Saúde:
Trabalhadores com 29 anos de serviço ameaçados de perder os empregos no
Complexo Hospitalar da UFC
O governo
impôs as demissões em massa até o dia 31 de dezembro de 2015 (Portaria 208 do
MEC), gerando indescritível abalo moral nos trabalhadores e robusta sensação de
impotência causadora, inclusive, de assédio moral coletivo, conduta
discriminatória e despedidas arbitrárias de mais de 700 pessoas na SAMEAC, que
funciona junto a UFC há 51 anos.
Discriminatória
pois a maioria dos trabalhadores está entre 40 e 60 anos de idade e até 29 anos
de serviço junto à UFC. Arbitrária por não terem dado motivo em seus serviços
para serem despedidos e estarem entre os mais capacitados e experientes na
saúde do Estado do Ceará, corresponsáveis pela posição do hospital como
referência nacional em transplante de fígado e rins.
Trabalhadores unidos na ALCE, com o advogado do MDTS Thiago Pinheiro |
Trabalhadora há 30 anos na UFC, via SAMEAC com o advogado do MDTS Clovis Renato |
A SAMEAC,
com seus trabalhadores e trabalhadoras, funciona prestando serviços diretamente
à UFC, Hospital Universitário (HUWC) e Maternidade Escola (MEAC), sendo
completamente financiada pelo Poder Público, sem patrimônio próprio, com mais
de setecentas pessoas em atividade, em grande parte com mais de vinte e nove
anos de serviço. Nunca teve fins lucrativos, não recebe remuneração contratual
como SAMEAC e os bens que foi adquirindo foram repassados à UFC, o que demarca
sua situação diferenciada, a qual deve receber tratamento, também, excepcional.
Há casos idênticos no Brasil em que os trabalhadores foram preservados, respeitando as pessoas que estão com aposentadoria próxima e impondo a responsabilidade solidária pelo pagamento das verbas rescisórias à Universidade. Foi o que ocorreu entre a FUNPAR e a UFPR, no Paraná, que firmaram acordo extrajudicial junto ao MPT e conseguiram preservar 916 empregados por mais cinco anos. Ainda, o STF (ADIN nº 1.923/DF), em 16/04/2015, decidiu sobre a constitucionalidade do tipo de serviço prestado por instituições sem fins lucrativos como a SAMEAC junto à saúde, o que impõe o afastamento de decisões contrárias, como a do TCU de 2006.
De modo
infeliz, o Poder Público do Ceará e a UFC/EBSERH não se manifestam com relação
a manutenção dos vínculos destes mais de 700 pais e mães de família que prestam
serviços de saúde aos cearenses há anos, o que faz com que os trabalhadores,
desesperados pelo medo da perda de seus empregos e pela consciência da
dificuldade de obterem novos empregos por estarem com idade superior a 40 anos,
lutem e procurem apoios para a causa.
Nesse
sentido, clama-se pelo apoio da sociedade para que estas mais de 700 pessoas
humanas possam ter sua dignidade respeitada, como já ocorreu em outros estados.
Obrigado
pela atenção.
MDTS
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Um comentário:
os funcionários só acordarão quando ao bater do ponto todos sem exceção num ato covarde forem proibidos de entrar na maternidade e no huwc
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