Deus, me ajude.
Ontem ouvi que devo viver a vida, sobre o que era essencial, que não devo complicar.
Parei e fiquei
pensando até agora... parece que não sei o que é viver a vida e,
consequentemente, não sei como.
Hoje, passei a
analisar e conclui que tenho o meu básico diário a fazer no meu modo de viver a
vida, de aproveitar estar sóbrio, sereno.
Vejo que passo
todo o tempo em fuga e isso me incomoda, não quero mais fugir, contudo, sou
impotente frente as minhas emoções e tenho de desenvolver algumas práticas e
rotinas para evitar ou controlar o desânimo crônico.
Dentre as fugas
clássicas, excluí, por hoje, quaisquer alucinógenos. Estou readequando minha
relação com a alimentação, sexo e emoções.
De regra, uso
muito do tempo estudando como ganhar mais dinheiro trabalhando menos,
honestamente, sem prejudicar a humanidade. Sinto que muitas coisas dão certo e
fico satisfeito.
Algumas vezes, vem
mais ambição, ingratidão e desânimo. Acho pouco o que ganho e tenho vontade de parar,
mas quando paro, fico com muito medo e angústia, pensando que não posso relaxar
quanto a trabalhar, ganhar mais dinheiro e terminar muito dependente. Pareço
crer numa autossuficiência que vivo buscando. Quanto mais estudo e observo,
vejo que ela é inatingível, mas, quando me dou conta, estou obcecado andando
sem parar, ansioso, e, talvez, perdendo a vida.
Aqui, vejo-me
autopiedoso para com Deus. Não sei o que fazer para me sentir bem comigo em
minha vida. Neste ponto, me deparo com a ausência de gratidão em mim.
Uma entidade me
falou com toda a razão, pois não consigo ser grato pela vida a maior parte do
tempo ou momento algum, com honestidade profunda.
Autocobrança
para fazer minha parte é constante, mas, fico vazio por dentro algumas vezes,
triste, com medo, inseguro e, por isso, peço aos bons espíritos que me ajudem,
que fiquem perto de mim, me iluminem.
Percebi, por
hoje, que no meu modo de viver a vida, no estagio evolutivo em que me encontro,
não posso estar sem uma programação diária a cumprir. Tenho que ter atividades
específicas em cada turno, sendo mais salutares as que eu mesmo organizo, caso
contrário decaio pelo medo, ansiedade, raiva... emoções que, assim que
disparadas, são nefastas e de difícil controle.
Leitura,
estudos, trabalhos, exercícios, desenho, pintura, coisas que aumentam o
conhecimento são os mais eficientes, incluindo, meditação ordinária. Não
consigo ficar “de boa”, simplesmente ficar relaxando, como regra. Vem uma
autocobrança com autopunição do medo avassaladoras. Hoje, o melhor remédio para
isso é a atividade pré programada por mim mesmo com sequências diárias.
Têm de ser
atividades variadas, com vias distintas, uma vez que, quando canso de uma ou me
desestimulo, possa passar logo para outra. Daí, já ando com palestras, cursos,
livros diferentes sempre comigo, para ir alternando, conforme o ânimo.
Não posso estar
em dúvida quanto ao que é “viver a vida”, “fazer o certo”. Só curtir, como
regra, não é para esta encarnação, não consigo, me prejudica emocionalmente de
forma inefável.
Percebo que
tenho o hábito do medo, ainda... como diz a programação de anônimos, pensamento
negativo e medo são hábitos. Para tanto, meu viver a vida, por hoje, impõe
atividades pré organizadas diariamente, como regra, estando os momentos curtos
de inatividade como exceção.
Ademais, tenho
que lidar com as influências externas que mudam as minhas rotinas, quando
posso, agendar os imprevistos enquanto me adapto internamente, ou, rapidamente,
parar logo para entender a situação e encaixá-la no programa diário. Não posso,
simplesmente, engolir as externalidades sem parar um pouco para equilibrá-las
dentro de minha compreensão e emoções.
Assim, sou hoje.
Por enquanto, tenho de “vigiar e orar”, não vacilar com relação às minhas
emoções e meu modo de ser.
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