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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Alunos da UEL são recepcionados por servidores em greve

Atividades da universidade deveriam ter início nesta quinta-feira (19).
Centenas de estudantes participaram de uma aula magna na UEL.
As aulas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná, não começaram nesta quinta-feira (19), como estava previsto no calendário acadêmico. Os alunos que compareceram à instituição foram recepcionados pelos servidores que estão em greve. Cerca de 17 mil alunos são prejudicados com a paralisação. Não há previsão de quando o ano letivo deve começar.
Os estudantes assisitiram a uma aula magna no anfiteatro de Ciências Biológicas da universidade. Dois ex-professores da UEL, veteranos em mobilizações universitárias, falaram aos alunos sobre a luta pela democracia e pela educação.
Professores, servidores e alunos mostraram preocupação com o corte de verbas de custeio, que podem comprometer atividades em toda a universidade. “É muito difícil, porque essa verba de custeio paga os serviços terceirizados, como a compra de materiais de limpeza, de escritório, paga-se luz e água. Todas as compras da universidade são feitas com essa verba de custeio. Os fornecedores não têm a menor disposição de entrar em licitações sabendo que não há como receber”, diz a professora Vanerli Beloti.
Os alunos demonstraram apoio à greve dos professores e funcionários. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEL deve votar nos próximos dias a proposta para os alunos também entrarem em greve. “A gente também luta para que esse ‘pacotaço’ não aconteça, porque futuramente vai interferir nas nossas vidas. Futuramente, quero ser professor da universidade, e isso vai interferir na minha carreira, na minha vida. Nós não podemos deixar que aconteçam mais cortes, porque a universidade já está sucateada”, opina o estudante Watson Alexandrino.
Greve continua

Em assembleia realizada nesta quinta-feira, os servidores técnico-administrativos da UEL decidiram manter a greve, que teve início no dia 10 de fevereiro. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel Sindicato), o objetivo é pressionar o governo estadual a desistir do pacote de medidas do governo que corta direitos dos servidores públicos do Paraná.
O sindicato afirma ainda que o corte de verbas da universidade vai atingir também a comunidade externa. “Com o corte de custeio, não haverá medicação para aplicar nos pacientes, não vai ter soro e vai faltar até sabão para dar banho nos pacientes. A comunidade como um todo vai sofrer com os cortes que o governo vem aplicando. As medidas não atingem apenas os servidores, mas também a todo usuário da universidade e do Hospital Universitário”, diz o diretor da Assuel Sindicato, Adão Brasilino.
Já os professores da UEL realizam uma assembleia na tarde desta quinta-feira para avaliar o movimento de greve. Os docentes deflagraram greve no dia 12 de fevereiro.
Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), a greve é em protesto contra o governador Beto Richa (PSDB) e o pacote de medidas do governo que corta direitos dos servidores públicos do Paraná, além de atingir a autonomia das universidades.
Secretário acompanha a situação
De acordo com a assessoria da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o secretário João Carlos Gomes está acompanhando a situação das universidades e buscando formas de solucionar os problemas. O secretário já realizou reuniões com representantes sindicais e reitores das universidades, e deve se reunir também com os secretários estaduais da Casa Civil e da Fazenda.
Sobre o corte de verbas de custeio, a Seti admite que houve um corte no repasse feito no final de 2014, e que o secretário busca regularizar o pagamento, para que as universidades tenham um funcionamento normal.
Governador faz reunião com professores estaduais
Na tarde desta quinta-feira, uma reunião entre o Governo do Paraná e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) vai negociar a greve da categoria, que completa dez dias. Entre as exigências para o fim da greve, estão o pagamento de benefícios atrasados e a reabertura dos turnos fechados no fim de 2014.

Fonte: http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2015/02/alunos-da-uel-sao-recepcionados-por-servidores-em-greve.html

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