“Não sou operária,
e mesmo que fosse não poderia fazer parte da Liga, pois desgraçadamente as
mulheres são excluídas dela; mas sempre fui e permaneci simpatizante do
movimento operário, sempre que este represente, como no caso, o início de uma
luta civil que os operários combatem no mundo inteiro pelo direito à
existência.
[...]
Para
conseguir isso, convém que cada indivíduo compreenda o alvo comum da
organização e ponha de lado o seu interesse particular. Valha o exemplo de
Mártires hoje comemorados, que deram a sua vida em holocausto para fazer
compreender a sua ideia de justiça social e morreram alegres, sabendo que foram
compreendidos, certos de que a sua morte deixava deles uma lembrança indelével
no coração do povo do mundo inteiro.
[...]
Aqui,
porém, não se trata de morrer, mas de comer e viver melhor!
[...]
Essa plebe
faz tudo, produz tudo e nada aproveita, e não tem pão nem teto.
[...]
Os que
produzem tudo se prejudicam ainda uns aos outros, porque não sabem que se
estivessem de acordo estariam melhor. Eles não sabem que a força da organização
será a alavanca poderosa que os há de conduzir ao nível dos que os mantêm
submetidos.
Que a
organização operária caldense possa crescer, desenvolver-se, ser o início de
uma futura grande Liga de Educação Operária, para a obtenção das legítimas
finalidades que se propõe.
Viva o
povo trabalhador. Viva a Liga Operária Internacional.”
(Texto
extraído do caderno de Teresina – Teresa Maria Carini Rocchi. In: CANDIDO,
Antonio. Teresina e seus amigos. 2.
ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996. p. 34-35)
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