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domingo, 19 de janeiro de 2014

Convém que cada indivíduo compreenda o alvo comum da organização e ponha de lado o seu interesse particular (Teresa Rocchi)

“Não sou operária, e mesmo que fosse não poderia fazer parte da Liga, pois desgraçadamente as mulheres são excluídas dela; mas sempre fui e permaneci simpatizante do movimento operário, sempre que este represente, como no caso, o início de uma luta civil que os operários combatem no mundo inteiro pelo direito à existência.
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Para conseguir isso, convém que cada indivíduo compreenda o alvo comum da organização e ponha de lado o seu interesse particular. Valha o exemplo de Mártires hoje comemorados, que deram a sua vida em holocausto para fazer compreender a sua ideia de justiça social e morreram alegres, sabendo que foram compreendidos, certos de que a sua morte deixava deles uma lembrança indelével no coração do povo do mundo inteiro.
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Aqui, porém, não se trata de morrer, mas de comer e viver melhor!
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Essa plebe faz tudo, produz tudo e nada aproveita, e não tem pão nem teto.
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Os que produzem tudo se prejudicam ainda uns aos outros, porque não sabem que se estivessem de acordo estariam melhor. Eles não sabem que a força da organização será a alavanca poderosa que os há de conduzir ao nível dos que os mantêm submetidos.
Que a organização operária caldense possa crescer, desenvolver-se, ser o início de uma futura grande Liga de Educação Operária, para a obtenção das legítimas finalidades que se propõe.
Viva o povo trabalhador. Viva a Liga Operária Internacional.”


(Texto extraído do caderno de Teresina – Teresa Maria Carini Rocchi. In: CANDIDO, Antonio. Teresina e seus amigos. 2. ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996. p. 34-35)

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