Neste 5 de junho, data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o
Tribunal Superior do Trabalho convida empregados e empregadores a colaborarem
para que as atividades profissionais se tornem cada dia mais sustentáveis e
ambientalmente corretas. "Já
evoluímos muito em nossas relações de trabalho e em como o trabalho impacta a
vida de cada um e a sociedade em geral. Mas ainda precisamos avançar no sentido de diminuir os impactos ambientais
de nossas atividades", propõe o presidente do TST, ministro Carlos
Alberto Reis de Paula.
No TST, as preocupações ambientais têm se traduzido em
medidas concretas que buscam o convívio mais harmônico com a natureza. O
Tribunal desenvolve um programa de gestão ambiental que inclui treinamento de
servidores, compras sustentáveis, coleta seletiva de resíduos e metas de
economia de energia e água. Além disso, a Justiça do Trabalho substitui
gradativamente os processos em papel pelo processo judicial eletrônico
(PJe-JT), totalmente virtual.
"O impacto da implementação do PJe-JT é fantástico
em termos de sustentabilidade", avalia Reis de Paula. Quando a totalidade dos processos em papel for
substituída pelo PJe-JT, a Justiça do Trabalho deixará de consumir 5,6 mil
toneladas de papel por ano – o equivalente a 112 mil árvores, ou uma área de
floresta equivalente a 100 campos de futebol que deixará de ser cortada todos os anos.
A economia de água
também é expressiva, já que a fabricação de papel usa grande quantidade desse
recurso. Estima-se que para produzir um único quilo de papel sejam necessários
cerca de 540 litros de água. Para fabricar as 5,6 mil toneladas de papel usadas
a cada ano nos processos, são necessário quase 3 milhões de metros cúbicos de
água – o suficiente para abastecer uma cidade de 40 mil pessoas ao longo de um
ano.
Compras sustentáveis são outra maneira de organizações
públicas e privadas tornarem suas atividades mais "verdes". O TST é
pioneiro na implementação e tem feito parcerias para ampliar essa prática.
Recentemente, o Tribunal assinou convênio com a Advocacia Geral da União para
promover ações conjuntas de capacitação de servidores para atuarem nessa área.
"Só conseguiremos tornar sustentáveis as contratações no Brasil se as
ações não forem isoladas e esparsas, e com o fortalecimento das
parcerias", avalia o presidente do TST.
No âmbito da Justiça do Trabalho, a incorporação da
dimensão ambiental em compras e contratações se consolidou com o lançamento, em
2012, do Guia Prático para inclusão de critérios de sustentabilidade nas
contratações de bens e serviços no âmbito da Justiça do Trabalho de 1º e 2º
graus.
O guia traz as diretrizes que devem ser observadas. Entre
elas, a determinação para que se dê preferência a produtos de baixo impacto
ambiental, que sejam reciclados ou recicláveis. Também deve ser dada
preferência para bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis
com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis. Preferência,
ainda, para a aquisição de produtos e equipamentos duráveis, reparáveis e que
possam ser aperfeiçoados.
O guia orienta para a adoção de procedimentos racionais
na tomada de decisão quanto ao consumo, observando-se sempre a necessidade,
oportunidade e economicidade dos produtos a serem adquiridos.
"A maior riqueza de nosso país são nossos recursos
naturais", lembra o ministro Reis de Paula. "Sem eles, não há
trabalho e não há futuro. Por isso, devemos pensar na Natureza em primeiro
lugar", completa.
(Mauro Burlamaqui e Warner Bento Filho)
Fonte: TST
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