presidente, mais de 70% dos trabalhadores que tem a possibilidade de
serem demitidos tem idade para se aposentar em até cinco anos. Ela afirmou que
o único contrato da Sameac hoje é com a UFC.
Trabalhando
há mais de 27 anos como funcionária da Sameac, a funcionária Valuzia Guedes,
que também é representante do Movimento em Defesa dos Trabalhadores da Sameac,
se emocionou ao explicar a situação dos trabalhadores. Segunda ela, os
funcionários que dedicaram suas vidas à saúde do estado não podem ser tratados
como estranhos.
Já o
advogado do Movimento em Defesa dos Trabalhadores da Sameac, Clovis Renato,
enfatizou que, juridicamente, esses trabalhadores possuem os seus direitos.
“Não se pode tratar como terceirização pessoas com mais de 51 anos no mesmo
contrato”, argumentou.
A deputada
Dra. Silvana (PMDB) participou das discussões e manifestou apoio ao
movimento. Também esteve presente ao
debate o superintendente dos Hospitais Universitários da UFC, Luciano Bezerra;
a representante do Conselho Regional de Fisioterapia, Cristhina Oliveira; a
coordenadora do SindSaúde do Ceará, Marta Brandão; o presidente da Central
Única dos Trabalhadores do Brasil (CTB/CE), Luciano Simplício; o representante
da CUT/CE, Roberto Luque; a promotora de Saúde Isabel Porto, dentre outros.
DF/CG
Fonte: http://www.al.ce.gov.br/index.php/destaques-do-site/item/41050-2605_df_semeac
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Um comentário:
Dora Reis: Estou gostando muito. O movimento cresceu e está organizado. Deus está levando a patamares maiores, tirando e acrescentando o que for necessário. Deus analisa a causa e a motivação do coração para dar a vitória que vem Dele. Força, ousadia, humildade.
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