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domingo, 9 de setembro de 2012

A difícil situação dos trabalhadores no território palestino ocupado


BEIRUTE (Notícias da OIT) – A morte de um jovem palestino que ateou fogo ao corpo nesta semana na cidade de Gaza, depois de passar meses buscando trabalho sem êxito, ressaltou as sérias preocupações mostradas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a situação precária dos trabalhadores em Gaza e na Cisjordânia.

“A situação dos trabalhadores em Gaza é uma das piores na região e no mundo”, afirmou Nada Al-Nashif, Diretora Regional da OIT para os Estados Árabes. “Os jovens de Gaza, cujo número vem crescendo, têm direito a melhores oportunidades de trabalho e de crescimento com equidade. Eles necessitam trabalhos decentes, uma proteção social mínima e o respeito de seus direitos fundamentais a fim de garantir-lhes uma vida digna”.
Em um relatório publicado em junho deste ano, a OIT advertiu que a alta taxa de desemprego entre os palestinos – de 21 por cento – e a crescente frustração pelo estancamento do processo de paz poderiam desembocar em reações mais desesperadas.
Em 2011, havia 222.000 desempregados no território palestino ocupado, a maioria jovens. Mais de 70 por cento da população palestina têm menos de 30 anos. A OIT qualificou a situação como “extremamente preocupante” e fez um apelo em favor de uma ação urgente.
Em Gaza – onde morreu o jovem Abu Nada – a taxa de desemprego é três vezes superior à média nacional. Mais de 80 por cento dos 1,6 milhão de moradores de Gaza dependem da ajuda internacional e mais de 40 por cento vive em condições de pobreza.
Muitos jovens sem qualificação, como Abu Nada, dependem de empregos temporários informais, quando os encontram. Aqueles que têm um título universitário frequentemente não conseguem encontrar um trabalho que se ajuste a suas qualificações, forçando muitos a emigrar.
O relatório da OIT faz um apelo para uma ação urgente, através de assistência em formação profissional e desenvolvimento de empresas e empregos, dirigida a mulheres e homens jovens. O relatório destaca que o trabalho decente e produtivo para todos é o melhor caminho para sair da pobreza e do conflito no território palestino ocupado.
Gaza
·         Desemprego: 30%
·         Desemprego juvenil (15 a 24 anos) total: 51% (2011): 45,7% de homens e 78,1% de mulheres
·         80% dos habitantes dependem da ajuda internacional
Território Palestino Ocupado
·         Desemprego 57% (2012)
·         Desemprego juvenil: 53,5% de homens e 31,1% de mulheres
·         71% dos palestinos têm menos de 30 anos
Oriente Médio
·         Desemprego 9,9% (2011)
·         Espera-se que o desemprego chegue a 10,1% em 2012
Fonte: OIT

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