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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Bicicleta na Itália: Visitar Bolonha, bonjorno!

Com quase 400 mil habitantes, a cidade de Bolonha fica no norte de Itália, na região de Emilia-Romana, entre o rio Reno e o rio Savena. É uma cidade multicultural e também com um ambiente jovem e universitário.
É nesta cidade que está a universidade mais antiga do país e da Europa, datada do século XI (1088) e por onde passaram personalidades – e deram aulas lá – como Petrarca, Dante e Boccaccio. Mais de 80 mil estudantes vivem na cidade de Bolonha, algo que se nota mal se chega à cidade pela quantidade de gente jovem que anda pelas ruas.

Também por aqui (na região de Bolonha) passaram os romanos, a ocupação de Napoleão Bonaparte e a cidade foi bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial.
A cidade de Bolonha é conhecida como “La grassa, La dotta, La rossa”, o que significa “A gorda, A culta (ou a douta) e A vermelha”.
A Gorda pela diversidade da sua gastronomia; a Douta por ser sede da universidade mais antiga do país; e a Vermelha, porque na arquitetura medieval, que domina em Bolonha, destacam-se os edifícios e telhados de cor avermelhada (também as janelas mantêm uma cortina, estilo tapa-sol, do lado de fora e em vermelho).
A CIDADE DE BOLONHA
Bolonha é um sítio pitoresco. O centro consegue ser visitado em pouco mais de dia, mas se puder passar umas horas a “sentir a cidade” ainda a fica a conhecer melhor. Sente-se num dos cafés ou esplanadas e fique só a apreciar a vida da cidade.
Ao fim de semana, por exemplo, duas das principais ruas são fechadas – Via Ugo Bassi e Via Indipendenza – ao trânsito e todas as lojas ficam abertas até mais tarde. Os cafés, bares e restaurantes aproveitam e montam esplanadas mesmo no meio das estradas.
Há também música na Piazza Maggiore e noutros locais, que animam as ruas. Esta ação funciona das 8h00 de sábado até às 22h00 de domingo.
Bolonha é uma cidade vibrante, com gente de todas as idades a andar de bicicleta  - a velocidades incríveis e vestidos de qualquer forma, mesmo com saltos altos – e que também usa muitas motas. Em todas as ruas de Bolonha existem bicicletas estacionadas. Se quiser também tem pontos para alugar as bicicletas.
Em cada rua há um motivo a fotografar e, em cada canto, uma igreja para visitar, cheia de história. Os palácios mostram as suas enormes janelas, com portadas de madeira, e portas centenárias (bem tratadas) que mostram a riqueza das famílias que ali viveram – em cada frontaria há uma placa a explicar a história do local.
Os corredores (ou arcadas), junto das lojas, são todos cobertos e estendem-se por quilómetros. São obras com muitos anos – dizem que foram uma marca arquitetónica, do tempo da ditadura, e em algumas cidades até os retiraram por causa dessa conotação – mas quando chove são perfeitas para lá andar debaixo e, assim, também conseguiram manter o comércio tradicional ativo, quer chova ou faça sol.

O QUE VISITAR EM BOLONHA
- Piazza Maggiore (Praça Maior): onde está a Fonte de Netuno (Fontana del Nettuno), obra do século XVI. Está também a Basílica de São Petrónio (Basilica di San Petronio); os palácios Palazzo d’Accursio (ou Palácio da Comuna); o Palazzo del Podestà, o Palazzo Re Enzo, o Palazzo de’ Banchi e a Sala Borsa, uma biblioteca multimédia.
- Praça e fonte de Neptuno: há sempre um corropio aqui. Artistas de rua, turistas, visitas de estudo e muita gente a circular.
- Duas Torres: Torri degli Asinelli (97,20 metros) e Garisenda (48,16 metros de altura). Foram ambas construídas entre os séculos XII e XIII. Entrada: 3€/pessoa
Digamos que não inspiram grande confiança. Uma está meia tombada e já foi retirada parte do topo, por precaução - recordo que a cidade sofreu bombardeamentos durante a Segunda Grande Guerra - e, na outra, a proposta é subir 498 degraus minúsculos de madeira… Só fui espreitar mas acabei por não subir. Mas, a vista deve ser espetacular do topo.
- Basílica de São Petrónio. É a sexta Igreja maior do Mundo e fica na Praça Maior. É de facto enorme. De se ficar sem palavras. Foi construída entre os séculos XIV e XVII e além da sua grandiosidade tem pinturas de vários artistas no seu interior.

- La Piccola Venezia: é simplesmente um local onde já existiram canais de água. Chamam-lhe Pequena Veneza e dá para espreitar por uma janela… na Via Piella.
- Palazzo d’Accursio ou Palazzo del Comune: é um conjunto de edifícios com séculos de história. Atualmente é aqui que está a sede do governo da cidade de Bolonha. Também no seu interior tem estátuas e pinturas com muita história.
- Palazzo del Podestà e Palazzo Re Enzo: entre eles está o Palazzo del Capitano del Popolo. O Palazzo del Podestà começou a ser construído no século XIII e o Palazzo Re Enzo em 1245.
- Voltone del Podestà: está entre aqueles dois palácios e guarda uma curiosidade que todos querem testar. Na galeria, com uma abóbada, se sussurrar num dos cantos as pessoas conseguem ouvir tudo, no canto oposto.
- Jardim Giardini Margherita, que tem o nome da esposa do rei Umberto I.
- Igreja de Santa Maria dos Escravos
- Basílica de S. Stefano: tem uma grande praça, com uma esplanada, e o seu conjunto contempla sete igrejas. A Basílica merece mesmo uma visita pelo interesse histórico de todos os seus claustros e igrejas, no interior. É conhecida como a Jerusalém de Bolonha, porque tem várias características parecidas com o Santo Sepulcro.

MUSEUS DE BOLONHA
- Museu da História de Bolonha (Via Castiglione, 8)
- Museu Ducati (Bairro de Borgo Panigale, Via Cavaliere Ducati, 3)
- Museu Cívico Arqueológico (Via dell’Archiginnasio) conta a história local desde a pré-história até à época romana e muito mais.
- Museu Cívico Medieval (Via Manzoni)

Fotos: Clovis Renato Costa Farias

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