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sexta-feira, 27 de março de 2020

Da Tranquilidade da Alma (Sêneca)


"Da mesma forma, o sábio, não é considerado indigno ao ser agraciado pelo dom da fortuna. Não ama a riqueza, mas a aceita de bom grado. Permite que entre em sua casa, não a rejeita, desde que ela enseje oportunidades para a virtude.

(...)

Assim, não resta dúvida de que o homem sábio tem um campo mais vasto para desenvolver o seu espírito em meio à riqueza do que na pobreza. Na pobreza, a virtude consiste em não se deixar

abater, não cair em desalento. Na riqueza, existe oportunidade para a temperança, a generosidade, o discernimento, a organização, a magnificência com total liberdade.

(...)

Deves saber que o valor não é idêntico para nós. Para mim as riquezas, se as perdesse, não me diminuiriam em nada, apenas elas seriam reduzidas. Tu, ao contrário, ficarás abatido, sentindo-te

como que privado de ti mesmo, caso te abandonem. Para mim, as riquezas têm certo valor, para ti, têm um valor imensurável. Assim, as riquezas pertencem a mim, no teu caso, tu estás subordinado a elas."

(Sêneca. Da Felicidade, p. 124-125)


"Deixa, por isso, de querer proibir aos filósofos o direito de possuírem bens. Ninguém condenou a sabedoria à miséria. O sábio poderá possuir grandes riquezas, desde que não sejam roubadas, manchadas com o sangue dos outros,

que sejam adquiridas sem prejuízo algum, sem negócio sujo. Os gastos devem ser tão honestos como os ganhos, de forma que ninguém, exceto os maldosos, possa criticar. Os bens podem ser acumulados. São ganhos limpos, porque não há quem possa reivindica-los, embora não falte

quem queira toma-los. "

(Sêneca. Da Felicidade, p. 126)








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