A Bastilha
(em francês: Bastille), mais conhecida por ter sido uma prisão - assim
funcionando desde o início do século XVII até o final do século XVIII - foi
inicialmente concebida apenas como um portal de entrada ao bairro parisiense de
Saint-Antoine, na França, motivo pelo qual era denominada Bastilha de
Saint-Antoine. Encontrava-se onde hoje está situada a Place de la Bastille
("Praça da Bastilha") em Paris.
Ficou
conhecida por ter sido o palco do evento histórico conhecido como a Tomada da
Bastilha, em 14 de Julho de 1789, o qual aliado ao Juramento do Jogo da Péla,
está entre os fatos mais importantes do início da Revolução Francesa.
O evento foi grandiosamente comemorado exatamente um ano depois (em 14 de Julho de 1790) na pomposa festa que ficou conhecida como a Fête de la Fédération (A Festa da Federação). A partir de 1880 a festa tornou-se feriado nacional, é a Festa nacional francesa também conhecida como o 14 Juillet.
O evento foi grandiosamente comemorado exatamente um ano depois (em 14 de Julho de 1790) na pomposa festa que ficou conhecida como a Fête de la Fédération (A Festa da Federação). A partir de 1880 a festa tornou-se feriado nacional, é a Festa nacional francesa também conhecida como o 14 Juillet.
Em
novembro de 1789 a Bastilha foi totalmente demolida.
História
A Bastilha
foi construída como "Bastião de Saint-Antoine" durante a Guerra dos
Cem Anos, por Carlos V da França. Inicialmente serviu apenas como mero portal
de entrada para o bairro de Saint-Antoine, mas de 1370 a 1383 o portal foi
ampliado e reformado para se transformar numa fortaleza, que serviria para
defender o lado leste de Paris, além de um palácio real que ficava nas
proximidades, constituindo-se no mais forte ponto de defesa da muralha do rei.
Após a guerra, começou a ser utilizada pela realeza francesa como prisão
estadual (o rei Luís XIII foi o primeiro a enviar prisioneiros para lá).
A Bastilha
foi construída como um retângulo irregular. A estrutura tinha 90 metros de
comprimento,25 de largura com torres e muros de150 metros de altura.
Originalmente, possuía em seu interior dois pátios, além de edifícios
residenciais contra as paredes. Um par de torres nas fachadas leste e oeste era
o que servia de portal inicial de passagem para o bairro Saint-Antoine.
Uma
característica militar significativa da construção é que as paredes e torres
eram da mesma altura, e eram conectadas por um amplo terraço. Isto possibilitava
que os soldados na parede frontal se movimentassem rapidamente até um sector
ameaçado da fortaleza sem que precisassem descer por dentro das torres, assim
como possibilitava o fácil posicionamento de artilharia defensiva.
Uma
construção muito similar à Bastilha pode ser vista hoje no Châteaux de
Tarancon. A bastilha era muito bonita por fora, mas por dentro não.
A Bastilha
como prisão
Por volta
do século XVIII, servia muito mais como lugar de lazer e depósito de armas do
exército francês do que como prisão, como nos anos passados, pelo que havia
adquirido a simpatia do rei Luís XVI da França.
Neste
período, encontrou-se a Bastilha dividida internamente em:
Hoje |
pavimento
superior
pavimento
térreo
calabouço
O
pavimento superior proporcionava acomodações um pouco mais confortáveis para os
detentos, em comparação aos outros dois.
O térreo
funcionava como uma prisão comum, registrando-se a maior incidência de doenças
como pneumonias, devido à temperatura ambiente.
O
calabouço era a parte mais temida da Bastilha, uma vez que a sua arquitetura
era de estreitos corredores e salas. A pessoa condenada ao calabouço deveria
escolher uma posição corporal para entrar na sala, sendo que a mesma não
possuía nenhum espaço para a locomoção, obrigando-a a ficar de pé. O prisioneiro
do calabouço freqüentemente falecia, vítima de frio, fome ou doenças, visto que
o tratamento prestado aos prisioneiros daquele sector era o pior.
A grande
prisão do estado terminou sendo invadida em 14 de julho de 1789 porque um jornalista,
Camille Desmoulins, até então desconhecido, arengou em frente ao Palais Royal e
pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma
repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas
para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o
antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de
três mil espingardas e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém
se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam
então para lá. A massa insurgente era composta de soldados desmobilizados,
guardas e o povo de Paris . A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32
guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos
quais apenas três em funcionamento.
Durante o
assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar.
Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o
povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O
tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto.
Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay
teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma
lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos,
arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos
arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a
Bastilha, localizada no bairro Santo António, um dos mais populares de Paris. O
episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito electrizante. Não só na
França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam
que alguma coisa espetacular havia ocorrido.
Referências
PEDRO,
Antonio; LIMA, Lizânias de Souza. História da Civilização Ocidental. colab.
esp. Yone de Carvalho. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005. vol. único.
ROCHA,
Ruth. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Universo, 1988 - vol.
4.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bastilha
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