Três fases do medo
TREHOS DE REFLEXÃO
Vítima de carência emocional, vítima de abuso emocional, aprendi a
sobreviver cultivando a raiva e o ressentimento para me isolar da dor do
medo. Ao me isolar da dor do medo, me isolei do meu maior, do meu melhor, me
isolei do mundo, me isolei da vida, me isolei de Deus.
As pessoas que eu mais amava me rejeitaram, lógico que hoje já não posso
mais determinar culpas. Eles não tiveram culpa, eles deram o que puderam,
fizeram como sabiam, fizeram como deviam fazer. Só que o fato deles não terem
culpa, não elimina a rejeição, não elimina o abandono. Rejeição houve.
Deus, me passaram que ele era vingativo, punitivo e castigador.
A menor partícula indivisível da doença: o sentimento de culpa.
Não nos relacionamos em profundidade, por medo da rejeição. Ficamos nas
bordas, ou vamos para a codependência (“todo relacionamento caminha numa tênue
linha entre amor e posse”), ou vamos para a anorexia emocional. Contudo, atrás
desse paradoxo, há uma fome de amor.
“Desfrutar do desconforto contínuo... aprendemos que, na maioria dos
casos, as ideias não são o que faz a diferença. A chave do sucesso é o
compromisso de longo prazo e a execução. É muito melhor fazer poucas coisas
nota 10, que fazer muitas coisas nota.” (Heran Kazah)
Vergonha tóxica vem daí, nós nos expusemos sem estarmos preparados para
isso. Um sentimento insano, proveniente de uma experiência traumática que modificou
nossa estrutura.
Exposição prematura e inesperada de nossas perdas (identidade espiritual)...
ao nascermos passamos a nos identificar com o material, perdendo o espiritual.
No útero, só tínhamos Deus, depois... perdemos o sentido da vida, a perda da confiança...
perdas me levaram para vergonha tóxica (diferente da vergonha natural)... da
nossa dor, do nosso sentimento, do nosso vazio, da nossa raiva, do nosso medo. Ela
esconde nossas maiores qualidades.
Vivemos atrás de muitos medos, mas atrás de todos os nossos medos, temos
o medo de não sobrevivermos e o medo do abandono.
Mas, precisamos aceitar nossos medos, senão não teremos um
relacionamento saudável com a nossa sensibilidade, com nosso poder. Em N/A
Poder significa ausência de medo, baseado na força vital que compreende
Curso natural da vida: honestidade emocional.
Só ficarei livre dos meus demônios quando eu perder o medo de me perder
(tenho que me perder em Deus), tenho que ousar me perder (terceiro passo), ser
ousado o suficiente para me perder, ao dizer, é o Poder Superior haja o que houver.
Limpar minha casa interna, virar a página, para mudar o disco, mudar toda a
história.
O doente emocional muda sua estrutura para esconder o sentimento de abandono,
vergonha, raiva, rejeição, atrás dos seus próprios medos.
Usa todo tipo de escapismos, de máscaras, que escondem nosso eu
autêntico, daí cria-se o falso eu, que você usa para tocar a vida numa boa.
A vergonha de vir a descobrir a farsa que eu sou, o erro que eu sou, o
fracasso que eu sou.
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