RUPTURA JÁ!
MENSAGEM DO CRÍTICA RADICAL AOS MOVIMENTOS SOCIAIS EM LUTA
MENSAGEM DO
CRÍTICA RADICAL
Estamos diante de
pavorosas distorções sociais, ecológicas, humanas, etc.
Essas distorções decorrem
da crise atual que atingiu o núcleo fundamental do capitalismo. Trata-se da crise da fronteira histórica do
moderno sistema fetichista patriarcal produtor de mercadorias. Uma crise que se
não for debelada juntamente com seu sistema devastará a humanidade e o planeta.
O mais surpreendente e o
mais preocupante de tudo isso é que quanto mais distorções aparecem, mais os
seres humanos se agarram, com toda a força, às condições de vida capitalistas.
E aí estamos diante de uma
questão paradoxal. Pois, a crise das categorias do sistema irrompe num momento
em que as condições de vida capitalista estão desaparecendo. Com isso o
capitalismo finalmente exibe sua essência. Ele veio para valorizar o valor,
valorizar o dinheiro. Quando isso dá, certo aparece “progresso”,
“desenvolvimento”, um “certo bem estar”. Quando não dá, instala-se o mal estar
da vida submetida ao fetichismo da mercadoria.
Portanto, a crise atual,
ao atingir o próprio núcleo do sistema, mostra seu limite interno da lógica da
valorização do dinheiro e limite externo ecológico do planeta. Deparamo-nos,
então, com a natureza em ruínas e com o esgotamento do tempo histórico do
estado, mercado, trabalho, mercadoria, valor, dinheiro, dissociação sexual,
política, economia… A produção determinada pela lógica da valorização do
dinheiro caminha para sua paralisação total. Isso vem provocando um recuo da
civilização e ameaça lançar a humanidade na idade das trevas.
Portanto, a humanidade e o
planeta estão diante da desagregação do modo de produção e de vida
capitalistas. As consequências para as lutas sociais são imensas. Elas não
podem mais ficar circunscritas à imanência do sistema, ou seja, permanecerem
sob a forma capitalista. Pois, assim, correm o risco de se colocarem como
linhas auxiliares do governo na administração da barbárie e colaboradoras da
ideia arcaica de modernização do capitalismo.
Agora, as reinvindicações
terão que estar fundamentadas numa reivindicação especial: a reivindicação da
vida emancipada do capitalismo. Finalmente, não temos mais que cantar as
mercadorias e suas paixões, mas o ser humano e sua emancipação. A
transcendência ao capitalismo deve entrar na ordem do dia.
Por isso, ao lado da nossa
solidariedade efetiva às lutas reivindicatórias do conjunto dos movimentos
sociais, alertamos para a necessidade urgente de uma nova teoria e prática que
apontem a perspectiva emancipatória.
Há anos detectamos a
natureza da crise e temos insistido na sua superação. Faz tempo que temos
repetido que não há relação causal entre crise e crítica. A crise é
objetivamente determinada. A emancipação não é. Tem que ser conscientemente
construída. Mas essa crise surgiu e seu limite está à mostra. Se aspiramos à
ultrapassagem das relações patriarcais capitalistas temos que lutar para a
construção e atuação do antissujeito na crítica emancipatória no Brasil e no
mundo. Esse é o objetivo maior do Programa Crítica Radical, que estamos
iniciando na Rádio FM Benfica. É também a finalidade do encontro RUPTURA JÁ!
para o qual estamos convidando todos(as) vocês para enfrentarmos e superarmos
os desafios da humanidade e do planeta.
A ruptura com base na
crítica radical da crise nos permitirá construir uma nova sociedade. O que
nunca foi feito começa agora!
Nos nossos encontros na
Rádio FM Benfica 87,9 – inicialmente das 11h às 13h – queremos aprofundar esses
desafios com você!
Um abraço
Crítica
Radical
RUPTURA E
EMANCIPAÇÃO JÁ!
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