Servidores
da rede de ensino de Goiânia estão em greve desde 26 de maio.
Eles
afirmam que corte de ponto dos grevistas pesou na continuidade do ato.
Professores
e servidores administrativos da rede municipal de ensino de Goiânia decidiram
em assembleia, na tarde desta terça-feira (1º), manter a greve e a ocupação do
plenário da Câmara de Vereadores. Segundo o Sindicato Municipal dos Servidores
da Educação de Goiânia (Simsed), o ato continuará até que a prefeitura atenda
às reivindicações da categoria.
Ao G1, o
diretor jurídico do sindicato, Antônio Gonçalves Rocha Júnior, informou que o
corte de ponto dos servidores grevistas pesou na decisão da categoria, que está
em greve desde 26 de maio. “Tem colega que recebia cerca de R$ 800 e recebeu R$
360 esse mês. Com esse dinheiro, ela tem que cuidar das três filhas e pagar o aluguel
da casa que mora. Isso nunca havia acontecido. Não precisamos repor as aulas já
que tivemos o ponto cortado, o que vai causar prejuízo para os alunos”,
afirmou.
A
Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que a administração municipal
"se dispôs a efetuar o pagamento regular desde que ocorra o cumprimento da
decisão judicial de suspensão imediata da greve, bem como o compromisso por
parte dos trabalhadores paralisados de reposição integral dos dias letivos não
cumpridos". O órgão alega ainda que a prefeitura protocolou, na Câmara
Municipal, projetos de lei que atendem pontos negociados com os grevistas.
O diretor
jurídico afirmou que uma nova reunião com representantes da prefeitura está
marcada para a tarde de quarta-feira (2) no Ministério Público Estadual
(MP-GO). O objetivo, segundo o sindicato, é tentar chegar a um acordo.
Greve
A greve
dos servidores e professores da rede municipal de educação começou no dia 26 de
maio. No último dia 26 de junho, o sindicato apresentou à administração municipal
uma proposta reduzida de reivindicações.
O
documento pede que a prefeitura de posicione sobre quatro pontos: o pagamento
da data-base, o pagamento retroativo do aumento salarial dos professores, o
enquadramento de auxiliares de atividades educativas como professores, e não
funcionários administrativos, e o pagamento da titularidade dos professores. A
SME informou que todos esses pontos já foram discutidos com os grevistas, mas
que mesmo assim, existe dificuldade nas negociações.
Ocupação
da Câmara
O grupo
invadiu a Câmara Municipal após os vereadores rejeitaram a votação de um pedido
de impeachment contra o prefeito Paulo Garcia (PT), no dia 10 de junho.
A Justiça
havia determinado no dia 12 de junho a reintegração de posse do plenário. Os
professores não deixaram o local no prazo estipulado pelo Comitê de
Gerenciamento de Crise da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO),
que vencia em 24 de junho.
Como os
grevistas não deixaram a Casa, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia,
vereador Clécio Alves (PMDB), solicitou à Justiça, no dia 25 de junho, a
suspensão da ordem de reintegração de posse do plenário. Segundo o parlamentar,
o objetivo era evitar violência e tentar uma negociação pacífica.
O pedido
de suspensão foi acatado pela SSP-GO após uma reunião entre os vereadores e o
Comitê de Gestão de Crise. Segundo Clécio Alves, uma comissão de parlamentares
será criada para intermediar as negociações entre grevistas e prefeitura. O
trabalho do legislativo entrou em recesso no dia 26 e só será retomado em
agosto.
Fonte:
http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/07/em-assembleia-professores-decidem-manter-greve-e-ocupacao-da-camara.html
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