Cerca de
três mil empregados aderiram a paralisação nesta sexta-feira (20).
Nova
proposta da montadora pretende atingir 794 funcionários por 2 meses.
Cerca de três
mil trabalhadores da General Motors em São José dos Campos (SP) entraram em greve por tempo indeterminado
na manhã desta sexta-feira (20). A medida é uma reação à proposta feita
pela montadora para suspensão dos
contratos de trabalho para 794 funcionários da unidade.
De acordo
com a entidade, o novo layoff seria
válido por dois meses, mas sem garantia de estabilidade do emprego. Na
última sexta-feira (13), cerca de outros 800
empregados da unidade voltaram às atividades após cinco meses com contratos suspensos.
Pelo acordo feito em agosto do ano passado entre GM e sindicato, estes
operários deverão ter estabilidade pelo
menos até o início do segundo semestre.
A greve
desta sexta-feira foi definida depois de uma assembleia entre os trabalhadores
do primeiro turno da unidade. De acordo com o sindicato, a paralisação acontece dentro da própria fábrica em São José e outras
assembleias devem acontecer ao longo do dia. A expectativa da entidade é que o
movimento receba 100% de adesão.
"Os
trabalhadores rejeitaram a proposta da montadora, pois não tem nenhuma espécie de garantia na volta às atividades. É uma
proposta que busca demissão dos trabalhadores da fábrica. A nossa greve é
preventiva, porque a empresa afirmou que se a proposta (de layoff) não fosse aceita,
haveria demissão", afirmou o secretário-geral Luiz Carlos Prastes,
conhecido como Mancha.
De acordo
com ele, o sindicato tenta uma
intervenção do governo federal, por meio do Ministério do Trabalho, para que
sejam tomadas medidas de garantia dos postos de emprego na unidade.
"Estamos tentando abrir um canal de negociação, pois os problemas
relacionados a demissão também estão acontecendo em outras montadoras",
disse Mancha.
PDV
Além do layoff, a GM também segue com Plano de
Demissão Voluntária aos trabalhadores na unidade de São José até esta
sexta-feira. O PDV foi aberto no dia 2 de fevereiro e deveria ter chegado ao
fim no dia 10. O programa, porém, foi estendido com o objetivo de obter novas
adesões.
Segundo o sindicato e os próprios trabalhadores, a
montadora já teria admitido em reuniões a intenção de demitir cerca de 700
pessoas para ajustar o efetivo na fábrica. Atualmente, a planta conta com cerca
de 5,3 mil empregados para produção dos modelos S10 e Trailblazer.
Outro lado
A GM foi
procurada no início da manhã desta sexta-feira para comentar a greve na unidade
e a nova proposta de layoff e o G1 aguarda um posicionamento da empresa.
Fonte: G1
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