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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Reflexão: Revendo o paradigma industrialização e urbanização (Henrique Rattner)

“Quero apenas frisar uma questão: promete-se que com este paradigma, industrialização e urbanização, vai-se alcançar o estágio de desenvolvimento. Portanto, devemos nos empenhar, embora não fique muito claro como, já que todos os créditos são controlados, as instituições estão também sob o domínio de grupos elitistas hegemônicos. Mas, evidências empíricas mostram que  em nada adianta seguir a cartilha do Fundo Monetário Internacional, ou da Escola de Chicago, ou outras espalhadas pelo mundo ocidental. Por quê? Em 1960, a renda per capta de 15 a 20 por cento da população mundial, nos chamados países desenvolvidos ou ricos, estava por volta de 11.500 dólares. Ao mesmo tempo, a renda per capta dos 80 ou 85 por cento da população marginalizada  e pobre no resto do mundo era de apenas 211 dólares, uma diferença de pelo menos um para cinquenta. Ora, quarenta anos depois, em 2002, a renda per capta da parte rica do mundo ficou cada vez mais contraída e alcançou 32.000 dólares, um aumento de 183%. Nesse mesmo período, a renda da população pobre, dos 80 por cento da população mundial, tinha aumentado de 212 para 267 dólares per capta, ou um aumento de 26 por cento.”[1]


(Henrique Rattner)

[1] RIGOTTO, Raquel Maria. Desenvolvimento, Ambiente,  Saúde: implicações da (des)localização industrialPrefácio: Henrique Rattner.  Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008. p. 12.

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