Paralisação
dos professores do PR foi decidida em assembleia sábado (7).
Segundo o
governo, 950 mil alunos devem ser prejudicados pela greve.
Os
professores da rede estadual de ensino do Paraná deram início à greve e
paralisaram as atividades nesta segunda-feira (9). Esta era a data para a qual
estava previsto o início das aulas em todo o estado, porém, a decisão da categoria
tomada em Assembleia realizada no sábado (7) em Guarapuava adiou o retorno.
Segundo o
Governo do Paraná, 950 mil alunos da
rede estadual de ensino devem ser prejudicados pela greve. Ao todo, as 2,1 mil
escolas estaduais empregam cerca de 70 mil professores. Os telefones de
todas as instituições de ensino estão disponíveis no site da Secretaria da
Educação do Paraná caso os pais queiram tirar dúvidas.
“A greve
geral é consequência da
irresponsabilidade do Governo do Paraná, que atacou direitos pelos quais
lutamos décadas para conquistar” afirma o presidente Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (App), Hermes Leão.
A categoria
prevê atos e protestos para esta segunda-feira em Curitiba.
Motivos que
levaram à greve
O sindicato
listou uma série motivos que levaram os professores a optar pela greve a partir
de segunda-feira. Veja abaixo quais são:
- 29 mil professores PSS (contratados
temporários) com atrasos de pagamento, sem acertos da rescisão, dispensados no
final de janeiro;
- 10 mil funcionários de escola afastados com
a promessa de corte de 30% do efetivo. De acordo com o sindicato, as
escolas do Paraná carecem de mais funcionários para atender adequadamente os
estudantes;
- Não pagamento de 1/3 das férias, o que
equivale a cerca de R$ 150 milhões;
- Não pagamento de promoções e progressões de
professores e funcionários durante todo o ano de 2014, direito garantido pelos
Planos de Carreira dos dois segmentos. A dívida já soma 90 milhões;
- Atraso sistemático no repasse de parcelas do
fundo rotativo, utilizado para a manutenção e pequenos reparos nas escolas;
- Atrasos do pagamento de convênios com
escolas, entidades da educação especial, escolas itinerantes da reforma agrária;
- Cancelamento da distribuição de aulas
feitas em dezembro;
- Retomada de portaria antiga sobre o porte de
escola, que reduz horas para direção das escolas, número de pedagogos e
pedagogas, funcionários em número insuficiente para manter as escolas em
condições de atender adequadamente os estudantes;
- Superlotação de alunos em salas de aulas;
- Cancelamento do processo de eleição dos
diretores e diretoras das escolas.
Governo
lamenta
Em nota, a
Secretaria da Educação lamentou a decisão pela greve dos professores e lembrou
que, nos últimos quatro anos, a categoria recebeu 60% de reajuste salarial e a
ampliação de 75% na hora-atividade, dois avanços históricos em vencimentos e
benefícios.
Ainda
segundo o governo, em 2014, os investimentos do Paraná no setor superaram em R$
1,8 bilhão o mínimo constitucional e o Estado aplicou na área 35% do orçamento.
Na
sexta-feira (6), o Secretário de Educação do Paraná, Fernando Xavier Ferreira,
falou sobre os problemas com a falta de professores e funcionários na rede
estadual de ensino em uma entrevista à RPC. Ele havia garantido o reinício das
aulas e orientou os pais a levarem os filhos para as escolas.
Ferreira
assegurou também que não faltará professores nas salas de aula do estado.
Quanto aos demais funcionários, essenciais para o funcionamento de uma
instituição de ensino, o secretário afirmou que os diretores receberão novos
funcionários temporários. Sobre as rescisões atrasadas, o governo estadual que
o pagamento ocorrerá no fim deste mês.
Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/02/professores-da-rede-estadual-entram-em-greve-e-adiam-inicio-das-aulas.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário